Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, a Ópera de Pequim chega com sua magia, tradição e beleza ao Teatro Riachuelo

por Redação
Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, a Ópera de Pequim chega com sua magia, tradição e beleza ao Teatro Riachuelo

A Companhia Nacional da Ópera de Pequim, a mais importante instituição do gênero do país, chega ao Brasil em novembro, para apresentar ao público todo o encanto das tradições e da cultura chinesa, em um espetáculo mágico, com diferentes peças que reúnem dança, música, teatro, acrobacia e até artes marciais. No Rio de Janeiro, serão duas apresentações no Teatro Riachuelo, nos dias 18 e 19 de novembro.

A Ópera de Pequim tem suas raízes no século XIII, durante a dinastia Yuan. Naquela época, a ópera era uma forma de entretenimento popular entre as classes mais baixas da sociedade chinesa. No entanto, foi durante a dinastia Ming (1368-1644) que a Ópera de Pequim começou a se desenvolver como uma forma de arte mais sofisticada. Durante o reinado do imperador Qianlong (1736-1795), a ópera ganhou popularidade entre a elite chinesa e se tornou uma parte importante da cultura imperial.

A Companhia Nacional da Ópera de Pequim foi fundada em 1955, concebida como uma organização performática de Ópera de Pequim e diretamente ligada ao Ministério da Cultura e Turismo da República Popular da China. 

Reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, a Ópera de Pequim, também chamada na China de Jingju, é a mais reverenciada forma de arte tradicional chinesa, famosa por sua combinação única de música, dança, teatro e acrobacias. Os artistas usam uma variedade de técnicas vocais, incluindo canto, fala e recitação, para contar histórias e expressar emoções. 

A música é executada por uma orquestra tradicional chinesa, composta por instrumentos como o erhu (um instrumento de cordas) e o suona (um instrumento de sopro). A dança é caracterizada por movimentos graciosos e gestos simbólicos, enquanto as acrobacias adicionam um elemento de espetáculo e habilidade física.

A companhia valoriza a precisão absoluta e a elegância na atuação, e os artistas da companhia são treinados durante muitos anos em uma variedade enorme de técnicas para dominar a arte de expressar emoções através de gestos, movimentos corporais e expressões faciais. Além disso, eles também precisam ser habilidosos em acrobacias e artes marciais, já que muitas vezes realizam cenas de luta complexas durante as apresentações. 

Em sua passagem pelo país, a companhia trará ao Brasil um espetáculo único, que reunirá diferentes peças de seu repertório, como “A Encruzilhada” (“The Crossroads”, um famoso repertório de dramas de combate, é um trecho da Saga do Yang); “ Donzela Celestial Espalhando Flores” (“Heavenly Maid Scattering Flowers”, história em que Buda ordena que a donzela celestial espalhe flores no quarto de um santo budista para testar sua fé); “Roubando a Erva” (Stealing the Herb”, que faz parte de “A Lenda da Cobra Branca” e se baseia em uma antiga lenda sobre uma cobra branca que se transforma em uma bela mulher e se casa com um mortal) e “Combate no Campo de Treinamento, Patrulhamento no Quartel e Exploração do Vale” (“Combat at Drill Ground, Patrolling in Barrack, Exploring Valley”, três peças contínuas de um dos programas clássicos da Ópera de Pequim – as Mulheres Generais da Família Yang). A escolha das peças teve como princípio reunir o que há de mais tradicional no gênero, mas também mostrar um novo lado, com a evolução da ópera para os novos tempos. 

Companhia Nacional da Ópera de Pequim

Durante 60 anos, a Companhia Nacional da Ópera de Pequim herdou, escreveu e encenou mais de 500 peças tradicionais, históricas e modernas da Ópera de Pequim, algumas delas reescritas com vários temas e formas. Até agora, desenvolveu um espírito artístico de herança, inovação, aprendizagem de outras formas artísticas, e a arte de bem retratar personagens. Além disso, criou um estilo artístico com rico conteúdo, pensamento profundo, várias escolas e um elenco bem equilibrado. 

O primeiro presidente da companhia foi o grande mestre da Ópera de Pequim, Sr. Mei Lanfang. Desde a sua fundação, a empresa reuniu um grande número de excelentes artistas e dramaturgos, diretores, compositores e artistas de palco, que gozam de grande reputação tanto no país como no estrangeiro. Com uma galáxia de mestres, a companhia foi transformada em uma organização performática de Ópera de Pequim com grande sucesso. 

Atualmente, com o reconhecimento da Ópera de Pequim como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, a companhia é reverenciada em todo o mundo como um baluarte na preservação e divulgação dessa forma única de arte. Com seu enorme repertório, oriundo da história, do folclore e da cultura chinesa, a companhia ganhou ainda um merecido reconhecimento no exterior.

Os figurinos e adereços da Ópera de Pequim são verdadeiras obras de arte, feitas à mão por artesãos especializados e desempenham um papel importante na companhia, ajudando a criar a atmosfera e a identidade dos personagens. 

Os figurinos são elaborados e coloridos, com detalhes intrincados que refletem a personalidade e a posição social dos personagens. Os adereços, como espadas, leques e lenços, são usados pelos artistas para enfatizar gestos e movimentos durante as cenas. 

Teatro Riachuelo

O prédio, tombado como patrimônio histórico-cultural, é imponente e se destaca na Rua do Passeio, número 40, reunindo passado, presente e futuro em um só lugar. O ícone da belle époque brasileira ficou com as portas fechadas por dois anos até 2016, quando foi devolvido à população como Teatro Riachuelo Rio, sempre com uma programação plural e acessível. Desde então, foram realizadas diversas peças, musicais, concertos e shows. 

Com uma área de aproximadamente 3.500 m², o teatro oferece uma estrutura completa para seus frequentadores, incluindo foyer, salas de ensaio, escritórios, camarins, área externa e uma grande sala com plateia para 999 pessoas. Mais do que um espaço físico, o teatro representa um compromisso com a promoção da cultura e da arte em suas diversas formas. O espaço conta ainda como o Bettina, Café & Arte, que além de abrir como bomboniere para atender ao público do teatro, funciona também para café da manhã e almoço.

Serviço:

Companhia Nacional da Ópera de Pequim 
Data: 18 e 19 de novembro, 20h
Vendas: https://www.ingresso.com/espetaculos/opera-de-pequim-china-national-peking-opera-company 
Classificação: Livre
Duração: 120 minutos (com 15 minutos de intervalo)

Valores:

  • Plateia VIP -R$ 150,00
  • Plateia (Preço Popular) – R$ 39,60
  • Plateia – R$ 150,00
  • Balcão Nobre(Preço Popular) – R$ 39,60
  • Balcão Nobre – R$ 100,00
  • Balcão Superior (Preço Popular) – R$ 39,60
  • Balcão Superior – R$ 60,00

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