Dando continuidade à Temporada Diversidade, que traz como tema das apresentações valores essenciais, a Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem leva ao palco da Cidade das Artes o Concerto Ancestralidade no dia 11 de maio, quando é comemorado o Dia das Mães. Sob regência do maestro titular Anderson Alves, o repertório, com obras de Leopold Mozart, Hildegard Von Bingen, Edvard Grieg e Anderson Alves promove um encontro entre raízes espirituais, folclóricas e familiares, celebrando a ancestralidade como força criadora na música.
Violinista, compositor e pedagogo, Leopold Mozart estabeleceu uma bem sucedida carreira como músico de corte em Salzburgo. Além de escrever música sacra, sinfonias, concertos e peças de câmara, ficou amplamente conhecido por seu método de violino, que teve grande circulação na Europa e se tornou um marco da pedagogia instrumental no século XVIII. Embora sua produção musical tenha sido, em parte, eclipsada pela ascensão meteórica de seu filho, o prodígio Wolfgang Amadeus, Leopold deixou um legado que atesta seu domínio da escrita orquestral e sua versatilidade criadora. Um exemplo é o Divertimento militar, cioè Sinfonia, peça em cinco movimentos que abre este concerto da Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem.
A segunda compositora do espetáculo, Hildegard von Bingen (1098 —1179) foi uma das figuras mais extraordinárias da Idade Média: abadessa, mística, escritora e visionária, sua obra atravessa os séculos por sua originalidade e força espiritual. Inserida na tradição da Igreja Católica, ela não se limitou a repetir os moldes litúrgicos da época; ao contrário: criou textos e músicas profundamente pessoais, onde se entrelaçam sua fé, suas visões e uma imaginação teológica rica em imagens da natureza, do cosmos e do feminino. Em Quia ergo femina, que será ouvida neste programa, Hildegard medita sobre o papel de Maria como redentora da humanidade, contrapondo-a à figura de Eva. Já em Aer enim volat, a compositora explora a ideia de que os elementos naturais refletem verdades espirituais. A música, breve mas expressiva, reflete esse dinamismo com saltos melódicos amplos e cadências bem definidas no modo frígio. Ambas as obras serão apresentadas em transcriação instrumental de Leandro de Oliveira.
Nascido quase 6 séculos e meio depois da morte de Bingen, o norueguês Edvard Grieg (1843 – 1907) foi uma das figuras centrais do nacionalismo musical do século XIX. Conhecido por combinar a força da tradição romântica com as cores e os ritmos do folclore escandinavo, ele evitou deliberadamente os grandes formatos sinfônicos, preferindo formas mais íntimas, como as suítes, a música de câmara, as pequenas peças para piano e a canção. As Duas Melodias Elegíacas, Op. 34, que serão apresentadas neste programa, são orquestrações de canções escritas originalmente sobre poemas de Aasmund Olavsson Vinje, autor cuja visão contemplativa da natureza e da existência marcou profundamente o compositor.
Maestro, pianista e compositor, Anderson Alves tem se destacado por uma produção musical diversificada, que inclui obras camerísticas, corais e orquestrais. O Divertimento para Orquestra, que encerra este programa, foi uma das primeiras peças de sua carreira e ilustra bem sua afinidade com o estilo neoclássico. Combinando leveza, humor e um senso agudo de construção formal, o Divertimento foi pensado para encantar tanto músicos quanto ouvintes, uma música que se quer memorável e envolvente.
“Esse é o terceiro ano que apresentamos a OSB Jovem e temos uma felicidade muito grande de poder ter proporcionado seu retorno e estar proporcionando a sua continuidade. Essa parceria é um reflexo da nossa agenda de patrocínios culturais que reitera o compromisso da Shell com a sociedade brasileira ao apoiar iniciativas que promovam o desenvolvimento humano, a educação, a inovação, a diversidade, a equidade e a inclusão” – comenta Alexandra Siqueira, gerente de Comunicação de Marca da Shell Brasil.
PROGRAMA:
LEOPOLD MOZART – Divertimento Militar
HILDEGARD VON BINGEN – Quia ergo femina (Porque foi uma mulher…)
EDVARD GRIEG – Duas Melodias Elegíacas
– INTERVALO –
HILDEGARD VON BINGEN – Aer enimi volat (Porque o ar voa…)
ANDERSON ALVES – Divertimento para Orquestra
SERVIÇO:
- OSB Jovem | Concerto Ancestralidade
- Dia 11 de maio (domingo), às 11h
- Local: Cidade das Artes (Avenida das Américas, nº 5300 – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro, RJ)
Ingressos:
- Plateia R$30,00 (R$15,00 meia)
- Frisa R$25,00 (R$12,50 meia)
- Camarote R$20,00 (R$10,00 meia)
- Galeria R$10,00 (R$5,00 meia)
ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA JOVEM:
Em seu terceiro ano de atividades, a Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem continua firme em sua proposta de renovar o cenário musical brasileiro. A iniciativa, retomada em 2023, oferece aos músicos em início de carreira a estrutura necessária para uma experiência completa de formação, combinando aperfeiçoamento técnico, ampliação de repertório e mentoria com músicos experientes. O conjunto é composto por músicos com idades entre 18 e 30 anos, que foram selecionados considerando critérios socioeconômicos para promoção da diversidade e inclusão social. A Shell é mantenedora do projeto.
Shell Brasil:
Há 112 anos no país, a Shell é uma empresa de energia integrada com participação em Upstream, no Novo Mercado de Gás Natural, Trading, Pesquisa & Desenvolvimento e no Desenvolvimento de Energias Renováveis, com um negócio de comercialização no mercado livre e produtos ambientais, a Shell Energy Brasil. Aqui, a distribuição de combustíveis é gerenciada pela joint-venture Raízen, que recentemente adquiriu também o negócio de lubrificantes da Shell Brasil. A companhia trabalha para atender à crescente demanda por energia de forma econômica, ambiental e socialmente responsável, avaliando tendências e cenários para responder ao desafio do futuro da energia.