PESAD[E]LO: exposição reúne mais de 60 artistas no espaço independente Paradoxo, na Tijuca

Com curadoria coletiva e aposta em deslocamentos críticos, mostra apresenta obras de nomes consagrados e emergentes da arte contemporânea carioca a partir de 06 de setembro

por Redação
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No dia 06 de setembro de 2025, às 17h, o espaço independente Paradoxo Casa Atelier, localizado na Usina/Tijuca, abre as portas para a exposição PESAD[E]LO. A mostra apresenta obras de 63 artistas provenientes dos mais diversos territórios da cidade que transitam entre pinturas, gravuras, fotografias, esculturas e instalações, configurando um amplo retrato da produção contemporânea do Rio de Janeiro.

Sob curadoria coletiva de Diogo Santos, Fabricio Guimarães, Monique Arau e Willy Chung, a exposição propõe uma investigação conjunta sobre o território do onírico em sua dimensão crítica, política e existencial sobre o pesadelo como método — metáfora de um tempo em que realidade e distopia se confundem, mas também se abrem como fresta para o desejo de futuro.

Entre os artistas convidados, estão nomes já consagrados, como Arthur Barrio, Claudia Lyrio e Pedro Varella, ao lado de jovens emergentes como Renan Henrique Carvalho, Manu Gomes e Fava da Silva, em um diálogo intergeracional que reforça o caráter inclusivo e insurgente da curadoria.

A mostra reúne ainda um extenso conjunto de artistas, entre eles: Aline Daka, Aline Mac Cord, Artur Barrio, Bea Machado, Beatriz Lopes, Bernardo Magina, Breno de Sant’ana, Bim Brito, Bruna Manarelli, Clara Cruz, Cláudia Lyrio, Claudia Missailidis, Clarice Rosadas, Cristina Motta, Dani Fortes, Daniel Gold, Douglas Kness, Eliane Fraulob, Elmo Martins, Fada Fogo, Fava da Silva, Felipe Braga, Filipe Chagas, Guilherme Liduino, Hevelin Costa, Higor Alcântara, Hugo Bernabé, Isaac Nicacio, Julia Gonçalves, Leo Stuckert, Liane Roditi, Lima Peres, Lucas Finonho,  Lui Trindade, Luísa Martins, Luiz Eduardo Rayol, Manu Gomez, Marcio Mitkai, Marcos Rossetton, Maria Gabriela Rodrigues, Marlon Amaro, Mateu Velasco,  Mathias, Natali Tubenchlak, Paulo Jorge Gonçalves, Pedro Varela, Preta Evelin, Rafa Dias, Renan Andrade, Renan Henrique Carvalho, Rosangela Gayu, Rose Cocchiarelli, Ruan Dornelas, Sad Bunny e o Príncipe Moreno da Dinamarca, Tatiana Coelho, Tatuy, Vera Schueler, Vinicius Carvas, Virna Santolia, Yara Mangabeira, Ynanna, William Pavanelli, Willy Chung.

A exposição se estrutura como um percurso de intensidades sensoriais e afetivas. Vídeos, instalações, pinturas, esculturas e performances se justapõem em um tecido atmosférico de ritmos noturnos, silêncios espessos, pulsos de memória e flashes de vertigem. A materialidade das obras invoca o efêmero, o inacabado, o indizível – como se a própria matéria plástica fosse contaminada pelo sono.

A curadoria propõe também dispositivos de escuta e participação: oficinas, conversas, derivas noturnas e rituais coletivos fazem da mostra um corpo expandido, onde arte e território se contaminam mutuamente.

Arte e território se encontram em estado de insurgência

Assinada coletivamente, a exposição não parte de um centro, mas de uma periferia – geográfica e simbólica. O Paradoxo, situado fora dos circuitos hegemônicos da arte no Rio, é mais do que um espaço: é uma encruzilhada. Um ponto onde práticas, corpos e pensamentos se encontram em estado de fricção.

Mobilizar o circuito artístico em direção à Zona Norte é também um gesto curatorial insurgente. Nesse deslocamento, a curadoria aposta na escuta do território e na abertura de um campo gravitacional entre sonho e ruína, entre imagem e fantasma, entre arte e vida.

“Mais do que tematizar o pesadelo, esta exposição convida o público a habitá-lo. A cruzar sua densidade simbólica, seu mal-estar e sua beleza suspensa. Pois talvez, no fundo do pesadelo, ainda habite o impulso de sonhar. E sonhar, mesmo mal, ainda é um ato de resistência”, afirmam os curadores.

Serviço:
Exposição PESAD[E]LO
Abertura: 06 de setembro de 2025, às 17h
Encerramento: 04 de outubro de 2025

Local: Paradoxo Casa Atelier (Av. Édison Passos, 87 – sobrado, Usina, Rio de Janeiro – RJ)
Curadoria: Diogo Santos, Fabrício Guimarães, Monique Arau e Willy Cavalheiro Chung
Produção: Higor Alcântara e Hugo Bernabé

Entrada livre

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