Orquestra Sinfônica Brasileira e OSB Jovem se apresentam na UERJ dia 16 de dezembro

OSB e OSB Jovem - Fotos de Renato Mangolin

A Orquestra Sinfônica Brasileira se une à Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem para um concerto de integração no palco do Teatro Odylo Costa, filho, na UERJ, no dia 16 de dezembro. Com a Sinfonia nº 1 de Gustav Mahler no programa, a regência fica a cargo do maestro Marcelo Lehninger.

A primavera de 1888 estava prestes a começar quando Gustav Mahler finalizou a sua Sinfonia nº 1, àquela altura ainda nomeada Poema Sinfônico em Duas Partes. Embora já viesse esboçando ideias por quase três anos e tenha recorrido a material escrito na década anterior, o trabalho duro de elaboração se deu de forma breve, estendendo-se por seis semanas apenas. Um ano depois, a composição era estreada em Budapeste, na Ópera Real Húngara, onde Mahler se tornara diretor artístico. Para sua tristeza, no entanto, a obra não foi recebida com entusiasmo, e o compositor acabou por  submetê-la a uma espécie de “segunda gestação”, muito mais longa e cheia de retificações que só chegaria ao fim em 1896. Nas revisões, ele fez ajustes na instrumentação, incluiu e depois suprimiu um movimento, testou vários títulos e descrições programáticas (em uma tentativa de instruir o público) e, por fim, abandonou todos eles em favor de um simples Primeira Sinfonia. Após muitas metamorfoses, ganhava forma definitiva uma das obras-primas do repertório orquestral.

Embora Mahler tenha removido as alusões extramusicais (sobretudo por elas terem sido mal interpretadas pelo público), não é possível dizer que o conteúdo da sinfonia não tenha sido contaminado por elas durante a recomposição. Mesmo hoje, essas pistas continuam servindo como importante ferramenta para adentrar a obra que, desde as estreias, se mostrou simultaneamente em diálogo com a tradição, mas mahlerianamente inovadora. Nas notas de programa suprimidas, as descrições dão o tom de cada um dos quatro movimentos: o primeiro evocaria “o despertar da natureza após o inverno”; o segundo, por sua vez, ganhou o título “Com velas cheias”, insinuando um navio que avança com energia; o terceiro movimento, uma marcha fúnebre, teria por inspiração não apenas as gravuras virtuosísticas e dramáticas de Jacques Callot, mas também a xilogravura “A Procissão Fúnebre do Caçador”, de Moritz von Schwind, na qual animais da floresta acompanham o caixão de um lenhador até o túmulo; o movimento final trazia o título “Dall’Inferno”, em uma referência à Divina Comédia de Dante.

PROGRAMA:

GUSTAV MAHLER – Sinfonia nº 1 – “Titã”

I. Langsam, schleppend (Lentamente, arrastado)

II. Kräftig bewegt, doch nicht zu schnell (Com vigor, mas não muito rápido)

III. Feierlich und gemessen, ohne zu schleppen (Solenemente e comedido, sem arrastar)

IV. Stürmisch bewegt (Impetuoso)

SERVIÇO:

OSB e OSB Jovem

Dia 16 de dezembro (domingo), às 19h

Local: Teatro Odylo Costa, filho – UERJ

Ingressos: 40,00 (R$20,00 meia)

A ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA:

Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 85 anos de trajetória ininterrupta, a OSB é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia.

Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos e apresentações especiais, além de um amplo projeto de educação musical e democratização de acesso à cultura.

Para viabilizar suas atividades, a Fundação OSB conta com a Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o Instituto Cultural Vale, Shell, Itaú, NTS – Nova Transportadora do Sudeste, Bermudes Advogados, Brookfield e CYMI como patrocinadores, Bradesco e Safra como patrocinadores de série, além de um conjunto de apoiadores culturais e institucionais, como a Brookfield Properties com a exposição fotográfica itinerante gratuita “Orquestra Sinfônica Brasileira: é a música que nos rege”, em São Paulo e no Rio de Janeiro.

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