Orquestra Sinfônica Brasileira apresenta espetáculos da série Músicos da OSB na Sala Cecília Meireles

Com regência de Marcos Sadao, concertos contam com formações de Metais e Percussão

por Redação
OSB Concerto 07.05.2022 - Foto Marina Andrade 00098

A Orquestra Sinfônica Brasileira dá destaque aos Metais e Percussão nos próximos espetáculos da série Músicos da OSB, nos dias 12 e 13 de julho, no palco da Sala Cecília Meireles. Obras de Giovanni Gabrieli, Johann Sebastian Bach, Henri Tomasi e George Gershwin compõem o programa. O maestro Marcos Sadao assume a regência das apresentações.

A Sonata pian’ e forte do compositor Giovanni Gabrieli foi uma das primeiras obras do repertório europeu a especificar para o intérprete indicações precisas de dinâmica. Publicada em 1597, como movimento de uma ambiciosa coletânea musical do autor, a peça se tornou a mais conhecida do veneziano, cujo enorme talento e engenhosidade também se atestam no âmbito da música vocal. A Sonata, que será ouvida neste concerto em arranjo de Daniel Havens, conta com uma harmonização expressiva, que dá sustentação a uma melodia de natureza melancólica. Mais do que mera ferramenta de contraste, as dinâmicas exercem aqui um papel expressivo, articulando a composição de forma criativa.

O programa segue com o Concerto de Brandemburgo No. 3, de Johann Sebastian Bach, em arranjo vibrante de Christopher Mowat. Ao lado das outras cinco obras do ciclo ao qual pertence, a composição é tida como um dos exemplos grandiosos do concerto barroco, não apenas pela alternância entre solista(s) e conjunto, mas também pelo manejo engenhoso da forma. São três movimentos: o primeiro, sem indicação de andamento, tem início de forma enérgica e conta com uma figuração rítmica que passeia pelos agrupamentos de instrumentos; o adágio, por sua vez, configura uma das páginas mais misteriosas de Bach: são apenas dois acordes, contidos em um único compasso, servindo de ponte misteriosa para o finale dinâmico e cintilante.

O tour de force do programa é, sem dúvida, as Fanfares Liturgiques, do compositor francês Henri Tomasi. Escritas originalmente como parte de sua ópera Don Juan de Mañara, essas peças foram posteriormente reunidas em um conjunto coeso que configura um arco poderoso: uma verdadeira sinfonia para metais e percussão. O primeiro movimento, “Anunciação”, se impõe com um gesto inicial intenso, abrindo espaço para uma seção central de atmosfera sombria e misteriosa. Em seguida, entra em cena o grandioso “Evangelho”, que conta com um recitativo de trombone de caráter majestoso. “Apocalipse”, terceiro movimento, traz a sensação do galope implacável dos cavaleiros do fim dos tempos, enquanto o finale, “Procissão de Sexta-feira Santa”, conclui o ciclo em nota de êxtase espiritual e intensidade sublime.

O contexto da criação da última obra deste programa não poderia ser mais oportuno ou mais  inspirador. Em 1928, o compositor estadunidense George Gershwin embarcou com os irmãos e a cunhada para sua quinta viagem rumo à Europa. Foi durante essa temporada, mais precisamente na França, que ele trabalhou em grande parte da obra Um Americano em Paris, que será ouvida neste espetáculo em arranjo de Daniel Guyot. A encomenda da peça foi feita enquanto ele ainda estava nos Estados Unidos, mas o fôlego criativo só se deu plenamente em solo francês, sob o êxtase da Cidade Luz. Na composição, o trânsito caótico, o charme das avenidas, o burburinho dos cafés e até o som das buzinas ganham vida em uma partitura vibrante, que funde elementos do jazz com a tradição sinfônica europeia.

PROGRAMA:

⁠GIOVANNI GABRIELI – Sonata piano e forte

JOHANN SEBASTIAN BACH – Brandeburgo concerto nº 3

HENRI TOMASI – Fanfare Liturgique

⁠GEORGE GERSHWIN – An American in Paris

SERVIÇO:

Série Músicos da OSB – Metais e Percussão

Dia 12 de julho (sábado), às 19h

Dia 13 de julho (domingo), às 11h

Local: Sala Cecília Meireles (Rua da Lapa, 47 – Lapa, Rio de Janeiro – RJ)

Ingressos 12 de julho(sábado): R$40,00 | Ingressos 13 de julho (domingo): R$20,00

ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA:

Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 85 anos de trajetória ininterrupta, a OSB é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia.

Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos e apresentações especiais, além de um amplo projeto de educação musical e democratização de acesso à cultura.

Para viabilizar suas atividades, a Fundação OSB conta com a Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o Instituto Cultural Vale, Shell, Itaú, NTS – Nova Transportadora do Sudeste, Bermudes Advogados, Brookfield e CYMI como patrocinadores, Bradesco e Safra como patrocinadores de série, além de um conjunto de apoiadores culturais e institucionais.

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