Paraná recebe o lançamento da 26ª edição do Palco Giratório

Herança - Palco Giratório - Foto de Pablo Bernardo

Maior projeto de circulação de artes cênicas do país, o Palco Giratório lança sua 26ª edição nesta quarta-feira (17/04), no Paraná, com a presença dos dois artistas homenageados: o diretor e ator Amir Haddad, fundador do Grupo Tá na Rua (RJ), e o ator, compositor, cantor, e diretor musical Maurício Tizumba. O evento será realizado Teatro do Sesc da Esquina e contará com uma programação de espetáculos até o dia 21. Este ano, o Palco Giratório conta com 404 apresentações e 264 cursos e oficinas, realizados por 17 grupos artísticos. Espetáculos de teatro, dança e circo compõem a programação dessa edição, que alcançará 80 cidades de 25 estados e Distrito Federal.

O lançamento será às 19h30 e, após a cerimônia oficial de abertura, sobe ao Palco a Cia. Burlantins com a peça “Herança” (MG), que celebra os 50 anos de carreira de Tizumba. O espetáculo cênico-musical retrata a busca e o resgate da herança cultural afro-brasileira como bússola para a diáspora negra. No dia 18, às 20h, haverá apresentação de “Zaratustra: uma trransvaloração dos valores” (RJ), encenada por Amir Haddad e o Grupo Tá na Rua. O espetáculo nasceu da relação do ator e diretor com o personagem Zaratustra escrito pelo filósofo Friedrich Nietzsche.

A programação continua na sexta-feira (19) com a apresentação do espetáculo “Nuvem de Pássaros”, do grupo Movidos Dança (RN), obra inspirada no movimento da migração dos pássaros e na trajetória de espécies que compartilham rotas de voo para enfrentar adversidades. No sábado (20), o Grupo Locômbia Teatro de Andanças (RR) apresentará o espetáculo “Mar Acá”, que combina elementos da mitologia latino-americana e realça a cultura ancestral. Encerrando a programação dia 21, o espetáculo “Sobrevivente”, com Nena Inoue.

A decisão de colocar no centro da 26ª edição do projeto os atores e diretores Amir Haddad e Maurício Tizumba está alinhada com a busca por diversidade nas ações do Sesc. Ambos são referências do teatro e da música brasileira e também foram homenageados pelo 34ª Prêmio Shell de Teatro, divulgado em março.

Amir Haddad tem 86 anos e sua vida foi trilhada pelo teatro: dirigiu grandes nomes da arte brasileira, como Marieta Severo, Andreia Beltrão e Letícia Spiller. Como forma de homenageá-lo, o Palco Giratório vai circular a peça “Zaratustra: uma transvaloração dos valores”.

Já Maurício Tizumba é ator, compositor, cantor, multiinstrumentista, diretor musical e capitão de congado. Sua trajetória artística é baseada no diálogo entre diversas linguagens e entre a arte e as manifestações populares tradicionais da cultura afro-brasileira. Tizumba vai se apresentar com “Herança”, que retrata a busca e o resgate da herança cultural afro-brasileira como bússola para a diáspora negra.

Também compõem o Palco Giratório deste ano espetáculos como “Leci Brandão”, com o Grupo Lapilar Produções Artísticas (RJ), que conta a vida da sambista carioca; a opereta infantojuvenil “Cabelos Arrepiados”, da companhia Buia Teatro de Manaus, premiada como Melhor Grupo de Teatro do Brasil em 2022; e “Mar Acá”, com o Grupo Locômbia Teatro de Andanças, formado por atores colombianos que vivem em Roraima.

Palco Giratório

Reconhecido no cenário cultural brasileiro como um importante projeto de difusão e intercâmbio das Artes Cênicas, o Palco Giratório intensifica a formação de plateias a partir da circulação de espetáculos dos mais variados gêneros, selecionados por uma curadoria nacional. A mistura de sotaques, as diferentes expressões artísticas e modos de criação são características do circuito, que percorre capitais e cidades do interior de todas as regiões do país desde 1998. O projeto também conta com uma vasta programação de oficinas, festivais, mesas-redondas e palestras, que permite a participação ativa da comunidade, de artistas locais e convidados, promovendo a troca de experiências, a divulgação do trabalho de profissionais de todo o país e a geração de emprego para os inúmeros trabalhadores que atuam no circuito. Desde sua criação, já passaram pelo Palco Giratório 380 grupos artísticos, com aproximadamente 10 mil apresentações, alcançando um público estimado em 5 milhões de espectadores.

Veja abaixo a lista de espetáculos do Palco Giratório deste ano:

  • Zaratustra – Grupo Tá na Rua (RJ)
  • Quatro Luas – O Bando Coletivo de Teatro (PE)
  • Procedimento#6 – Jackeline Mourão e Reginaldo Borge (MS)
  • O equilibrista – Cia. YinsPiração Poéticas Contemporâneas (DF)
  • Nuvem de pássaros – Movidos Dança (RN)
  • Mundos – Grupo Maria Cutia de Teatro (MG)
  • Maria Firmina dos Reis – Núcleo Atmosfera (MA)
  • Mar Acá – Grupo Locômbia Teatro de Andanças (RR)
  • Leci Brandão – Lapilar Produções Artísticas (RJ)
  • Herança- Cia. Burlantins (MG)
  • Fábrica dos Ventos – Trupe Lona Preta (SP)
  • Desvio – Muovere Cia de Dança (RS)
  • Circo de los pies – La Luna Cia de Teatro (SC)
  • Cabelos arrepiados – Buia Teatro Company (AM)
  • Alegria de náufragos – Coletivo Ser Tão Teatro (PB)
  • Adobe – Luciana Caetano – Grupo Solo de Dança (GO)
  • Abebé – Grupo de Dança Afro NegraÔ (ES)

Baseado no livro homônimo e premiado de Luiza Romão, espetáculo Também Guardamos Pedras Aqui estreia no Sesc Vila Mariana

Também Guardamos Pedras Aqui

Para Luiza Romão, a fundação da literatura e do teatro ocidental aconteceu a partir de um massacre. Isso porque as obras consideradas os grandes marcos desse processo, “Ilíada” e “Odisseia”, ambas de Homero, evocam a Guerra de Tróia sob uma ótica estritamente masculina. A atriz e poeta subverteu o clássico e publicou o livro de poemas “Também Guardamos Pedras Aqui” com o objetivo de amplificar narrativas e personagens femininas historicamente apagadas na história oficial . O trabalho ganhou os palcos e faz sua estreia no Sesc Vila Mariana entre 26 de abril e 18 de maio de 2024, com sessões às sextas e sábados, às 20h. Nos dias 11 e 18 de maio estão programadas apresentações extras, às 18h.

“Na minha visão, tudo o que é considerado saber humano no Ocidente foi moldado a partir dessas narrativas violentas. E, num contexto de guerra, o corpo feminino também vira um campo de batalha. Assim, quando escolho recuperar essas figuras apagadas da historiografia oficial, como Cassandra, Ilíone, Ifigênia e Polixena, quero discutir os violentos estratagemas do patriarcado e diferentes formas de subjugação do sistema colonial”, comenta Luiza.

Publicado pela editora Nós em 2022, o livro foi uma sensação e venceu o Prêmio Jabuti nas categorias Poesia e Livro do Ano. Seu primeiro desdobramento, ainda no mesmo ano, foi uma vídeo-poesia que teve Menção Honrosa no International Videopoetry Festival (Grécia) e foi exibido no Weimar Poetry Film (Alemanha).

Agora, a obra também se transformou em espetáculo – e sob a direção de Eugênio Lima. “Sentimos que o mais importante para a encenação era a palavra ser a grande força. Por isso, optamos pela linguagem do spoken word e utilizamos fotos e vídeos projetados. O foco é a performance de Luiza sobre os seus poemas, ao vivo”, conta.

A encenação

Sendo a palavra o centro da ação, Eugênio e Luiza usam-na de variadas formas: como som, como gesto, como ruído, como eco, como coro, como grafia, como pixo, como projeção, como pedra, como música, como sussurro e como testemunho. É uma maneira de a peça se manter fiel à proposta do livro, já que as poesias não seguem necessariamente um estilo tradicional.

“Brinco muito com a linguagem no livro. Por isso, tem poema que é como uma canção de karaokê, tem poema que é uma mancha gráfica, como se fosse um documento censurado, tem poema em forma de manifesto, tem poema que é homenagem e tem até um escrito que é um acerto de contas”, revela Luiza.

Na prática, para seguir toda essa diversidade narrativa, os poemas serão performados de inúmeras formas: falados direto no microfone, reproduzidos com efeitos de delay ou sobreposição, falados sem o auxílio de um amplificador de volume ou simplesmente escritos. Eles também podem aparecer em meio às projeções.

A trilha sonora é operada ao vivo por Eugenio Lima para criar uma ambiência que remeta à Grécia Antiga, mas sem se descolar do momento presente da encenação.

Para as imagens projetadas, a atriz e escritora fez uma ampla pesquisa. Viajou por vários países buscando ecos da violência tão celebrada nas narrativas sobre a Guerra de Tróia e fez algumas das fotos e vídeos presentes em “Também Guardamos Pedras Aqui. Um dos espaços evocados durante o espetáculo, por exemplo, é Vallegrande, região no interior da Bolívia onde Che Guevara foi assassinado.

Além disso, o espetáculo utiliza trechos de filmes e registros de ações urbanas na paisagem visual do trabalho. Quem assina a videografia é a VJ Vic Von Poser.

O espetáculo foi convidado pelo Itamaraty para se apresentar na Feira do Livro de Bogotá, em abril, onde fará a pré-estreia. Além disso, Luiza viaja em maio para a Feira do Livro de Buenos Aires, onde fará apresentações em slams e participará de mesas de debate.

FICHA TÉCNICA

  • Atriz e spoken word: Luiza Romão
  • Direção e direção musical: Eugênio Lima
  • Produção executiva: Iramaia Gongora
  • Iluminação: Matheus Brant
  • Figurino: Claudia Schapira
  • Videografia e pesquisa imagética: Vic Von Poser
  • Cenário: Wanderley Wagner
  • Assistentes de produção: Julia Fávero e Isadora Fávero
  • Técnicos de som: João Souza e Clevinho Souza

SERVIÇO

Também Guardamos Pedras Aqui

  • Datas: 26 e 27 de abril e 3, 4, 10, 11, 17 e 18 de maio, às sextas e sábados, às 20h
  • ** Dias 11 e 18/05, sessão extra às 18h
  • Local: Auditório: 1º andar – Torre A do Sesc Vila Mariana
  • Endereço: R. Pelotas, 141 – Vila Mariana, São Paulo – SP
  • Duração: 50 minutos
  • Faixa etária: 16 anos

Ingressos: disponíveis a partir de 16/4, pelo aplicativo Credencial Sesc SP, e em 17/4, pelo Portal Sesc SP e nas bilheterias do Sesc em todo o Estado – R$ 12 (credencial plena); R$ 20 (estudante, servidor de escola pública, idosos, aposentados e pessoas com deficiência) e R$ 40 (inteira).

Sesc Vila Mariana | Informações

Endereço: Rua Pelotas, 141, Vila Mariana – São Paulo

Central de Atendimento (Piso Superior – Torre A): terça a sexta, das 9h às 20h30; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h (obs.: atendimento mediante agendamento).

Bilheteria: terça a sexta, das 9h às 20h30; sábado, das 10h às 18h e das 20h às 21h; domingos e feriados, das 10h às 18h.

Estacionamento: R$ 8,00 a primeira hora + R$ 3,00 a hora adicional (Credencial Plena: trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes). R$ 17 a primeira hora + R$ 4,00 a hora adicional (outros). 125 vagas.

Paraciclo: gratuito (obs.: é necessário a utilização travas de seguranças). 16 vagas

Informações: 11 5080-3000

Ministério da Cultura e Caseiras Produções Culturais apresentam “Villa-Lobos, Cantigas e Crianças”

Villalobos, cantigas e canções – Foto de Renato Mangolin

Em uma combinação lúdica de música, encenação e animações 2D, a Caseiras Produções Culturais apresenta, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, “Villa-Lobos, Cantigas e Crianças”. O espetáculo teatral infantil, baseado nas cantigas populares recolhidas e sistematizadas pelo Maestro Heitor Villa-Lobos, em sua seleção do guia prático, traz uma experiência imersiva nas tradições culturais brasileiras. As  apresentações abertas ao público  acontecem até 27 de abril, na Ecovilla Ri Happy, no Jardim Botânico, na cidade do Rio de Janeiro. 

O espetáculo estimula a imaginação das crianças com brincadeiras e cantigas de rodas que pouco têm sido lembradas na vida contemporânea. Com participação do Quinteto Villa-Lobos em cena, acompanhados por Paulino Dias na percussão, cinco atores cantam e manipulam bonecos em um cenário também composto por animações 2D, inspirados no artesanato e repertório autenticamente brasileiro.

Em um convite ao universo do brincar fora das telas, a apresentação ganha vida sob direção de Ana Luisa Lima, diretora e idealizadora do espetáculo. “Nesse projeto, tenho a honra de criar um espetáculo para crianças a partir do guia prático de Heitor Villa-Lobos. Esse CD me persegue há décadas, assim como a convicção de que precisamos formar nosso público, principalmente as crianças, com a máxima qualidade, lhes oferecendo justamente o que a grande mídia não oferece. É a arte educando ouvidos e olhos. Em um projeto acalentado há tantos anos, juntamos antigos amigos cujo trabalho e dedicação ao teatro eu sempre admirei, somados a jovens que trazem o brilho nos olhos a cada novidade apresentada. Esse processo é muito especial para mim, pelo teatro, pelos afetos e, por fim, por nossas crenças que não nos deixam desistir.”, comenta.

Para Paulo Sérgio Santos, diretor musical da peça, “o Espetáculo resgata canções e tradições da nossa cultura que, com a correria da vida contemporânea, tendem a desaparecer. É um espetáculo muito rico e que conta com ilustres profissionais, sejam eles atores, cantores e músicos do Quinteto Villa-Lobos, que fez 60 anos de aniversário de Fundação. Há ainda projeções e detalhes muito sutis. Eu considero uma ‘joia’ esse Projeto da Caseiras Produções – Ana Luisa e Beatriz e todo o elenco de profissionais altamente gabaritados. É preciso ter cuidado para que a nossa cultura não seja estraçalhada pelo “’MUNDO MUDERNO’”!

Composto por uma equipe artística primorosa, “Villa-Lobos, Cantigas e Crianças” conta ainda, além do Quinteto Villa-Lobos e de Paulino Dias, com os atores manipuladores de boneco Márcio Nascimento e Raquel Selig, membros da Cia PeQuod e vencedores da 8º Edição do Prêmio CBTIJ de Teatro Para Crianças – 2023 – na categoria “trabalho de formas animadas” com o espetáculo “Pluft, o fantasminha” e com a Direção de Arte de Carlos Alberto Nunes, recém indicado ao 34º Prêmio Shell de Teatro na categoria Figurino, com o espetáculo “A hora do boi”

Os ingressos estão disponíveis para compra na bilheteria do local e no site Eventim.

Este projeto é contemplado pela Lei Federal de incentivo à Cultura, com patrocínio da ArcelorMittal e co-patrocínio da Drilltec, e tem a realização da Caseiras Produções Culturais.

Sinopse 

Em “Villa-Lobos, Cantigas e Crianças”, somos levados em uma encantadora jornada musical, onde o personagem principal, Seu Francisco, conduz o espetáculo relembrando histórias de sua vida em uma noite de São João. Combinando música, teatro e tecnologia, o espetáculo envolve bonecos, coristas, músicos e projeções 2D animadas, sob a direção artística de Ana Luisa Lima. A excelência musical é garantida pelo Quinteto Villa-Lobos em uma experiência emocionante, celebrando a cultura popular brasileira.

Ficha Técnica 

Elenco

  • Clarissa Waldeck
  • Deco Almeida
  • Márcio Nascimento
  • Raquel Botafogo
  • Sophia Fried
  • Paulino Dias e Marcus Thadeu- Percussão

Quinteto Villa-Lobos

  1. Aloysio Fagerlande e Jeferson Souza – fagote
  2. Cristiano Alves – clarineta
  3. Philip Doyle e Tiago Carneiro – trompa 
  4. Rodrigo Herculano e Juliana Bravim- oboé
  5. Rubem Schuenk – flauta

Equipe de Criação

  • Idealização e Direção Geral: Ana Luisa Lima 
  • Roteiro: Ana Luisa Lima e Beatriz Lima
  • Diretora assistente: Raquel Selig
  • Direção de movimento: Laís Salgueiro
  • Direção musical: Paulo Sérgio Santos e Marcílio Lopes
  • Diretora Musical Assistente e Preparadora vocal: Virgínia Van der Linden
  • Arranjos: Marcilio Lopes
  • Diretor de Arte: Carlos Alberto Nunes
  • Cenógrafa e Figurinista assistente: Arlete Ruas
  • Desenho de Luz: Celma Ungaro
  • Concepção das projeções: Beatriz Lima e Nicole Schlegel
  • Ilustrações: Caren Cristine
  • Animações: Beatriz Lima e Oto Guerra
  • Mapeamento e operação de projeções: Antonia Muniz

Produção

  • Direção de Produção: Heloisa Prando
  • Produção Executiva: Sonja Figueiredo 
  • Planejamento: Beatriz Lima
  • Gestão administrativa e Prestação de Contas: Janaína Santos – Marejá Gestão Cultural
  • Captação de apoio: Oh Glória Produções
  • Sonorização: Gugu – Pró Áudio
  • Assistente de Produção – Theo Figueiredo
  • Estagiária de Arte: Mariana Barboza
  • Estagiário de Direção: Gabriel Peixe 
  • Estagiário de Produção: Pedro Telles

Comunicação

  • Assessoria de imprensa: Flávia Tenório – Lead comunicação 
  • Identidade visual: Caren Cristine
  • Filmagens: Tetsuya Maruyama
  • Fotos de Divulgação: Renato Mangolin
  • Mídias sociais: Heleno Galerani
  • Site: Rafael Baeta

Realização: Caseiras Produções Culturais

Serviço 

“Villa-Lobos, Cantigas e Crianças”

  • Data: Até 27 de abril de 2024, sábados e domingos
  • Horário: 11h
  • Local: Ecovilla Ri Happy RJ
  • Endereço: Rua Jardim Botânico, nº 1008 – Rio de Janeiro/RJ
  • Como participar
  • Ingressos: R$ 70 (inteira) | R$ 35 (meia)
  • Venda de Ingressos: Bilheteria Ecovilla Ri Happy RJ e site Eventim (https://www.eventim.com.br/artist/villa-lobos-cantigas-e-cancoes/)

Projeto Mãos Empoderadas promove espetáculos de artes cênicas no CEU e na Casa de Cultura do Campo Limpo

Mãos Empoderadas – Foto de Beatriz de Moura Madeira

A segunda edição do “Mãos Empoderadas”, concebido pela produtora Estima Cultural, promove uma programação gratuita com espetáculos de artes cênicas. As apresentações acontecem no CEU Campo Limpo, nos dias 26 e 27 de abril, e na Casa de Cultura do Campo Limpo, nos dias 5, 11 e 26 de maio.

Durante os meses de abril e junho, o projeto reúne uma série de oficinas e atividades voltadas para 60 artesãs residentes na zona sul de São Paulo com a missão de fomentar a criatividade e empoderar por meio da capacitação de produção artesanal e geração de renda desperta a sororidade entre mulheres.

A programação de artes cênicas aberta ao público reúne seis espetáculos. “Escolhas”, do Grupo Bordallo Cultural, é apresentado no CEU Campo Limpo, no dia 26 de abril, às 19h. Em cena, a Palhaça Juliana Bordallo explora o riso para refletir sobre questões como abuso, controle, desigualdade, machismo e historicidade enfrentadas por mulheres.

Já “Estupendo Circo di SóLadies”, do Circo di SóLadies, é atração do dia 27 de abril, às 11h, também no CEU Campo Limpo. Na trama, após muito tempo trabalhando em diversos teatros e circos, cansadas dos mandos e desmandos dos patrões, três palhaças decidem criar seu próprio circo e rodar pelo mundo. 

O mesmo grupo também apresenta “Choque-Rosa ou Com que Armas Lutamos?” no dia 27 de abril, às 16h, no CEU Campo Limpo. A criação do espetáculo partiu da pesquisa do grupo sobre a história de mulheres brasileiras e o impacto de seus feitos na sociedade, lidando com a violência gerada pelo machismo. O grupo trata desses temas complexos com complexos com muita delicadeza, riso e poesia.

Outra atração é “Cícera”, do grupo Contadores de Mentira, que acontece na Casa de Cultura do Campo Limpo, no dia 5 de maio, às 19h. O trabalho traz para o centro uma mulher nordestina afro-indígena que sai de sua terra em busca de oportunidades e melhores condições de vida. Cícera é a união de muitas mulheres, mais velhas e mais novas, que ainda sofrem com a invisibilização de seus problemas e de suas existências.

E em “Terra Cora”, do Grupo Terra Cora, as personagens Malu e Magali revivem histórias da poetisa goiana Cora Coralina (1889-1985). Em um tempo qualquer e em qualquer lugar, Pé de Meia e Lencinho estão arrumando a casa e, enquanto colocam as coisas no lugar, lembram fatos da história de Aninha, a menina feia da ponte da Lapa. A peça é encenada no dia 11 de maio, às 19h, na Casa de Cultura do Campo Limpo.

Para encerrar a programação com chave de ouro, Tecendo Histórias, da Cia 4 Ventos, é encenado na Casa de Cultura do Campo Limpo, no dia 26 de maio, às 15h. O espetáculo apresenta o universo encantado da mitologia e dos contos africanos com base na literatura infanto-juvenil. As narrativas teatralizadas tecem mágicas, histórias repletas de cantigas, danças, poesias e animais fantásticos.

A segunda edição do projeto Mãos Empoderadas é realizada pela Estima Cultural e a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo por meio do Pro-Mac – Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais, com patrocínio da Meta e apoio institucional do CEU Campo Limpo, da Casa de Cultura do Campo Limpo e do Projeto Arrastão.

Para conferir a programação completa do projeto, acesse o site https://www.maosempoderadas.com/atual

Confira abaixo a programação dos espetáculos:

CEU Campo Limpo

Endereço: Avenida Carlos Lacerda, 678, Vila Pirajussara

26/4, às 19h – “Escolhas” do Grupo Bordallo Cultural
27/4, às 11h – “Estupendo Circo” do Circo di SóLadies | Nem SóLadies
27/4, às 16h – “Choque-Rosa ou com que armas lutamos?” do Circo di SóLadies | Nem SóLadies

Casa de Cultura do Campo Limpo

Endereço: Rua Aroldo de Azevedo, 100 – Jardim Bom Refugio 

5/5, às 19h – “Cícera” do grupo Contadores de Mentira

11/5 às 19h – “Terra Cora” do grupo Terra Cora.

26/5 às 15h – “Tecendo Histórias” da Cia. 4 Ventos.

Confira abaixo as sinopses dos espetáculos

“Escolhas”, do Grupo Bordallo Cultural

A obra usa o riso para refletir sobre questões como abuso, controle, desigualdade, machismo e historicidade enfrentadas por mulheres e, assim, o espetáculo tem o objetivo de construir novas possibilidades de relações interpessoais. A peça tem criação baseada na pesquisa da palhaça Juliana Bordallo sobre dramaturgia feminista e comicidade feminina. 

Por meio do riso, o projeto de montagem do espetáculo ‘Escolhas’, busca refletir a respeito das relações de abuso, controle, escolhas, desigualdade, machismo e historicidade sofridas por essas mulheres, no intuito de desenvolver novas possibilidades de relações interpessoais. 

Manter o equilíbrio, a sanidade mental, a criatividade, autoestima e não esquecer do autocuidado são imposições que levam Flóris às crises existenciais e de ansiedade. Entre essas inquietações e provocações nada filosóficas, Flóris guiará a plateia aos delírios do riso.

Classificação: 12 anos

Duração: 60 minutos

Ficha Técnica

Criação e atuação: Palhaça Juliana Bordallo

Direção: Naomi Silman

Estupendo Circo Di Só Ladies, do Circo Di SóLadies

Após muito tempo trabalhando em diversos teatros e circos, cansadas dos mandos e desmandos dos patrões, três palhaças decidem criar seu próprio circo e rodar pelo mundo. A adaptação de cenas clássicas do circo tradicional, música, poesia e interação com a plateia compõem as apresentações de Estupendo Circo di SóLadies, levando o universo feminino em sua trajetória cômica, para crianças, jovens e adultos. 

Feito por mulheres – palhaças, atrizes, musicistas, pesquisadoras e realizadoras – para todos os públicos, o grupo é um circo em que as artistas desenvolvem o repertório através do improviso e do jogo cênico com elementos fundamentais para a conexão e interação com o público, a conquista do estado da graça, do riso e da reflexão sobre o papel da mulher na sociedade.

Ficha Técnica

Palhaça Greice – Kelly Lima
Palhaça Augustina – Tatá Oliveira
Palhaça Úrsula – Veronica Mello
Composição de paródias e músicas autorais: Lilyan Teles

Classificação: livre

Duração: 50 min

Choque-Rosa ou Com que Armas Lutamos?, do Circo di SóLadies

A criação do espetáculo partiu da pesquisa do grupo sobre a história de mulheres brasileiras e o impacto de seus feitos na sociedade, lidando com a violência gerada pelo machismo.

“Elas, as que vieram antes, guiaram nossas escolhas e guiarão as palhaças em suas descobertas” – explicam as mulheres palhaças integrantes do grupo.

Com uma equipe formada apenas por mulheres, CHOQUE-ROSA utiliza camadas simbólicas e surpreende o público por tratar de temas que geralmente são considerados complexos com muita delicadeza e poesia. Através do riso, inspira reflexões importantes sobre a potência da mulher, dialogando e envolvendo o público de todas as idades, divertindo crianças, jovens e adultos.

Classificação: Livre

Duração: 50 min

Ficha Técnica
Direção: Luciana Viacava
Assistente de Direção e Técnica de Som: Lays Somogyi
Elenco: Kelly Lima, Vitória Maia, Theo Oliveira e Verônica Mello. Stand in: Loi Lima. Dramaturgista:  Maria Fernanda de Barros Batalha
Co-Autoria de Dramaturgia: Lui Castanho
Composição de Trilha Sonora: Dani Nega
Provocadora Corporal: Sheila Areas
Preparadora Vocal: Naruna Costa
Cenógrafa: Mariana Chiarello
Assessoria de imprensa: Luciana Gandelini
Cenotécnicas: Thays do Valle e Lua Nucci
Figurinista: Nagila Sanches

Cícera, do grupo Contadores de Mentiras

“Cícera” é uma obra que traz para o centro uma mulher nordestina afro- indígena, que sai de sua terra em busca de oportunidades e melhores condições de vida. Cícera é a união de muitas mulheres, mais velhas e mais novas, que ainda sofrem com a invisibilização de seus problemas e de suas existências. É uma obra que evoca a ancestralidade da atriz que personifica a sua própria mãe de nome homônimo, fato só revelado ao final do espetáculo.

Atravessado pela Cultura Popular brasileira, o trabalho se apoia nas tradições populares de Alagoas do “Guerreiro” e dos “Cantos de Trabalho”, tradições que aos poucos se tornam mais distantes do nosso presente

A obra propõe um olhar sobre o analfabetismo, a exploração, a fome, o desemprego, e a desigualdade. Realidade de boa parte das mulheres e homens que migram do nordeste do país para as grandes capitais do Sudeste. Cícera apresenta uma mulher nordestina crítica ao seu tempo, que sabe de suas lutas, e que não se resigna com retrocessos. 

Na mala a alagoana Cícera traz um punhado de farinha, quatro filhas e o sonho de uma vida melhor. Em São Paulo encontra dureza, concreto, fome e saudade. “Cícera” é a história de uma mulher, mas é o retrato da vida de centenas de mulheres retirantes que deixam suas raízes na busca de igualdade social.

Ficha Técnica

Atuação, Criação e Dramaturgia: Daniele Santana

Direção: Cleiton Pereira

Classificação: 12 anos

Duração: 70 min

Terra Cora, do Grupo Terra Cora

“Terra Cora” compõe o Projeto Ligações Femininas, na intenção de resgatar os pequenos detalhes que permeiam o dia a dia da luta das mulheres. Para tanto, Malu e Magali revivem histórias da poetisa goiana Cora Coralina (1889-1985).

Em um tempo qualquer, em qualquer lugar, Pé de Meia e Lencinho estão arrumando a casa e, enquanto colocam as coisas no lugar, lembram fatos da história de Aninha, a menina feia da ponte da Lapa. Remexendo e nomeando essas memórias, acabam por desvelar Cora Coralina, uma mulher potente, à frente do seu tempo, que viveu, lutou e amou, sem perder a poesia. O texto é de Ronaldo Ventura. E a montagem conta com músicas de Maria Luísa Gouvea e operação de som de Yasmin Saloti.

Ficha Técnica:

Atrizes: Malú Saloti e Magali Costa

Direção de Evas Carretero

Classificação: 12 anos

Duração: 60 minutos 

Tecendo Histórias, da Cia 4 Ventos

A Cia apresenta o universo encantado da mitologia e dos contos africanos com base na literatura infanto-juvenil. As narrativas teatralizadas tecem mágicas, histórias repletas de cantigas, danças, poesias e animais fantásticos.

Ficha Técnica:
Direção: Giselda Perê
Dramaturgia: Luana Gonçalves
Cenário: Cia Quatro Ventos
Figurino: Débora Marçal
Operador de Som: Lay Evelyn
Produção Executiva: Cláudio Pavão
Elenco: Emily Meirelles, Jéssica Oliveira, Lua Porto, Luana Gonçalves
Classificação: 12 anos
Duração: 50 min

O Elixir do amor chega em nova Montagem no Theatro Municipal do Rio

O Elixir do Amor, ópera de Gaetano Donizzetti com libretto de Felice Romani, estreia no dia 19 de abril, sexta-feira, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Com o Patrocínio Oficial Petrobras, a nova montagem chega depois de duas décadas ausente do palco da casa e vai contar com a participação do Coro e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal e regência do maestro titular da OSTM, Felipe Prazeres. Quem assina a concepção e direção cênica é Menelick de Carvalho. Como solistas, Michele Menezes e Carolina Morel (Adina), Anibal Mancini e Guilherme Moreira (Nemorino), Vinicius Atique e Santiago Villalba (Belcore), Savio Sperandio e Murilo Neves (Dulcamara) e Fernanda Schleder (Gianetta). Serão seis récitas no total, sendo um ensaio geral para convidados e uma apresentação fechada para escolas: 17 de abril (ensaio geral para convidados), 19 (estreia) e 26 de abril, às 19h, 21 e 28 de abril, às 17h e 24 de abril, às 14h (Projeto Escola).

O Municipal abre suas portas para a primeira ópera da temporada 2024. Depois de um longo período longe do palco do TMRJ, o Coro e a Orquestra Sinfônica apresentam O Elixir do Amor. Esperamos receber um público diversificado e atento à essa obra tão surpreendente, de Gaetano Donizzetti, que promete encantar a todos. Estamos te esperando!” – ressalta a Presidente da Fundação Teatro Municipal, Clara Paulino.

“O Elixir do Amor, é nosso primeiro título operístico do ano! O cativante Nemorino, de puro coração, volta com sua história fascinante ao palco do Theatro Municipal, após mais de duas décadas de ausência. A bela música de Gaetano Donizetti faz dessa emblemática ópera uma das mais queridas de todo o público. Além de cantores consagrados, temos a alegria de assistir a três belas estreias de jovens promessas! Esse Elixir tem tudo para inebriar o Rio de Janeiro, com beleza, emoção e alegria, nesta nova produção da casa!” – afirma o Diretor Artístico da Fundação Teatro Municipal, Eric Herrero.

O Elixir do Amor conta a história de Nemorino, um agricultor apaixonado pela proprietária Adina, que não lhe dá atenção. Na tentativa de conquistar Adina, o camponês é enganado por um médico charlatão que lhe oferece um poderoso elixir que cura todos os males físicos e amorosos.

O Elixir do Amor (L’elisir d’amore)

Música de Gaetano Donizetti Libretto de Felice Romani

Récitas:

17 de abril – 19h (Ensaio Geral para convidados)

19 e 26 de abril – 19h

21 e 28 de abril – 17h

24 de abril – 14h (Projeto Escola)

Solistas:

Nemorino – Anibal Mancini (dias 19, 24 e 28)/Guilherme Moreira (21 e 26)

Adina – Michele Menezes (19, 24 e 28)/Carolina Morel (21 e 26)

Belcore – Vinicius Atique (19, 24 e 28)/Santiago Villalba (21 e 26)

Dulcamara – Savio Sperandio (19, 24, 26 e 28)/Murilo Neves (21)

Gianetta – Fernanda Schleder

Ficha técnica:

  • Coro e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
  • Cenografia e Figurinos: Desirée Bastos
  • Iluminação: Paulo Ornelas
  • Regência do Coro: Edvan Moraes
  • Concepção e Direção Cênica: Menelick de Carvalho
  • Direção Musical e Regência: Felipe Prazeres
  • Direção Artística do TMRJ: Eric Herrero

Serviço:

O Elixir do Amor

  • Datas e horários: 19 (estreia) e 26 de abril – 19h / 21 e 28 de abril – 17h
  • 17 de abril – 19h (ensaio geral para convidados)
  • 24 de abril – 14h (Projeto Escola)
  • Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro
  • Endereço: Praça Floriano, s/n° – Centro
  • Classificação: Livre
  • Duração: 2h15 com um intervalo de 15min

Ingressos:

  • Frisas e Camarotes – R$80,00 (ingresso individual) ou R$480,00 (6 lugares)
  • Plateia e Balcão Nobre – R$60,00
  • Balcão Superior – R$40,00
  • Balcão Superior Lateral – R$40,00
  • Galeria Central – R$20,00
  • Galeria Lateral – R$20,00 
  • Ingressos através do site www.theatromunicipal.rj.gov.br ou na bilheteria do Theatro a partir de quinta-feira, dia 28 de março, às 14h.
  • Haverá uma palestra gratuita no Salão Assyrio uma hora antes do início do espetáculo.
  • Patrocinador Oficial Petrobras
  • Apoio: Livraria da Travessa, Rádio MEC, Rádio Amil Paradiso, Rádio Roquette Pinto – 94.1 FM
  • Realização Institucional: Fundação Teatro Municipal, Associação dos Amigos do Teatro Municipal
  • Lei de Incentivo à Cultura Realização: Ministério da Cultura e Governo Federal, União e Reconstrução

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