Alambique Fazenda das Palmas. Crédito Isabel Corção

Pindorama participa da 18ª edição do Festival Vale do Café

Fazenda das Palmas oferece programação musical e visita ao alambique, em evento que acontece de 19 a 23 de julho, reunindo arte e cultura em fazendas históricas

por Redação

O famoso evento de música e cultura do Vale do Café está de volta. Nesta 18 edição, música e história voltam a se reunir. Este ano, além das fazendas históricas, levará também música às estações de trem e centros culturais para celebrar os recantos que ajudam a contar a história da própria região.

Entre os sabores, uma iguaria que tem chamado atenção na região são os alambiques de produção de cachaças especiais, como na Fazenda das Palmas, em Engenheiro Paulo de Frontin. A Fazenda recebe seus visitantes no dia 22, sábado, às 9h30 e no domingo, dia 23, às 10h, para apresentar as instalações e o alambique onde é produzido a premiada cachaça orgânica Pindorama. Após degustação das versões branca e envelhecida, no sábado, dois mestres conduzem o show: o violonista Turíbio Santos e a pianista Maria Teresa Madeira.

A Fazenda das Palmas, sede da empresa Pindorama, está localizada no coração do Vale do Café, entre Vassouras e Morro Azul. Quando o casal Luiza e Antônio Carlos de Almeida Braga adquiriram a propriedade em 2012 descobriram ali nas suas instalações o que vinha a ser o terceiro alambique comercial do estado do Rio e decidiram por restaurar o local. Construído originalmente em 1855, o alambique havia sido desativado e abandonado, porém ainda mantinha a caldeira inglesa, importada via Alemanha no começo do século XX. Assim nasceu a Pindorama, cujo nome coincidentemente significa em Tupi-guarani, região das palmeiras ou terra livre do mal.

“Ao decidirmos reformar o alambique e restabelecer a produção de cachaça, realizamos todo um trabalho de pesquisa histórica da bebida e também da região da fazenda, como forma de fundarmos uma marca com um DNA que carrega esse legado cultural e histórico e ao mesmo tempo está se posicionando como uma via sustentável de produção agroflorestal que leva em conta as necessidades da realidade do século XXI. A Pindorama vem com uma proposta de ressignificar a nossa cultura, infelizmente muito aliada a desmatamento, à monocultura extrativista e à exploração. Queremos mudar isso e tudo que fazemos reflete essa ética.” diz Rafael Daló, um dos sócios e diretor criativo da Pindorama.

Pindorama Ouro

Pindorama Ouro

A partir dessa reforma, depois de muitos ajustes e aprendizado para garantir um produto de altíssima qualidade, o alambique passou a produzir em torno de 50 mil litros de cachaça prata ao ano, o carro-chefe da marca. Dez por cento dessa produção destina-se à criação da versão descansada em barris de amburana. A própria empresa planta dez árvores da madeira para cada barril utilizado. O processo começa desde o plantio da cana de açúcar que é realizado na própria fazenda, próximo ao alambique. Um fator importante que acaba por enriquecer a fermentação e garantir ao processo uma temperatura e fatores ideais são os mais de 100 hectares de mata-atântica que cercam o alambique e são hoje uma APP (Área de Proteção Permanente).

Para garantir a integridade do produto, e a fidelidade a este processo centenário, a Pindorama ainda é submetida a análises constantes. Durante seu processo, são retirados os primeiros 20 litros iniciais, a cabeça da cachaça, assim como os seus últimos 10 litros, denominado de cauda, restando apenas o que há de mais puro no processo, o coração da bebida. Após essa etapa, a bebida é posteriormente armazenada em tonéis de aço INOX (Pindorama Prata) e em barris de amburana (Pindorama Ouro) onde se intensificam suas características especiais. Com isso, aliado à reforma do alambique, os fundadores também implementaram iniciativas que tornaram o projeto consciente nas diretrizes de ESG.

Dessa forma, a marca implementou iniciativas como o reflorestamento da área com espécies nativas da mata atlântica, o plantio de cana de açúcar e milho não transgênico em consórcio próximo ao alambique, como forma de proteção do solo, além de também a criar uma estrutura para produção de energia através do bagaço da cana. Em 2022, a marca conquistou o 2º lugar na competição de melhor cachaça no V Ranking da Cúpula da Cachaça, além de expandir sua distribuição mundo afora, chegando ao Reino Unido e também participando da Rum Fest, em Londres, sendo a única cachaça participante e atraindo uma legião de curiosos e novos apreciadores. Neste ano de 2023, a Cachaça Pindorama comemora o sucesso do bicampeonato, também com medalha de prata, no International Spirits Challenge 2023, que aconteceu na capital inglesa, desde vez, com a recém lançada Pindorama Ouro.

A série Ouro é uma cachaça suave, delicada e elegante. Possui cor amarelo-palha, acidez baixa e sensação aveludada na boca, com armazenamento feito em tonéis de Amburana, que proporciona um aroma com notas adocicadas e remetem a especiarias, baunilha e mel. Para cada barril usado na produção da Pindorama Ouro são plantadas dez árvores da mesma espécie na propriedade.

18º Festival Vale do Café

19 a 23 de julho de 2023 na região Vale do Café, RJ

Programação Fazendas das Palmas

22/07 – sábado – 9h30

Visitação ao alambique + concerto com Turibio Santos e Maria Teresa Madeira – Pérolas do violão e Piano

23/07 – domingo – 10h

Visitação ao alambique, com degustação + venda de produtos com desconto

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