A ONG Guardiões do Mar, que há 25 anos atua em ações socioambientais de combate ao lixo costeiro e marinho, desenvolverá uma série de atividades de educação ambiental em oito comunidades localizadas em Cachoeiras de Macacu, Guapimirim e Itaboraí, durante 12 meses. Realizada por meio do Projeto Sou do Mangue, essa iniciativa conta com a parceria e execução da Nova Transportadora do Sudeste (NTS).
Com o objetivo de contribuir para uma cidadania ativa no domínio do desenvolvimento sustentável e disseminar informações sobre os impactos dos resíduos sólidos no meio ambiente, o Projeto Sou do Mangue realizará atividades de educação ambiental continuada e itinerante em espaços formais e não formais.
Ao menos 12 escolas, quatro por município, receberão atividades educativas de disseminação de boas práticas e seus temas transversais trabalhados de modo integrado entre si, com informações sobre conservação de ambientes costeiros pautadas na Cultura Oceânica e Restauração de Ecossistemas, conforme programa das Nações Unidas para a década (2021/2030). Também estão previstas 10 ações, com a mesma finalidade, em espaços não formais de ensino, como praças e campos.
As comunidades atendidas são: Alto do Jacu, Itambí e Sambaetiba, em Itaboraí; Parada Modelo e Vale das Pedrinhas, em Guapimirim; e Bonanza, São José da Boa Morte e Santana de Japuiba, em Cachoeiras de Macacu.
“Esperamos, que ao final da intervenção, os participantes das comunidades trabalhadas estejam melhor preparados para disseminar conceitos e boas práticas, levando aos seus familiares, vizinhos e amigos a importância do correto descarte de resíduos sólidos. Haja vista que, além do impacto estético e ambiental, eles trazem grandes riscos à saúde, além de comprometer os ecossistemas costeiros, em especial os manguezais da Baía da Guanabara, por conta da conectividade serra/mar”, explica o coordenador do Projeto Sou do Mangue, Guilherme Assis.
Parceria do bem
O Projeto Sou do Mangue, uma execução da NTS – Nova Transportadora do Sudeste, com realização da ONG Guardiões do Mar, teve início em outubro de 2020, quando começou o trabalho de Restauração Florestal de 10 hectares de manguezais degradados, localizados na APA de Guapi-Mirim. O projeto tem duração de 48 meses e segue os mais rigorosos indicadores de qualidade ambiental, como a Resolução INEA n° 143 de 2017.
Diversas atividades foram realizadas, como: restabelecimento do fluxo da maré, roçada de espécies invasoras, transplante e plantio de mudas pertencentes às três espécies arbóreas nativas da região. Atualmente, a área encontra-se na fase de manutenção e monitoramento. Ao todo, foram plantadas 25.000 mudas. A ação conta com a parceria da Cooperativa Manguezal Fluminense para as atividades operacionais em campo, formada por membros da comunidade tradicional que reside na Baia de Guanabara.
Nessa nova etapa da parceria, com duração de 12 meses, a educação ambiental será utilizada como ferramenta para um trabalho de relacionamento comunitário com moradores de comunidades, direta ou indiretamente impactadas, do entorno do Gasoduto Itaboraí-Guapimirim (Gasig) . O objetivo é sensibilizá-los e mobilizá-los para a disseminação de informações e boas práticas ambientais.
Serão atendidas, por meio ações continuadas, 400 pessoas (30 alunos em cada escola e ao menos dois professores), além da formação de redes de adolescentes protagonistas para o desenvolvimento de educação e cidadania na escola e comunidade onde vivem. Nas atividades pontuais, com ações de educação ambiental itinerantes — eventos em praças públicas, campos e demais espaços não formais —, espera-se um mínimo de 1.000 pessoas. Todas as ações e oportunidades podem ser acompanhadas nas redes sociais da ONG: facebook.com/ongguardioesdomar e instagram.com/guardioesdomar.