Muitas vezes subdiagnosticado, é urgente quebrar o silêncio em torno da perda de urina (ou incontinência urinária) entre mulheres. Falar abertamente sobre isso não só ajuda a diminuir o estigma, mas também encoraja o público feminino a procurar ajuda médica. Muitas evitam discutir seus sintomas com profissionais de saúde por constrangimento, deixando de explorar tratamentos eficazes, que podem melhorar em muito sua qualidade de vida.
Estima-se que essa disfunção do assoalho pélvico afeta até 45% das mulheres acima dos 40 anos. Muitas pacientes, inclusive, acreditam ser “normal” perder urina. “É preciso aumentar a conscientização sobre essa condição, que afeta significativamente a qualidade de vida de milhões de pessoas, especialmente mulheres”, avalia a médica ginecologista Jainara Morari, da equipe da Clínica Chociai, com sede em Curitiba. “A incontinência urinária, é um tema rodeado de estigmas, mas é crucial discutirmos abertamente para promover o entendimento, a prevenção e as opções de tratamento disponíveis”.
A médica – pós-graduanda em Sexologia – diz que a prevalência de perda urinária entre praticantes de CrossFit, por exemplo, é frequente e encontrada em torno de 45% dos casos, conforme artigo publicado na Revista Internacional de Uroginecologia, no ano passado. “Idade, índice de massa corporal e paridade parecem ser fatores que aumentam essa probabilidade, enquanto exercícios baseados em saltos são comumente associados à perda de urina”, relata Jainara.
“Na Clínica Chociai, temos o equipamento Fotona para tratamento íntimo, além do Fotona Starformer, para fortalecimento do assoalho pélvico”, diz a cirurgiã-plástica Ana Carolina Chociai, diretora da clínica. “A incontinência urinária vai além do desconforto físico. Seu impacto na qualidade de vida é profundo, afetando a saúde emocional, social e psicológica das pessoas. Muitas mulheres se veem limitadas em suas atividades diárias, evitando exercícios, eventos sociais e até mesmo momentos íntimos por medo de episódios de perda de urina. Esse isolamento pode levar a sentimentos de vergonha, ansiedade e até depressão”, acrescenta.
“A partir de avaliação individualizada, nossa equipe de Ginecologia dispõe de uma combinação de tecnologias avançadas e uma abordagem centrada no paciente”, explica Ana Carolina. “Em casos de indicação de tratamentos não cirúrgicos, o laser e equipamentos de estimulação eletromagnética para fortalecimento do assoalho pélvico, mostram-se promissores na melhoria dos sintomas, fortalecendo os músculos da região, melhorando o suporte tecidual. Essas técnicas, juntamente com exercícios de fortalecimento muscular e mudanças no estilo de vida, podem oferecer uma nova esperança para as mulheres afetadas”, finaliza a diretora.