“Pelada – A hora da Gaymada” segue sua trajetória em 2024

Pelada – A hora da Gaymada - Foto Nina Pires

Espetáculo vencedor do Prêmio Shell de Teatro/RJ na categoria Música (Muato – pela direção musical, percussão corporal e trilha original) e no Prêmio do Humor/RJ nas categorias Melhor TextoMelhor Direção e Melhor Espetáculo, “Pelada – A hora da Gaymada” reforça sua vocação para fazer o público refletir através do bom humor e segue agora sua trajetória alcançando novas plateias através do Edital Sesc Pulsar. Idealizada e dirigida por Orlando Caldeira e escrita por Eudes Veloso, a peça traz na raiz o tom de comédia que, sem ridicularizar, cria e brinca com estereótipos para contar uma típica história do subúrbio carioca. No dia 1 de novembro, a comédia se apresenta no Sesc de Niterói, às 19h.

 A dramaturgia apresenta os bastidores da disputa de dois times pelo uso do ‘Campo do Furão’, em Olaria, bairro da zona norte da cidade do Rio de Janeiro, antes que uma empreiteira o compre e destrua. Um embate por ocupação de espaço entre o time de futebol, que joga desde a criação do campo há 40 anos, e o time LGBTQIAPN+ de queimado, que tem o desejo de realizar o primeiro Campeonato de ‘Gaymada’ da região. Além do clima de disputa pelo campo, entra em cena também as divergências entre os jogadores – algumas vezes, até no vestiário. E momentos de estranhamento entre gays e héteros se fazem presente na história.

“A gente escolhe, a partir do riso, mostrar o ridículo do ser humano. Nesse caso, estamos falando do ridículo desta heterossexualidade que precisa ser revisada e que só atrapalha o desenvolvimento pessoal de cada um, inclusive do próprio homem hétero a expressar suas subjetividades. E como este comportamento também é violento com o corpo da mulher, do gay e das pessoas transexuais, escolhemos o riso para fazer esta análise”, antecipa o diretor Orlando Caldeira.

Embora seja bastante popular em alguns bairros no subúrbio, sendo disputado até em torneios e campeonatos regionais, a ‘gaymada’ ainda é desconhecida por muitas pessoas. “No elenco temos dois atores que praticam já há algum tempo, o Aleh Silva e o Guilherme Canellas. Eles são artistas circenses oriundos da Baixada Fluminense e acho importante que tenhamos o lugar de legitimidade da fala deles, que são praticantes, apresentando esta cultura para além de um esporte, mas também como um espaço de resistência. A Gaymada é um lugar de construção de narrativa preta gay suburbana”, ressalta Caldeira.

Na concepção do espetáculo, a busca é por revelar a poesia e diversidade do povo suburbano e promover a sua identificação com uma obra artística criada a partir de histórias sobre seu cotidiano. Com linguagem popular, porém fugindo de caricaturas que diminuem a beleza e potência criativa encontrada nas periferias brasileiras.

Essa é a nova parceria do diretor com o Complexo Negra Palavra, um grupo artístico multilinguagem, que acredita na potência de novas narrativas e, em especial, as de subúrbio e da cultura afro-brasileira. “Hoje o Complexo tem duas linhas de trabalho e pesquisa: uma é o poema-em-cena e a outra é a comédia. ‘Pelada – A Hora da Gaymada’ é a nossa primeira investigação sobre comicidade. Um texto nosso, com a nossa cara, que vai além da diversão e do entretenimento, provoca uma reflexão sobre um assunto cada vez mais urgente. E provocando muita risada, a gente pode chegar em algum lugar… É a nossa tentativa”, explica Eudes Veloso, autor do texto do espetáculo e um dos diretores artísticos do ‘Negra Palavra’.

“PELADA – A HORA DA GAYMADA”

Apresentação:  1 de novembro, às 19h.

Local: Sesc Niterói

Endereço: Rua Padre Anchieta, 56 – Centro – Niterói

Telefone: 24210-050.

Ingressos: Usuário R$ 10,00 /Comerciário: grátis/ Público geral PCG : grátis / Idosos / estudantes: R$5,00

Bilheteria – Horário de funcionamento:

Terça a sexta – de 7h às 19h30;

Sábados – de 9h às 19h

Domingos – de 9h às 18h.

Classificação Indicativa: 12 anos

Duração: 70 minutos

Instagram: @

FICHA TÉCNICA:

Direção Geral, Direção de Movimento e Idealização |  ORLANDO CALDEIRA

Texto |  EUDES VELOSO

Dramaturgia |  EUDES VELOSO, ORLANDO CALDEIRA e PATRICK SONATA

Diretor Assistente |  JORGE OLIVEIRA

Elenco |        ADRIANO TORRES, ALEH SILVA, DJEFERSON MENDES, EUDES VELOSO, GUILHERME CANELLAS, LUCAS SAMPAIO, RAPHAEL ELIAS, RODRIGO ÁTILA, RODRIGO BARIZON e THIAGO HYPOLITO

Direção Musical, Percussão Corporal e Trilha Sonora |  MUATO

Direção de Arte |  RAPHAEL ELIAS

Cenógrafo/Cenotécnico |  UIRÁ CLEMENTE

Assistente de Cenografia |  RAQUEL MARTINS

Figurino |  JÚLIA MARQUES

Assistente de Figurino |  CLARA GARRITANO

Iluminador |  PEDRO CARNEIRO

Projeto Gráfico |  RAQUEL ALVARENGA

Assessoria de Imprensa |  MARROM GLACÊ COMUNICAÇÃO

 

MINIDOCUMENTÁRIO

Roteiro e Direção |  ORLANDO CALDEIRA

Direção |  MARCELA RODRIGUES

Roteiro, Montagem e Edição |  EUDES VELOSO

Edição |  THAYSA LOTA

Cinegrafistas |  MARCELA RODRIGUES e THAYSA LOTA

Operação de Drone |  KARAN CABRAL

Trilha Sonora |  MUATO

 

Produção Master |  FERNANDA XAVIER

Produção Técnica |  JORGE OLIVEIRA

Direção de Produção |  EUDES VELOSO

Realização |  COMPLEXO NEGRA PALAVRA e SAIDEIRA PRODUÇÕES

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