O Rio de Janeiro se prepara para receber a estreia de “Os Figurantes… E Depois?”, uma comédia teatral original que promete risadas e reflexões profundas sobre o que significa estar sempre “no fundo da cena”, ser um figurante. Com um texto inédito que une a sensibilidade de autores consagrados do teatro e do audiovisual, a montagem oferece uma visão ácida e inteligente do universo dos coadjuvantes, seja no set de filmagem, no palco ou no cotidiano. O espetáculo estreia dia 09/01 e fica em cartaz até 08/02, na Casa de Cultura Laura Alvim – Teatro Laura Alvim, em Ipanema, Zona Sul do Rio.
A peça fala dos dilemas e dos sonhos dos figurantes, aqueles que buscam um lugar ao sol e dão base para complemento de cenas na ficção. Idealizado e produzido por Carol Cezar, têm autoria de Wendell Bendelack (que também assina a direção) e Rafael Primot, autores premiados no teatro, colaboram ainda com o texto, os autores Andrea Batitucci e Cleomácio Inácio. Em cena, cinco atores carismáticos e conhecidos do grande público, Bia Guedes, Carol Cezar, Hugo Germano, Rodrigo Fagundes e Tati Infante dão voz e corpo a personagens que, pela primeira vez, saem das sombras. O espetáculo utiliza o formato de esquetes interligadas que, juntas, formam um mosaico afetivo e caótico da vida dos figurantes nos bastidores, costurado por um fio narrativo que confere à peça um ritmo ágil e um “deboche carinhoso”.
Carol Cezar conta que o espetáculo nasceu de uma intensa pesquisa de roteiros e histórias reais e que uma das inspirações veio de uma situação que ela presenciou sobre a frustração de um figurante que perdeu uma participação especial para outro ator: “Ali eu entendi que existia uma peça sobre o desejo de ser visto — e sobre o impacto quando isso não acontece”, relata.
Quem nunca batalhou por uma fala?
O espetáculo transcende rapidamente o universo artístico. O público se reconhece porque a peça fala sobre trabalho, precariedade, sonhos e a luta diária por dignidade, o que é comum em todas as profissões que não estão sob os holofotes e os aplausos.
Carol Cezar revela a chave para a identificação do público: “O mais bonito de ver é que o público percebe rapidamente que “Os Figurantes …” não é uma peça ‘sobre o audiovisual’. É sobre qualquer pessoa tentando existir num mundo enorme. A peça transforma a experiência do coadjuvante em uma pergunta universal: “Quantas vezes você já se sentiu figurante da sua própria vida? No trabalho, na família, numa relação amorosa, numa cidade que engole a gente? Os personagens são espelhos, querem ser vistos, valorizados — ou ao menos lembrados. Por isso o público se reconhece, porque todo mundo já batalhou por uma fala”, afirma.
E conclui: “O que sempre nos interessou nesse texto foi usar o humor como lente — não para debochar, mas para ampliar aquilo que é humano. Quando digo que escancaramos o ego, o improviso e a vulnerabilidade, não é para ridicularizar ninguém, é para mostrar que todos nós, de algum jeito, estamos tentando ser vistos, reconhecidos, lembrados. E isso é profundamente humano”.
A luz dos holofotes é para todos
A invisibilidade do coadjuvante, algo que o texto da peça estende como uma metáfora para a vida pessoal e profissional, é algo que aproxima mais o público, sobre como se pode conduzir o caminho para o que cada um considera ser seu sucesso. Assim pensam também os integrantes do elenco.
A atriz Bia Guedes entende que “ninguém é protagonista o tempo todo, e tudo bem. É o que a peça nos lembra. É sempre bom olhar a vida com menos cobrança e mais leveza! Entendendo que até nos momentos em que pareço estar só “figurando”, eu continuo fazendo parte do todo e isso também tem muito valor. Essa peça me faz pensar muito sobre aqueles momentos em que a gente se sente apagado, como se só estivesse “de fundo” na própria vida. Mas tudo isso de um jeito leve e divertido! Com a direção do Wendell Bendelack as cenas se constroem de um jeito dinâmico e milimetricamente pensado!
Hugo Germano, revela que procura não se deixar abalar pelas opiniões alheias sobra a construção do seu espaço na arte: “Busco sempre ser o protagonista da minha vida e não depender da aprovação ou licença dos outros para agir, acredito que um artista tem que ter algo a dizer em cena, sem fugir da sua essência. O maior desafio é representar um figurante respeitando seus desejos e anseios. Esse espetáculo me faz pensar em todas as escolhas que tomo profissionalmente, nas minhas referências artísticas , o teatro me dá a possibilidade de colocar todas as minhas memórias em cena”. Reflete o ator.
Já Tati Infante fala sobre a arte de “ensaiar para o sucesso” em meio à competição, a visibilidade, o que dialoga bastante com seu trabalho nas redes sociais: “O humor de “Os Figurantes…” é exatamente o tipo de comédia que eu amo, aquele humor ácido que a gente ri… e depois pensa, “Meu Deus, sou eu!”. A peça mostra atores transformando um set de filmagem num verdadeiro ringue de UFC por uma fala e eu, como atriz e influenciadora, olho aquilo e penso, “…Gente, isso aqui é um documentário!”. O mais divertido é que a peça me lembra diariamente que a gente tem que ensaiar como se o holofote fosse chegar, mesmo quando na vida real ele está mais para luz de geladeira piscando. Porque se depender do barulho do mundo, da concorrência e das redes sociais, ninguém ouve nem o “ação!”.
E complementa: Nas redes sociais, é igualzinho, todo mundo querendo seu close, sua frase, seu momentinho de glória. A diferença é que no teatro a gente disputa por uma fala… E na internet a gente disputa por uma visualização e ainda agradece quando vem. A peça acaba sendo quase um curso intensivo de sobrevivência artística, rir de si mesma, competir com leveza e entender que, no fim das contas, não importa se a fala é grande, pequena ou inexistente, mas o importante é entrar em cena como se fosse protagonista”.
Rodrigo Fagundes, com uma carreira já consolidada no teatro, TV e cinema, marcada por personagens icônicos, muitos deles construídos no timing e no universo da comédia, fala sobre suas experiências em início de carreira, os sonhos e frustrações e sobre como encarar os perrengues do dia a dia com o olhar de comédia, levando o drama de maneira linear para ter leveza e não se abalar: “Me lembro de ter feito uma figuração no filme da Rosane Svartman, “Como Ser Solteiro”, quando estava no meu primeiro ano da CAL (escola de teatro). Filmamos uma madrugada inteira. Eu estava tão feliz, tão artista, me sentindo um protagonista, mas estava ali apenas para passar com uma bandeja e servir uma água para a personagem na cena. Saí radiante. Quando fui assistir no cinema, tinha virado o garçom ‘sem cabeça’ que passa ao fundo. Fiquei tão arrasado, mas hoje, vendo tudo que conquistei, agradeço por esse choque de realidade que tive lá atrás, pois vamos aprendendo que nossa profissão tem muitos momentos onde sua vocação é testada. Transformo tudo em combustível, reclamo de vez em quando, mas sigo em frente”, relembra com humor.
Rodrigo ainda complementa: “Acho que a comédia e o drama andam juntos. Depende do seu olhar para a vida. E no palco isso ganha uma potência muito forte, pois vira espelho, reflete comportamentos, atitudes, identificação, desejos… Acho que nossa peça traz um liquidificador de momentos e sentimentos de personagens em situações patéticas, hilárias, tristes, mas que refletem muito essa perseverança que temos e alimentamos todo dia. E estamos falando do humor, tinta forte aqui, sem medo do ridículo. Mergulhar e saber que através da comédia estamos falando de dramas que muitos vão se identificar. E se não tiver holofote, a gente acende o ring light”, brinca.
A peça é patrocinada pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, Top Down Consultoria & Projetos S.A., XMarketing Promocional Ltda, Prima Vida Odontologia de Grupo Ltda, Valsa Consultoria e Gestão de Saúde S.A e Intensive Care Serviços Médicos Hospitalares S.A, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS.
O DIRETOR
Wendell Bendelack é ator, diretor, produtor e autor desde 1996. É formado em Direito na UNAMA – Universidade Nacional da Amazônia, no Pará e na CAL (Casa das Artes das Laranjeiras) no Rio de Janeiro. Como ator: TEATRO : Musical: “Titaníque” e “Alguma Coisa Podre”. Peça “Susto”, “Perdoa Me Por Me Traíres”, de Nelson Rodrigues, “Clementina, Cadê você?”, “Surto”, “Romeu e Julieta”, “Mamãe não pode saber”, entre outros. Na TV: “Sexo Frágil”, “Tapas e Beijos”, “Amor, Eterno Amor”, “Cobras e Lagartos”, “Malhação”, “Insensato Coração” e “Totalmente Demais”, todas na TV Globo. Série – “Impuros” (FOX). No cinema: “A Máquina”, “Meu Nome Não é Johnny”, “Elvis e Madona”, “Encantados” e “Copa de Elite” e “Um Pai no Meio do Caminho”. Como diretor de teatro: “Surto”, “Novela Brasil”, “Pra sempre nunca mais” e “Era pra ser um stand up”, “DeZencontros” e o “Mundo Ideal”. Como Produtor de Teatro: “Surto”, “Novela Brasil”, “A Fábula dos brinquedos”, “Perdoa Me Por Me Traíres”, “Susto”, “Romeu e Julieta”, “Mamãe não pode saber”. Como autor em Teatro: “Surto”, “Novela Brasil”, “A Fábula dos brinquedos” e “Entrelaçados”. Na TV como Autor/Colaborador das Novelas: “Volta Por Cima”, “Elas por Elas, “Cara e Coragem” (indicada ao Emmy), “Nos Tempos do Imperador”(indicada ao Emmy) e “Pega Pega”, ambas na TV Globo.
MiniBios D’os Figurantes
Carol Cezar é atriz e produtora, atualmente no ar com a série “Chuva Negra” de Rafael Primot. Paralelamente, segue em turnê com o espetáculo “Clarice & Nelson – Um recorte biográfico por meio de entrevistas”, texto de Rafael Primot e Franz Keppler, com direção de Helena Varvaki e Manoel Prazeres e em produção do espetáculo. Sua trajetória no teatro é marcada por paixão e obstinação, estando envolvida desde a escolha dos textos, captação de recursos, até a produção e estreia. Entre seus trabalhos mais recentes no palco estão: “A Serpente” de Nelson Rodrigues (direção de Eric Lenate), “Amor é Química” de David França Mendes (direção de Oscar Francisco), “A Hora Perigosa” de Clara Meirelles (direção de Daniel Herz) e “Cascavel” de Catrina McHugh (direção de Sérgio Ferrara). Na TV, Carol também se destacou em novelas da Globo: “Além do tempo”, “A regra do jogo”, “A Lei do Amor” (2017) e “Malhação – vidas brasileiras” (2018).
Bia Guedes é uma artista multifacetada, transitando entre o teatro, TV, cinema, shows e mídias sociais com constante movimento. Em 2025 esteve no elenco da novela “Volta por Cima”, no horário das 19h na Tv Globo. Na Netflix, está no elenco da série “Ponto Final”.
Protagonizou o filme “Cansei de Ser Nerd”, com direção de Gualter Pupo e lançamento previsto para 2026. Com uma carreira marcada por participações em produções renomadas, Bia foi finalista do Prêmio Multishow de Humor e atuou em diversas novelas como “Novo Mundo”, “Joia Rara”, “Morde e Assopra”, “Salve Jorge”, “Império”, além de séries como “A Grande Família”, “Amor e Sexo”, “Tapas e Beijos”, “Filhas de Eva”, entre outras. No cinema, participou de filmes como “Minha Mãe é uma Peça 2’, de Paulo Gustavo, “De Pernas pro Ar 3”, de Ingrid Guimarães e o filme. No teatro, Bia fez parte do elenco de diversas peças, como “Agora Vai”, “Uma Fortuna pra Dois”, “Ela é Meu Marido”, “Senhora solidão”, “Surto”, “Boca Rosa a Peça”, “Novela Brasil”, “Terapia do Riso”, “Pequenos Poderes”, além de integrar o coletivo Clube da Cena e atualmente está em cartaz com “4K, Comédia” entre amigos. Esteve no elenco da turnê do Show de Luccas Neto em “O Mundo de Magia” e “Fantasia”. Seu talento foi reconhecido com prêmios importantes, como o Prêmio Oscarito de melhor atriz no Festival Internacional de Humor do Rio de Janeiro, o Prêmio Elizabeth Savalla de melhor atriz no Festival de Resende, e como melhor atriz coadjuvante no Festival Nacional de Teatro de Juiz de Fora. Sua versatilidade também se destaca em participações em vídeos para os canais Porta dos Fundos e Parafernalha.
Hugo Germano é ator, diretor e escritor. No teatro estrelou e protagonizou a montagem “Macunaíma – uma rapsódia musical”, adaptação da obra de Mário de Andrade, sob a direção de Bia Lessa, com a Cia. Barca dos Corações Partidos (2019). Foi indicado ao Prêmio Cesgranrio de Melhor Ator de musical por “A cuíca do Laurindo”, dirigido por Sidnei Cruz (2016). Atuou também nos espetáculos: “Musical Dona Ivone Lara, um sorriso negro”, direção de Elísio Lopes Junior (2018), “Cartola o Mundo é um moinho”, direção de Roberto Lage (2016); “Malala, a menina que queria ir à escola” (2018/19) e “Vestido de Noiva” (2013), sob direção de Renato Carrera. E recentemente no espetáculo “Viva o povo brasileiro” de João Ubaldo direção de André Paes Leme. Com mais de 15 anos de carreira na área de artes cênicas. Germano participou de produções como “A Toca” (2013) e “Sob Pressão” (2018). No cinema, foi escalado para produções como “Desenrola”(2010), “Um Suburbano Sortudo 2” (2016) e “Pluft” (2022). No ano de 2022, integrou o elenco de “Mar do Sertão” e “No Rancho Fundo”, em 2023, novelas da Rede Globo. O artista realizou duas peças-vídeos e também produziu o filme “Inanição”, que participou em festivais pelo mundo. Em 2023, estreia no filme biográfico do comediante Mussum em “Mussum, o Filmis”. O filme ganhou o Festival de Gramado como melhor longa-metragem de 2023. No ano de 2024, participou da série “Detetives do Prédio Azul”.
Tati Infante, é atriz, bailarina clássica, empresária (fundadora da marca Rio Eyewear) e influenciadora digital. Formada em Ballet Clássico, integrou o corpo de baile do programa Planeta Xuxa. Além de atuar, idealiza e produz os espetáculos teatrais da sua própria companhia. Em 2014, seu espetáculo “Nadistas e Tudistas”, com direção de Daniel Herz, foi indicado ao Prêmio Zilka Salaberry. Desde então, produziu e atuou em mais cinco montagens teatrais. Na televisão, fez diversas participações na TV Globo, em novelas como “Haja Coração” (2016), “Malhação – Vidas Brasileiras” (2018), “Cara e Coragem” (2022), “Vai na Fé” (2023) e “Família é Tudo” (2024). Também atuou em novelas da Record, como A “Terra Prometida” e “Jesus”. No streaming, está no elenco da 4ª temporada de “Arcanjo Renegado” (Globoplay). Participou dos longas “O Drible Perfeito” e “Loloucas”, de Heloísa Périssé, além das produções “As Moiras” e “Ameaça Invisível”. Sua trajetória digital começou em 2020, durante a pandemia, e rapidamente ganhou força, resultando em parcerias com grandes marcas como Magalu, Americanas, Localiza, Delícia, BYD, L’Oréal, TIM, entre outras. Reconhecida também por seu espírito empreendedor, recebeu a Medalha Juscelino Kubitschek como Personalidade Feminina (2022), o Troféu JK de Personalidade Revelação no Digital (2023) e o Troféu JK de Personalidade Feminina do Ano no Empreendedorismo (2024). Atualmente, escreve seu stand-up autoral, unindo humor, autenticidade e sua experiência de vida.
Rodrigo Fagundes é ator formado pela CAL (Casa das Artes das Laranjeiras). Integrante da Cia. Os Surtados desde 2003, participou do elenco da comédia “Surto”, enorme sucesso de público, por 10 anos. Entre seus últimos trabalhos no teatro estão “Gargalhada Selvagem”, com direção de Guilherme Weber; “Como me tornei estúpido”, com direção de Sérgio Módena; e Silvia, com direção de Gustavo Wabner e com a qual foi indicado na categoria Melhor Ator no Prêmio de Humor em 2019. No cinema, participou de “Desapega”, de Hsu Chien; “Tudo Bem no Natal que Vem”, de Roberto Santucci; e “Zuzu Angel”, de Sérgio Rezende. Na TV, seus trabalhos mais recentes foram nas novelas “Volta por Cima”, “Cara e Coragem” e “Pega Pega”, todas da TV Globo, além das séries “Detetives do Prédio Azul” e “Impuros”. Ganhou o prêmio Melhores do Ano de Melhor Comediante com seu personagem Patrick, do humorístico “Zorra Total” em 2005.
Ficha Técnica
Espetáculo: “Os Figurantes… E depois?”
- Idealização e produção: Carol Cezar
- Texto: Wendell Bendelack, Rafael Primot, Andrea Batitucci e Cleomácio Inácio
- Direção: Wendell Bendelack
- Elenco: Bia Guedes, Carol Cézar, Hugo Germano, Rodrigo Fagundes e Tati Infante
- Iluminação: Paulo Roberto Moreira
- Direção de Arte: Letícia Ponzi e Fernanda Vieira
- Direção musical e Trilha Sonora: Rodrigo Marçal e João Mello da Costa
- Direção de Produção: Letícia Napole
- Produção Executiva: Júlio Luz
- Fotógrafo: Beto Roma
- Programação Visual: Luciano Cian
- Videomaker: Blinkers Produções
- Mídias Sociais: Mariana Lima
- Assessoria de Imprensa: Alessandra Costa
- Idealização e Realização: Carol Cezar Produções Artísticas
Serviço
Espetáculo: “Os Figurantes… E depois?”
- Local: Casa de Cultura Laura Alvim – Teatro Laura Alvim
- Av. Vieira Souto, 176 – Ipanema
- Informações: (21) 2332-2016
- Temporada: 09 de janeiro a 08 de fevereiro
- Dias: Sexta e sábado, às 20h e domingo, às 19h
- Ingressos: R$ 20,00 (meia) e R$ 40,00 (inteira)
- Capacidade: 190 lugares
- Classificação etária: 12 anos
- Duração: 90 minutos
Vendas: https://funarj.