No dia 29 de abril a Orquestra Sinfônica Brasileira dá início, no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro , na Série OSB 85 anos . O ciclo celebra a excelência de seu conjunto ao revisitar obras monumentais de sua trajetória e a primeira delas será a Sinfonia nº 5 , de Gustav Mahler . A regência será a cargo do maestro Marcelo Lehninger .
Ao longo de 2025, a série apresentará algumas das páginas mais ambiciosas do repertório sinfônico: de Gustav Mahler está programada também a de nº 7 – considerada uma de suas criações mais enigmáticas -, além da Sinfonia Fantástica de Hector Berlioz, O Pássaro de Fogo de Igor Stravinsky, e também composições de Béla Bartók e Dmitri Shostakovich.
Mahler trabalhou na Sinfonia nº 5 durante as verões de 1901 e 1902, enquanto desfrutava de suas férias em Maiernigg. Àquela altura, apesar da boa recepção como maestro titular da prestigiada Ópera de Viena, suas obras ainda foram recebidas de forma ambígua pelo público e eram tidas por muitos como excessivas, herméticas ou mesmo megalomaníacas. Dois episódios importantes ao longo dos anos de elaboração da obra: o primeiro deles é um episódio trágico de hemorragia intestinal, que quase pôs fim à vida do músico em fevereiro de 1901; o segundo foi o encontro com a também compositora Alma Schindler, por quem ele se apaixonaria. Ao retornar à vila para concluir a sinfonia, em 1902, eles já eram casados e esperavam sua primeira filha. Essas vivências limítrofes encontram ressonância no arco emocional da sinfonia, que transita por páginas dramáticas e densas até alcançar um final vibrante e animado.
A Sinfonia nº 5 marca o retorno de Mahler à música puramente orquestral, após a exploração das formas vocais nas sinfonias anteriores. Assim como na Primeira, escrita em 1888, a Quinta se destaca pela riqueza de seu tratamento instrumental e pela profundidade emocional, mas também reflete uma fase nova do compositor, na qual ele parece refinar ainda mais sua linguagem e ampliar a potência expressiva da orquestração. Se nas sinfonias de nº 2, 3 e 4 ele integra vozes e textos poéticos para pôr em cena narrativas simbólicas, aqui o efeito implacável de arrebatamento, luto e exaltação da vida são conquistados através da articulação entre os timbres orquestrais, da construção temática e do rigor atualizado dos cinco movimentos.
PROGRAMA:
GUSTAV MAHLER – Sinfonia nº 5
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Marcha fúnebre
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Allegro
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Scherzo
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Adagietto
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Finale Rondó
SERVIÇO:
Série OSB 85 Anos
Dia 29 de abril (terça-feira), às 19h
Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro (Praça Floriano, s/nº – Centro, Rio de Janeiro)
Entradas:
Frisa/Camarote 80,00 (R$40,00 meia)
Plateia/Balcão Nobre 80,00 (R$40,00 meia)
Balcão Superior 50,00 (R$25,00 meia)
Balcão Superior Lateral 40,00 (R$20,00 meia)
Galeria 30,00 (R$15,00 meia)
Galeria Lateral 20,00 (R$10,00 meia)
A ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA:
Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 85 anos de trajetória ininterrupta, a OSB é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia.
Composto atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos e apresentações especiais, além de um amplo projeto de educação musical e democratização de acesso à cultura.
Para viabilizar suas atividades, a Fundação OSB conta com a Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o Instituto Cultural Vale, Shell, Itaú, NTS – Nova Transportadora do Sudeste, Bermudes Advogados, Brookfield e CYMI como patrocinadores, Bradesco e Safra como patrocinadores de série, além de um conjunto de apoiadores culturais e institucionais.