A Orquestra Sinfônica Brasileira destaca a família das cordas na próxima apresentação da Série Músicos da OSB, dia 8 de novembro, no palco do Teatro de Câmara da Cidade das Artes. No repertório, obras de Joseph Haydn e Heitor Villa-Lobos.
Os quartetos que integram o Op. 76 de Joseph Haydn são obras da maturidade do austríaco, que à altura de sua concepção tinha nada menos do que 65 anos. Isso significa não apenas dizer que o conteúdo musical dessas obras reflete o amadurecimento de toda uma trajetória em música, mas também reconhecer que, em alguma medida, essas composições representam um dos pontos culminantes do gênero tão extensivamente praticado pelo compositor, que escreveu nada menos do que 68 ensaios no gênero. O Quarteto Op. 76 nº 3, que abre este programa, foi escrito na tonalidade de Dó Maior e logo se tornou o mais famoso do conjunto, graças a um cativante tema utilizado no segundo movimento.
Em termos de estrutura, o Primeiro Quarteto de Villa-Lobos está mais próximo de uma suíte do que propriamente do quarteto de cordas. Escrito em 1915 (mesmo ano, aliás, em que ele compôs o Quarteto nº 2), a obra se diferencia de todos os demais ensaios do brasileiro no gênero por conta de sua forma e escopo. Ao invés de um primeiro movimento em forma sonata, um movimento lento, um minueto e um rondó, como nos modelos haydnesco, Villa-Lobos oferece ao ouvinte seis movimentos breves, contrastantes, de surpreendente economia temática, dos quais quatro apresentam caráter de canção e outros dois são mais ritmados. Se engana, no entanto, quem conclui que a obra seja, por isso, episódica ou fragmentada; a unidade é aqui garantida por uma certa unidade de humor, por uma retórica direta e expressiva e pelo caráter villalobiano excelência das melodias, que guardam certa aspiração folclórica (embora não o sejam).
PROGRAMA:
JOSEPH HAYDN – Quarteto Op. 76 nº 3 “Imperador”
I. Allegro
II. Poco Adagio, Cantabile
III. Menuetto. Allegro
IV. Finale. Presto
HEITOR VILLA-LOBOS – Quarteto nº 1
I. Cantilena – Andante
II. Brincadeira – Allegretto Scherzando
III. Canto Lírico – Moderato
IV. Canconeta – Andantino quasi Allegretto
V. Melancolia – Lento
VI. Saltando como um Saci – Allegro
SERVIÇO:
Série Músicos da OSB | Cordas
Dia 8 de novembro (sábado), às 19h
Local: Cidade das Artes (Av. das Américas, 5300 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ)
Ingressos: Plateia Baixa – R$50,00 (R$25 meia) | Plateia Alta – R$40,00 (R$20 meia)
Ingressos disponíveis na bilheteria da Cidade das Artes e no site Sympla
A ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA:
Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 85 anos de trajetória ininterrupta, a OSB é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia.
Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos e apresentações especiais, além de um amplo projeto de educação musical e democratização de acesso à cultura.
Para viabilizar suas atividades, a Fundação OSB conta com a Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o Instituto Cultural Vale, Shell, Itaú, NTS – Nova Transportadora do Sudeste, Bermudes Advogados, Brookfield e CYMI como patrocinadores, Bradesco e Safra como patrocinadores de série, além de um conjunto de apoiadores culturais e institucionais, como a Brookfield Properties com a exposição fotográfica itinerante gratuita “Orquestra Sinfônica Brasileira: é a música que nos rege”, em São Paulo e no Rio de Janeiro.
