“A música é uma maestrina de emoções, um amaciante de coração; ela ara o campo pra semente brotar”, comenta o ator, cantor, músico e compositor Gabriel Manita, de 35 anos, que lança no dia 11 de fevereiro, em todas as plataformas digitais, o seu primeiro EP solo: ‘Roda de Samsara’. “Quando você descobre algo que te faz bem e que pode fazer bem pra muita gente é preciso compartilhar”, revela o curitibano, que atualmente integra o elenco da série ‘Todas as Garotas em Mim’ da Record TV e também poderá ser visto no remake da novela ‘Pantanal’, da TV Globo. “Como um bom canceriano, após receber alguns áudios da minha afilhada de 5 anos cantando minhas músicas e pedidos de amigos e familiares, faz todo ‘sentir-do’ colocar esse EP pra jogo”, conta o artista sobre o álbum que foi produzido em 2015, mas não havia sido lançado. A distribuição será pela Gufo Records.
Com 6 composições autorais: ‘Além Mim’, ‘Silêncio’, ‘Gangorra’, ‘Larissa’, ‘Alma’ e ‘Eros’; recheadas de referências do rock, samba, MPB e ritmos brasileiros, o EP ‘Roda de Samsara’ elabora algumas situações do cotidiano através de canções e contos cantados que instigam a fluidez da vida em sua natureza. “Sou filhote do tropicalismo, consequência dessa mistura de povos e raças da história do nosso país”, conta Manita, que para valorizar essa identidade convidou para o álbum o percussionista curitibano Marcio Rosa e o baixista Diogo Mynssen, que trouxe o groove para a obra. “A estrutura principal fiz acústica, com violões, ukuleles e piano. A cereja do bolo foram as guitarras, que são minha grande paixão”, acrescenta. A produção musical é do premiado Levi Mynssen. Um dos áudios da sobrinha de Gabriel, Alícia, de 5 anos, também poderá ser ouvido nas plataformas digitais como um bônus da obra.
“Roda de samsara é um conceito que o budismo usa quando se refere ao indivíduo que está preso vida após vida, nessa roda, repetindo padrões sem conseguir se libertar para uma nova consciência sobre a existência”, explica o cantor sobre o título do EP que marca a sua estreia solo depois de ter passado por duas bandas de rock na sua cidade natal. Com letras intensas, reflexivas e metafóricas, Gabriel não esconde sua composição preferida do álbum: “Além Mim”. “É o tipo de canção que ecoa nos meus cânions por muito tempo. Foi feita de forma despretensiosa, com contribuição de um compositor curitibano: Rapha Moraes. Como existiu muita necessidade em falar coisas nas outras músicas, nessa fluiu o que realmente precisava ser dito. E foi tão natural e espontânea que até chamei um coro de crianças para gravar o refrão, uma delas inclusive é neta do Caetano: Rosa Veloso”.
“Quero vibrar e contagiar vida em sua forma mais profunda”, revela o artista, que reside no Rio há 9 anos e durante a pandemia montou um home studio em seu quarto e se aprofundou em estudos do mercado de trilha sonora. “A trilha sonora é a forma da música contar uma história. Maestros deveriam ser chamados de magos; aquela varinha cria universos fantásticos”, aponta o compositor, que já assinou seu primeiro trabalho no ramo: “Não me aguentei e já me ofereci para fazer a trilha sonora do primeiro curta metragem que fui convidado para atuar nesse período de pandemia: ‘Futuros Amantes’, de Jessika Goulart. Agora já estou trabalhando no segundo, o longa ‘Gostou do meu Batom?’, de Kathia Calil.”
“Um sincericida refém da própria verdade”, Gabriel Manita faz da música porta voz do inconsciente. Artista em essência, também é psicólogo, formado pela PUC do Paraná (2009). “Quase não consegui me formar em psicologia porque queria usar o curso para a vida e não profissionalmente”, comenta. “Mas como fiz tudo certinho, não conseguiram me negar o diploma”, brinca. “Hoje em dia a Psicologia é meu cilindro. Não tem como ver muito além dos corais só com um Snorkel e está cheio de histórias importantes naufragadas que são boas de explorar”, analisa o curitibano que tem como principal referência artística familiar direta o irmão Bernardo Manita, que assina o teclado e piano do EP. “Um puta músico e cantor em Curitiba. Jazzista e bluesman, me ensinou desde criança os primeiros acordes, dos mais simples aos mais complexos, sempre enchendo a casa de melodias e música”, conta.
Gabriel Manita já integrou o elenco de grandes espetáculos musicais como: “Bem Sertanejo” (com Michel Teló), “Samba Futebol Clube” e “Gilberto Gil, Aquele Abraço”, (ambos com direção de Gustavo Gasparani), além de “O Frenético Dancin Days” (dirigido por Deborah Colker). O artista carrega em sua trajetória alguns dos maiores prêmios do teatro brasileiro e do eixo Rio – São Paulo: Prêmio Shell, Reverência, APTR e Bibi Ferreira (entre eles o de melhor ator); além de indicações no prêmio Cesgranrio e troféu Gralha Azul. No setor audiovisual, fez parte de novelas e minisséries como “Sol Nascente”; “A Teia”, “1 contra todos”, “Justiça”, “Sete Vidas”; ”Amor de mãe”, “Gênesis”, entre outras. Atualmente também pode ser visto em duas campanhas publicitárias: “Itaipava” e “Petrobrás”. Cheio de vontades e novos projetos autorais, o artista espera de 2022 um ano levemente pretensioso: “Até porque,sem desejo não há movimento”, finaliza.
Roda de Samsara, de Gabriel Manita
PRÉ SAVE : https://ffm.to/rodadesamsara
Lançamento: 11 de fevereiro
*Nas principais plataformas de streaming
Músicas:
1- Além Mim
“… Serei só miragem, podem achar que me vêm, mas nunca vão me alcançar. Meu caminho é viagem, sou daqueles que tem coragem pra caminhar…”
2- Silêncio
“A alma não teria arco-íris se os olhos não tivessem lágrimas…”
3- Gangorra
“… Como criança a vida traz esperança que o tempo assim como vento assopre pra aliviar o que machucou…”
4- Larissa
“Como se já não bastasse a amarga rotina em sua vida real,
Ele ainda teimava em sonhar com o seu trabalho escritorial…”
5- Alma
“… O meu corpo já chegou voando pelo ar, mas de avião a minha alma não consegue vir.…”
6- Eros
“… E as estrelas que naquela noite não tinha, fazia todo mundo procurar no céu de toda a boca …”
Ficha Técnica:
Composição/ Letras/ Arranjos/ Produção Musical/ Voz/ Violões/ Guitarras/ Ukulele: Gabriel Manita
Captação/ Produção Musical/ Mixagem/ Masterização e Guitarras: Levi Mynssen de Mello e Antonio Virgilio Diem Milléo (faixa 6 -Alma)
Teclado e Piano: Bernardo Manita
Baixo: Diogo Mynssen Motta
Percussão: Márcio Rosa Honório