Orquestra Ouro Preto apresenta “Auto da Compadecida, a Ópera”, dias 29 e 30 de novembro, na Cidade das Artes Bibi Ferreira

Auto da Compadecida, a Ópera - Foto: Rapha_Garcia

Inspirada na obra de Ariano Suassuna, a ópera tem música original de Tim Rescala, que assina o libreto com o maestro Rodrigo Toffolo, responsável pela concepção e direção musical da montagem

Uma das mais emblemáticas obras de Ariano Suassuna ganha as cores da Orquestra Ouro Preto. “Auto da Compadecida, a Ópera” é mais um passo decisivo da formação mineira, que sempre prima pela excelência e versatilidade na proposição de novos repertórios. O espetáculo estreou em São Paulo com duas récitas esgotadas e chega ao Rio de Janeiro, para apresentações, nos dias 29 e 30 de novembro, na Cidade das Artes Bibi Ferreira, na Barra da Tijuca. A história de Chicó e João Grilo recebe uma versão sem precedentes e reúne em palco uma verdadeira constelação para apresentar “uma ópera buffa brasileira em dois atos”. A música é original e traz a assinatura de Tim Rescala.  O compositor assina o libreto junto com o maestro Rodrigo Toffolo, regente titular da Orquestra e responsável pela concepção e direção musical do espetáculo. A montagem, que tem patrocínio do Instituto Cultural Vale, ainda passará por Belo Horizonte, nos dias 9 e 10 de dezembro. 

Essa é a terceira incursão da Orquestra no universo operístico e pode ser considerada um marco na maturidade da formação mineira que agora, com 22 anos de trajetória, propõe um projeto ainda mais ousado rumo a uma linguagem brasileira e popular. 

“A ópera é uma arte máxima em que música, teatro, figurino, cenário e iluminação se encontram. Era um sonho antigo da orquestra começar a realizar produções de óperas. Já fizemos duas, ambas em português, ‘O Basculho de Chaminé’ e ‘O Grande Governador da Ilha dos Lagartos’, projetos pioneiros que nos deram sustentação para caminhar para um desafio ainda mais inovador, mais audacioso e de grande fôlego”, avalia Toffolo. 

“Quando se pensa na ópera brasileira, em libretos, em histórias, ‘O Auto da Compadecida’ tem um gosto todo especial, não só pela escrita de Suassuna, não só pelo sucesso que a peça e o filme fizeram com o público brasileiro, mas pelos ingredientes que essa obra prima da literatura brasileira inspira para uma grande ópera. Estamos felizes por tentar algo novo, com DNA brasileiro. São quase dois anos de pré-projeto para trazer uma proposta para a linguagem da música de concerto”, completa o maestro.  

O diálogo direto com o público, um dos pilares da produção da Orquestra, está garantido nessa ópera buffa que traz a comédia como elemento principal de sua linguagem. Para cumprir essa missão, formou-se um grande elenco em cena e nos bastidores da montagem. A direção de cena é assinada por Chico Pelúcio. No palco, grandes nomes do canto lírico brasileiro – Fernando Portari, Marília Vargas, Marcelo Coutinho, Carla Rizzi, Jabez Lima e Rafael Siano, além de um trio de atores escolhidos para dar voz e corpo ao clássico da literatura brasileira – Glicério do Rosário, Claudio Dias e Maurício Tizumba. 

Para abrilhantar ainda mais a produção, trazendo para o palco as raízes da obra de Ariano, o espetáculo conta com figurinos desenhados por Manuel Dantas Suassuna, artista plástico de renome e filho do escritor. Essa parceria traz ainda um maior enraizamento à montagem, agregando o olhar e a criação de quem nasceu, viveu, conhece e reconhece este universo como poucos.  

Em sua terceira parceria com a Orquestra Ouro Preto, Tim Rescala, que assina a música original, ressalta dois desafios: o primeiro seria se manter fiel ao eixo principal da obra, seu esqueleto, sua estrutura básica, sem corrompê-la. O segundo seria, ao mesmo tempo, gerar algo novo. Para ele “a melhor forma de se reverenciar um clássico não é sendo conservador, mas sim sendo livre, transformando aquilo que foi criado em uma outra coisa. Por isso que a gente chama a montagem de ópera buffa brasileira: ela procura ser popular, ter contato direto com a plateia, mas criando algo diferente. A gente espera ter encontrado esse novo formato”, adianta o compositor. 

O Maestro Rodrigo Toffolo ressalta o caráter universal da música composta para a ópera e a maneira singular que Tim tem de agregar sua assinatura a essa parceria. “O Tim tem uma escola, tem uma maneira de compor e de pensar música de cena muito diferenciada no Brasil. Um dos maiores nomes da composição nacional, a experiência teatral e de televisão que ele tem, fazem dele a pessoa ideal não só para compor essa música original, mas para trabalhar com o que a Orquestra anseia em cena. Foi um trabalho incrível do Tim, uma música belíssima. E tenho certeza de que o público vai ficar feliz com o resultado e muitos vão dizer aquela frase que tanto nos traz alegria de ouvir: ‘só a Orquestra Ouro Preto para fazer isso’”.  

Orquestra Ouro Preto

Uma das mais prestigiadas formações orquestrais do país, a Orquestra Ouro Preto tem como diretor artístico e regente titular o maestro Rodrigo Toffolo. Premiado nacionalmente, o grupo jovem vem se apresentando nas principais salas de concerto do Brasil e do mundo. A orquestra foi criada em 2000 e seu trabalho é marcado pelo experimentalismo e ineditismo.

A essência da Orquestra Ouro Preto está em tornar a música de concerto acessível e interessante ao público, em um exercício de popularização do estilo. Por isso, maestro e músicos estão sempre atentos à tarefa de desmistificar o estilo, tornando-o atraente aos ouvidos de todos. 

A maneira escolhida pela Orquestra Ouro Preto para isso é a junção entre a excelência e a versatilidade, a mistura entre o clássico e os estilos mais populares, fazendo um encontro da milenar música de concerto com o rock, a MPB e até o hip hop, linguagens amplamente difundidas e repletas de contemporaneidade. 

SERVIÇO

Orquestra Ouro Preto: “Auto da Compadecida, a Ópera”

  • Data: 29 e 30 de novembro de 2022
  • Horário: 21 horas
  • Local: Cidade das Artes Bibi Ferreira (Av. das Américas, 5300 – Barra da Tijuca) 
  • Ingressos: Plateia 1: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia-entrada). Plateia 2, frisa lateral e galeria e camarote do 3º andar: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada). Camarote e galeria do 4º andar: R$ R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada). Vendas na bilheteria e no site Sympla: https://bileto.sympla.com.br/event/78173/d/166798 
  • Informações: www.orquestraouropreto.com.br

Lyson Gaster no Borogodótributo à atriz do teatro de revista, reestreia com coreografia de Ciro Barcelos (Dzi Croquetes)

Lyson Gaster no Borogodó – Foto: Silas H

A revista musical Lyson Gaster no Borogodó poderá ser vista até 25 de novembro no Teatro Bibi Ferreira numa nova montagem com coreografias de Ciro Barcelos (Dzi Croquetes).  A peça homenageia a atriz e cantora nascida na Espanha e criada em Piracicaba, Lyson Gaster, que se consagrou nas décadas de 1920 a 1948. A montagem tem pesquisa de Maria Eugenia de Domenico, dramaturgia de Fábio Brandi Torres, direção e figurinos de Carlos ABC, produção e cenários de Marcos Thadeus e direção musical de Tato Fischer.
Com músicas ao vivo, a cargo de Tato Fischer ao piano e Henrique Vasques no acordeom e cajón, oito atores – Alexia Twister, André Kirmayr, Bruno Parisoto, Fábio Brasile, Felipe Calixto, Felipe Hideky, Marcos Thadeus e Tiago Mateus – interpretam canções como Rua do OuvidorA FantasiaNo Rancho Fundo e Luar do Sertão, entre outras, enquanto apresentam cenas da vida da atriz Lyson Gaster, interpretada pela drag queen Alexia Twister, trazendo à tona fatos importantes dos palcos brasileiros e resgatando parte da história cultural do País.
Por seu talento e coragem, ela foi elogiada por artistas e críticos como Procópio Ferreira, Henriette Morineu, Pedro Bloch, Rachel de Queiroz, Paschoal Carlos Magno, Eva Todor, Mario Lago e Nelson Rodrigues, entre outros.
Piracicabano, o produtor e mestre em teatro Marcos Thadeus alimentava o desejo de montar um espetáculo sobre Lyson Gaster há mais de 20 anos, quando foi apresentado à história da artista pelo diretor Carlos ABC, também piracicabano. Assim, tratou de encomendar a pesquisa para montar “um genuíno musical brasileiro.” “É bem provável que o pessoal do teatro musical de hoje nunca tenha ouvido falar em Lyson Gaster”. “Para nossa sorte, dedicados pesquisadores do gênero conseguiram recuperar parte da memória cultural brasileira e direcionaram o foco nessa atriz que foi tão importante para a classe artística.” Afirma Marcos Thadeus.

Maria Eugenia de Domenico nunca tinha ouvido falar em Lyson Gaster e, pesquisando, ficou impressionada com a relevância da artista no meio cultural da época. Eugenia ressalta a dificuldade de conseguir documentos ao vasculhar um passado completamente esquecido. “Quando se consegue os textos, eles encontram-se em estado precário, ilegíveis pois não foram digitalizados, sendo comidos por traças. Alguns, datilografados, não consegui ler.&a mp;r dquo; Eugenia descobriu uma Lyson dramaturga também, que assinou  textos sozinha e com o segundo marido, Alfredo Viviani. “Tivemos sorte e conseguimos um dos últimos textos escritos por ela, A Mimosa Roceira, que tem trecho incluído na peça.”

“Ela era a estrela da companhia que tinha o seu nome, às vezes só Companhia Lyson Gaster, às vezes Companhia de Comédia Lyson Gaster”, empolga-se Eugenia ao contar a história. “Ela exercia uma liderança absoluta. Era uma companhia grande, eles viajavam o Brasil todo, não só o interior de São Paulo”, continua.  “Imagine, naquela época não havia teatro nas cidades, a companhia montava os espetáculos em cinemas, que geralmente possuíam palcos. Ao lado do segundo marido, ela foi desbravadora, corajosa e sempre foi bem-sucedida, formou os dois filhos (um em Engenharia, outro em Medicina), que moravam em São Paulo com os avós. Foi absolu tamente bem-sucedida, empregava as duas irmãs com os maridos e o irmão na companhia, numa composição familiar. Trabalhou por 30 anos, faleceu aos 74 e quando parou de trabalhar, tinha duas casas – uma no Rio de Janeiro, outra em Teresópolis.”
 
A direção

A encenação de Carlos ABC tem cenas de humor, músicas, figurinos e cenários típicos. Personagens revisteiros permeiam a narrativa, como caipiras, portugueses, coristas e vedetes. “Tudo o que representa o Teatro de Revista e suas convenções estão preservadas na montagem”, informa Carlos. As músicas, clássicos populares da época, ilustram a temática e ajudam a tornar leve o desenrolar dramático. A cenografia conta com telões de grandes dimensões – 8 m por 4,5 de altura – e a indispensável escadaria, peça característica do teatro de revista, entre outros elementos cênicos que entram e saem, de acordo com as cenas. Carlos ABC , que também assina o figurino, conta que as peças “seguem os modelos da época e convidam o público a um mergulho no passado, já que o espetáculo expõe passagens da vida da atriz e do aspecto alegórico do teatro dentro do teatro de revista, da magia dos musicais”.
 
A dramaturgia
 
O dramaturgo, diretor e tradutor Fábio Brandi Torres também confessa que antes de começar a escrever o texto da peça não conhecia nada sobre Lyson Gaster, ainda que tenha estudado a fundo o Teatro de Revista. “O mergulho no universo desconhecido de Lyson, de sua carreira e de sua companhia, teve a vantagem de ter a pesquisa de Maria Eugenia de Domenico como guia, com uma estrutura muito bem concebida, incluindo indicações de músicas (Chiquinha Gonzaga, por exemplo) e textos (Artur Azevedo, Max Nunes etc).” A partir do trabalho de Maria Eugenia, Fábio começou sua pesquisa ouvindo programas de rádio da época, músicas, lend o textos de peças e de estudos. “Com este material em mãos, foi um prazer desenvolver esta peça, tendo a liberdade de contar a história de uma mulher profundamente apaixonada por sua arte, que se dedicou a levar a companhia que criou para todos os cantos do país.”
 
“Acho que esse é um ponto importante para destacar, porque é um fato revelador desse amor pelo teatro e que precisa ser destacado, já que vivemos uma época em que ele já não faz mais parte da vida das pessoas e já não existem companhias que se dedicam a viajar pelo país. Existem algumas produções que conseguem rodar algumas capitais, mas até isso já é cada vez mais raro. Outra grande questão que o espetáculo traz é o quanto é efêmera essa arte. Lyson marcou sua época, foi um nome aclamado por onde passava e hoje, poucos se lembram de seu nome ou mesmo o conhecem. Por sorte, Marcos e Maria Eugenia se lembraram.”
 
Direção musical de Tato Fischer

Para o roteiro musical, Tato Fischer garimpou preciosidades como Rua do Ouvidor, usada na trilha da peça A Capital Federal (1926), de Arthur Azevedo, e reutilizada por Flávio Rangel na montagem der 1972, que o próprio Tato já incluíra em 1985 em A Fantasia, também de Arthur Azevedo. Do cancioneiro brasileiro, No Rancho Fundo e Luar do Sertão também estão na trilha. “Tenho um largo interesse no Teatro de Revista, paixão desde sempre pelo meu trabalho como ator e diretor teatral. Depois fui me aprofundando na área e cheguei a fazer, como ouvinte, um curso na USP, com Neide Veneziano, doutora na &amp ;aac ute;rea, com quem montei, em 1993, a revista musical Os Sonhos Mais Lindos, de Perito Monteiro.”
 
Lyson Gaster
 
Filha de imigrantes espanhóis que chegaram a Piracicaba no final do século 19, casou-se aos 17 anos e logo teve filhos. Separada, mudou-se para São Paulo com os pais e trabalhou como modista num ateliê da rua Conselheiro Crispiniano, onde conheceu artistas de teatro que a levaram para o palco. Pisou no tablado pela primeira vez em 1919, na época dos discos de 78 rotações, adotando o nome artístico que tomou emprestado de uma personagem de um romance francês. Ligou-se a várias companhias de teatro, com as quais viajou pelo Interior de São Paulo, entre elas a Companhia Cassino Antarctica e a trupe Teatro Novo. Integrou o elenco da Cia Zaparolli, ao lado de Manuel Pera, pai da atriz Marília Pera. No Rio, juntou-se a Cia Juvenal Fontes até se casar, em 1922, com Alfredo Viviani. Com o marido, participou da Cia Nair Alves e Sebastião Arruda, até o casal montar a própria companhia, a Companhia Lyson Gaster, onde o teatro de revista era o ponto forte. Os dois excursionaram pelo Brasil todo. Era a época de Dercy Gonçalves, Oscarito, Henriquieta Brieba, Zilka Salaberry e Mara Rúbia, entre outros. Lyson naturalizou-se brasileira nos anos 40 e deixou o teatro em 1950. Viviani foi contratado pela Rádio Nacional, onde
 
FICHA TÉCNICA
Pesquisa e Roteiro: Maria Eugênia De Domenico. Dramaturgia: Fábio Brandi Torres. Direção Artística: Carlos ABC. Direção Musical e Composição: Tato Fischer. Coreografia: Ciro Barcelos. Direção de Produção: Marcos Thadeus. Produção executiva: Nayara Rocha. Assistente de direção: Salete Fracarolli. Cenografia: Marcos Thadeus. Camareiro: Pádua Soares. & lt; b>Figurinos: Carlos ABC. Assessoria de imprensa: Arte Plural. Iluminação: André Lemes

ELENCO:
Alexia Twister, André Kirmayr, Bruno Parisoto, Fábio Brasile, Felipe Calixto, Felipe Hideky,
Marcos Thadeus, Tiago Mateus.
 
MÚSICOS:
Henrique Vasques e Tato Fischer.
 
Serviço:

Lyson Gaster no Borogodó. Nova temporada. De 20/10/22 a 25/11/22 às quintas e sextas 20h30Teatro Bibi FerreiraAv. Brigadeiro Luís Ant&amp ;oci rc;nio, 931 –
Bela Vista, São Paulo – SP, 01317-001 São Paulo. Ingressos: SYMPLA. R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia). Sessões com libras: 27/10, 28/10, 03/11. Sessão com áudiodescrição: 04/11.

Wladimir Cabanas homenageia Julio Iglesias no Beco das Garrafas

Ellen de Lima e Wladimir Cabanas – Foto: foto de Marcelo Castello Branco

O  produtor João Luiz Azevedo orgulhosamente apresenta o show POR ELLA: HOMENAGEM AO JULIO IGLESIAS com o tenor Wladimir Cabanas, no domingo, dia 27 de novembro/2022, 18h, no Beco das Garrafas / Bottles Bar (Rua Duvivier 37, Copacabana) com couvert artístico a R$ 50,00. O show contará com a participação especial das cantoras ELLEN DE LIMA e TANIA APELBAUM NOVAK.

Neste show POR ELLA: HOMENAGEM AO JULIO IGLESIAS que estreou no dia 13/02/2019 durante o ‘Projeto 15 PRAS 7’ no Teatro João Caetano e, em seguida, foi apresentado no Teatro Clara Nunes (no Shopping da Gávea em abril/2019), no Centro da Música Artur da Távola (na Tijuca, em junho/2019), no Teatro Fashion Mall (no Shopping São Conrado Fashion Mall, em fevereiro/2020) e no Imperator/ Centro Cultural João Nogueira (no Meier, em junho/2021), o cantor  WLADIMIR CABANAS apresenta o melhor do repertório de Julio, em 5 idiomas: português, Inglês, espanhol, francês e italiano e promete algumas surpresas durante o show.

Serão ao todo 20 canções, na verdade 20 super sucessos que ficaram conhecidas internacionalmente na voz potente deste cantor que encanta milhões de fãs, por todo mundo, há 50 anos.

São elas: Begin The Beguine, Por Ela, Manuella, All of You, O Melhor de Tua Vida, Devaneios, Abraça-me, La Bamba, As Vezes Tu, As Vezes Eu, Hey, Nathalie, Me Olvide de Vivir, Guantanamera,  A mi Maneira, Essa Mulher, Libertando, Solamente Una Vez, El Dia Que Me Queiras, Granada, História de um Amor.

Em todas essas canções, Wladimir Cabanas será acompanhado pelos músicos Moisés Pedrosa no teclado e a percussionista Val de Souza.

Só para saber …

Julio José Iglesias de la Cueva nasceu em 23 de setembro de 1943 em uma antiga maternidade de Lavapiés, um bairro de Madrid.

Em sua juventude, Iglesias atuou como goleiro da equipe juvenil do Real Madrid, uma das categorias inferiores do clube. Considerado um atleta habilidoso, Iglesias planejava jogar profissionalmente e chegou a integrar o elenco oficial do clube madrilenho.  Enquanto evoluía no sonho de tornar-se um jogador profissional, Iglesias investiu em sua formação acadêmica, cursando Direito na Universidade San Pablo CEU. Entretanto, um grave acidente automobilístico em 1962, colocaria um hiato em sua promissora carreira nos campos de futebol. Ainda se restabelecendo do acidente, começou a tocar violão e compor suas primeiras canções e daí, não parou mais.

Marcado pela voz e seu detalhismo nas canções, além de grande carisma, tornou-se o artista mais famoso e mais bem sucedido da história da música espanhola e latina em todos os tempos, com números impressionantes: 300 milhões de cópias vendidas, em 14 idiomas, mais de 60 milhões de espectadores em mais de 500 cidades nos 5 continentes e uma canção tocada a cada trinta segundos. Com 2600 álbuns de ouro e platina, Julio Iglesias foi premiado várias vezes pelo Guinness World Records. Estima-se que sua fortuna seja de mais de US$ 5 bilhões.

Serviço

BECO DAS GARRAFAS/ Bottles Bar

  • Rua Duvivier 37, Copacabana
  • Couvert artístico: R$ 50,00
  • Duração: 80 min
  • Livre para todas as idades.

O espetáculo “Onde estamos imersas”, criado pela coreógrafa Dani Lima em colaboração com 10 artistas, estreia, dia 8 de dezembro, no Sesc Copacabana

Há quase 10 anos sem criar uma obra inédita, a pesquisadora volta à cena propondo uma reflexão sobre a relação entre o corpo humano e o corpo do planeta

Onde estamos imersas – Foto: Renato Mangolin

Como você percebe o seu corpo? Como um instrumento de uso ou como uma matéria se reinventando em constante relação com tudo que existe? Vivemos hoje em um momento de transformação, com um futuro mais pressentido do que imaginado. Parece necessário fabular novas realidades e formas de pensar, de viver e de se relacionar. O corpo tem um papel importante neste processo, porque é em sua relação com o mundo que reside a capacidade de fundar novas realidades perceptivas e gestuais. É a partir de práticas de anatomia experiencial, na busca por inventar novas narrativas para o corpo, que a coreógrafa Dani Lima criou o espetáculo “Onde estamos imersas”, que faz curta temporada, de 8 a 18 de dezembro, no Mezanino do Sesc Copacabana, com sessões de quinta a domingo, às 20h30.

Neste trabalho, que rompe um longo período de abstinência na criação de espetáculos, a artista-pesquisadora convidou 10 colaboradores de várias gerações, vindos de contextos e trajetórias diversos, para um desdobramento de sua pesquisa de doutorado. O resultado é um estudo performático e eco-somático, relacionando as dimensões micro e macro a partir da investigação da anatomia do corpo e do planeta.

“Estamos na crise do Antropoceno, essa era geológica na qual os efeitos da ação humana passaram a deixar marcas irreversíveis nos sistemas geológicos, biológicos e atmosféricos e sociais. Como podemos encontrar novos modos de seguir vivendo aqui?”, indaga Dani Lima. “Esta pesquisa busca instrumentar o poder de ação do corpo através da aprendizagem de um saber-sentir, relacionando em continuidade a matéria do corpo com a matéria do mundo. Treinar essa escuta do corpo é um gesto de sobrevivência”, acrescenta a coreógrafa.

A ideia do espetáculo surgiu a partir da pesquisa de Dani Lima sobre uma metodologia experiencial de estudo de anatomia e fisiologia — o Body-Mind Centering, criado pela norte-americana Bonnie Bainbridge Cohen — que explora o movimento, o toque e a voz para compreender como a mente se expressa através dos vários sistemas do corpo e vice-versa. Durante a pandemia, a coreógrafa montou um laboratório online sobre o assunto, onde garimpou os artistas que partilham desta criação, explorando uma dramaturgia que pensa corpo e subjetividade como matérias inseparáveis, desconstruindo a metáfora do corpo-máquina construída pela modernidade.

“Dani começou partilhando conosco algumas práticas corporais de BMC e, a partir daí, iniciamos um processo criativo no qual experimentamos novas recombinações possíveis que surgem do encontro entre performers vindos de diferentes contextos e trajetórias. Foram dois meses e meio de um intenso processo através da exploração da corporalização, que vejo como sendo profundamente político e essencial nos dias de hoje”, avalia Babi Fontana, que está em cena e assina a assistência de direção. “Onde estamos imersas é um convite para pensarmos e sentirmos através do corpo: o que está dentro e o que está fora, aquilo que nos rodeia, nossas membranas, o que deixamos entrar e deixamos sair, onde permanecemos, insistimos em ficar, em viver…”, completa a performer Tais Almeida.

“Onde estamos imersas” reúne ainda reflexões nascidas de diálogos com o pensador Ailton Krenak, com o filósofo Emanuele Coccia, e com as biólogas Lynn Margulis e Donna Haraway, entre outras personalidades. Propõe um compêndio de corpos-paisagens que fabulam novos gestos de cultivo, sintonização, cuidado e conexão com corpos humanos e não-humanos.

Dani Lima

A bailarina, coreógrafa e pesquisadora Dani Lima vive e trabalha no Rio de Janeiro. Foi fundadora da Intrépida Trupe e integrou o grupo por 13 anos. É graduada em jornalismo, mestre em teatro e doutora em literatura, cultura e contemporaneidade. Sua formação corporal passa pelo balé clássico, dança contemporânea, artes circenses, teatro, performance, contato-improvisação, educação somática, Gyrokinesis e Body-Mind Centering. Em 1997, criou a companhia que leva seu nome e com a qual realiza diversos espetáculos, residências e workshops em teatros, instituições artísticas e festivais por todo Brasil e na Europa. Seus trabalhos mais recentes – “100 gestos” (2012), “Pequena Coleção de todas as coisas” (2013) e “Emoticon” (2016) – foram destacados pela crítica especializada entre os melhores do ano. Publicou os livros “Corpo, política e discurso na dança de Lia Rodrigues” (2007) e “Gesto: Práticas e Discursos” (2013). Foi docente de Corpo/Dança na UniverCidade (2001- 2009) e, desde 2016, é professora do Curso de Artes Cênicas da PUC-RJ. Dani colabora com artistas de diversas áreas e atua como preparadora corporal e coreógrafa em dezenas de peças de teatro e programas de TV, entre os quais o programa “Amor & Sexo”, da TV Globo, de 2012 a 2018. Como artista e pesquisadora, Dani se interessa especialmente pelas formas de expressão de um corpo confrontado consigo mesmo e com a alteridade. Suas pesquisas são centradas nos processos de produção de sentido a partir das sensações, percepções e gestos do corpo, através de uma poética arquivista e de experiências transdisciplinares.

FICHA TÉCNICA:

Criação e performance: Babi Fontana, Camila Venturelli, Bela Alarinjó, Luana Bezerra, Lucas Brandão, Ludmila Rosa, Luzé Gonçalves, Ricardo Cabral, Tais Almeida e Tayson Pio

Textos: criação colaborativa a partir de fragmentos de Astrida Neimanis, Bonnie Bainbridge Cohen, Emanuele Coccia, Lynn Margulis, Silvia Federic e da equipe de performeres e direção.

  • Direção: Dani Lima 
  • Colaboração dramatúrgica: Babi Fontana, Camila Venturelli, Ricardo Cabral
  • Assistência de direção: Babi Fontana e Camila Venturelli
  • Direção musical: Lucas Brandão
  • Colaboração artística | ambientação, figurinosErika Schwarz, Valéria Martins, Isabella Sá Roriz
  • Fotos: Renato Mangolin
  • Assessoria de imprensa: Rachel Almeida (Racca Comunicação)
  • Assistente de produção: Mana Lobato
  • Direção de produção: Priscila Maia
  • Administração: Minotauro Produções Artísticas
  • Representação jurídica: Astronauta Produções Artísticas
  • Realização: SESC

SERVIÇO:

Onde estamos imersas

  • Temporada: De 08 a 18 de dezembro de 2022
  • Sesc Copacabana / Mezanino: Rua Domingos Ferreira, 160 – Copacabana
  • Telefone: (21) 2547-0156
  • Dias e horários: Quinta a domingo, às 20h30. 
  • Ingressos: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia-entrada) e R$ 7,50 (associado do Sesc)
  • Lotação: 58 lugares.
  • Duração: 1h20
  • Classificação: 12 anos
  • Funcionamento da bilheteria: de terça a sexta, das 9h às 20h. Sábados, domingos e feriados, das 13h às 20h.
  • Instagram: @ondeestamosimersas (www.instagram.com/ondeestamosimersas?igshid=YmMyMTA2M2Y=)

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