Prêmio Shell de Teatro anuncia os indicados de sua 34ª edição

por Redação

Cerimônia de entrega acontece dia 12 de março, em São Paulo, e vai premiar espetáculos selecionados pelos júris do Rio de Janeiro e de São Paulo, além da categoria Destaque Nacional, com montagens de todo o Brasil

‘A Aforista’, ‘Agropeça’, ‘Azira’i’ e ‘Viva o Povo Brasileiro’ são as peças que saem na frente, com quatro indicações cada uma

O Prêmio Shell de Teatro anunciou hoje os indicados para a sua 34ª edição, cuja cerimônia de entrega acontece dia 12 de março no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, e, pela primeira vez em sua história, vai contemplar espetáculos de todo o Brasil. Além das seleções dos júris do Rio de Janeiro e de São Paulo, desta vez a premiação lança uma categoria inédita: Destaque Nacional, para produções de todos os estados brasileiros. Os trabalhos que concorreram estrearam entre 1 de janeiro e 30 de novembro de 2023.

“Estamos muito felizes em expandir ainda mais o alcance do Prêmio Shell de Teatro e dar oportunidade para obras que estrearam fora do eixo Rio-São Paulo. Teatro é diversidade, então faz todo sentido que o prêmio tenha também este olhar mais amplo”, destaca Glauco Paiva, gerente executivo de Comunicação e Responsabilidade Social da Shell Brasil.

A lista de montagens indicadas representa um enorme e diverso painel da cena teatral brasileira, em 45 espetáculos dos mais variados temas, formatos, gêneros e vertentes. Quatro produções saem na frente e acumulam quatro indicações: ‘A Aforista’, espetáculo dirigido por Marcos Damaceno e protagonizado por Rosana Stavis, que estreou em Curitiba e teve temporadas no Rio e em São Paulo, ‘Agropeça’, do Teatro da Vertigem, um dos grupos mais longevos da atual cena, ‘Azira’i’, espetáculo criado a partir das memórias da atriz Zahy Tentehar sobre sua mãe, a primeira mulher pajé de sua aldeia indígena, e o musical ‘Viva o Povo Brasileiro’, criado a partir da obra de João Ubaldo Ribeiro.

As Categorias e os Jurados

O 34ª Prêmio Shell de Teatro terá quatro indicados em cada uma das nove categorias: Dramaturgia, Direção, Ator, Atriz, Cenário, Figurino, Iluminação, Música, além de Energia Que Vem Da Gente, que premia iniciativas com impacto social positivo e visa reconhecer a criatividade dos artistas e seu impacto positivo no seu entorno e na sociedade brasileira.

O júri do 34º Prêmio Shell de Teatro é composto por Leandro Santanna (produtor cultural, gestor público e ator), Ana Luisa Lima (professora, produtora e gestora cultural), Biza Vianna (figurinista, diretora de arte e produtora cultural), Patrick Pessoa (professor, dramaturgo e crítico teatral) e Paulo Mattos (curador e produtor cultural) no Rio de Janeiro e por Evaristo Martins de Azevedo (crítico de arte), Ferdinando Martins (professor e crítico de arte), Luiz Amorim (ator, diretor e gestor em produção cultural), Maria Luisa Barsanelli (jornalista) e Luh Maza (dramaturga, diretora, roteirista e atriz) em São Paulo.

A nova categoria Destaque Nacional foi selecionada por um júri novo e especialmente criado para esta edição com nomes de Curitiba, Bahia, Ceará e Minas Gerais: Giovana Soar (atriz, diretora, tradutora e curadora), Marcio Meirelles (encenador, dramaturgo e gestor cultural), Dane de Jade (atriz, pesquisadora e gestora cultural) e Guilherme Diniz (pesquisador, crítico cultural e professor). Os espetáculos foram avaliados através de um vídeo enviado por um formulário online.

Novidades no regulamento

A edição de 2024 contará ainda com outras novidades, como a divulgação dos indicados em uma lista única e algumas mudanças de regulamento. O número mínimo de apresentações para garantir a elegibilidade mudou: agora são 20 (vinte) sessões para espetáculos que tenham estreado no Rio de Janeiro ou São Paulo, de 01 de janeiro a 30 de novembro de 2023, não necessariamente consecutivas e nem na mesma praça. O espetáculo pode ter feito temporadas anteriores em outras cidades, mas estará elegível caso tenha estreado no período indicado, no Rio de Janeiro ou São Paulo. Tal mudança visa possibilitar a participação de peças de outros estados, que se apresentem em uma das duas cidades.

Além disso, vale ressaltar que é imprescindível o número mínimo de 10 (dez) apresentações na praça onde o espetáculo for concorrer. Ou seja, são necessárias pelo menos 10 sessões públicas do espetáculo no Rio de Janeiro ou São Paulo, tornando-se assim apto a concorrer na cidade no qual cumpriu a exigência do regulamento.

Prêmio Shell de Teatro

O Prêmio Shell de Teatro se tornou uma das grandes referências do teatro brasileiro nas últimas três décadas. É possível contar a história da cena teatral do Rio de Janeiro e de São Paulo ao longo das suas 33 premiações, com seus artistas indicados, os espetáculos consagrados e os homenageados de cada ano.

Para conhecer o regulamento especial desta edição, acesse:

https://www.shell.com.br/sociedade-e-meio-ambiente/sociedade/premio-shell-de-teatro/regulamento.html

Shell

Há 110 anos no país, a Shell é uma empresa de energia integrada com participação em Upstream, no Novo Mercado de Gás Natural, Trading, Pesquisa & Desenvolvimento e no Desenvolvimento de Energias Renováveis, com um negócio de comercialização no mercado livre e produtos ambientais, a Shell Energy Brasil. Aqui, a distribuição de combustíveis é gerenciada pela joint-venture Raízen, que recentemente adquiriu também o negócio de lubrificantes da Shell Brasil. A companhia trabalha para atender à crescente demanda por energia de forma econômica, ambiental e socialmente responsável, avaliando tendências e cenários para responder ao desafio do futuro da energia.

A lista de indicados:

SELEÇÃO JÚRI SP

DRAMATURGIA

Victor Nóvoa por ‘Mãos Trêmulas’
André Santos por ‘Quilombo Memória’
Carlos Canhameiro por ‘Xs Culpadxs’
Ave Terrena e Ymoirá Micall por ‘Fracassadas Br’

DIREÇÃO

Antônio Araújo e Eliana Monteiro por ‘Agropeça’
José Fernando Peixoto de Azevedo por ‘Ensaio sobre o terror’
Marcos Damaceno por ‘A aforista’
André Paes Leme por ‘Viva o povo brasileiro (de Naê a Dafé)’

ATOR

Vinicius Meloni por ‘Agropeça’
Marco Antônio Pâmio por ‘A herança’
Vitor Britto por ‘O Avesso da pele’
Maurício Tizumba por ‘Viva o povo brasileiro (de Naê a Dafé)’

ATRIZ

Grace Gianoukas por ‘Nasci para ser Dercy’
Alessandra Maestrini por ‘Kafka e a boneca Viajante’
Rosana Stavis por ‘A aforista’
Tenca Silva por ‘Agropeça’

CENÁRIO

Simone Mina por ‘Mutações’
Luiz Fernando Marques (Lubi) por ‘Ainda sobre a cama’
Eliana Monteiro e William Zarella por ‘Agropeça’
Attilio Martins por ‘Bossa Nova Cabaré Bar’

FIGURINO

Fabio Namatame por ‘Além do Ar – um musical inspirado em Santos Dumont’
Marah Silva por ‘Viva o povo brasileiro (de Naê a Dafé)’
Karen Brusttolin por ‘A aforista’
João Pimenta por ‘Kafka e a Boneca Viajante’

ILUMINAÇÃO

Aline Santini por ‘Mutações’
Nicolas Caratori por ‘A cerimônia do adeus’
Maneco Quinderé por ‘Alguma coisa podre’
Fran Barros e Tulio Pezzoni por ‘Once – o musical’

MÚSICA

Naruna Costa pela direção musical de ‘Boi Mansinho e a Santa Cruz do Deserto’
Alexandre Rosa pela direção musical de ‘Infância’
Peri Pane pela direção musical de ‘Quando o Discurso Autoriza a Barbárie’
Chico César e João Milet Meirelles pela música original e direção musical de ‘Viva o Povo Brasileiro (de Naê a Dafé)’

ENERGIA QUE VEM DA GENTE

Selo Lúcias – Iniciativa da Associação dos Artistas Amigos da Praça (Adaap), pela organização, publicação e distribuição gratuita de livros que resgatam a história das artes cênicas no Brasil.

Ateliê 23 – Pela pesquisa sobre violência de gênero e tráfico sexual de adolescentes e mulheres prostituídas no ciclo da borracha, no interior da Amazônia, tema do espetáculo ‘Cabaret Chinelo’.

Rosas Periféricas – Pelo trabalho que desenvolve há 15 anos na região do Parque São Rafael, periferia de São Paulo, com espetáculos teatrais e ações sócio-educativas, voltados ao público jovem.

Palacete dos Artistas – Projeto de moradia e assistência no centro de São Paulo onde artistas veteranos vivem por meio de aluguel social e de autogestão do espaço e realização de eventos culturais.

SELEÇÃO JÚRI RJ

DRAMATURGIA

Rafael Souza-Ribeiro por ‘Jonathan’
Zahy Tentehar e Duda Rios por ‘Azira’í ‘
Rodrigo França por ‘Angu’
Vinicius Baião por ‘Três irmãos’

DIREÇÃO

Orlando Caldeira por ‘Pelada – A hora da Gaymada’
Luiz Antônio Pilar por ‘Leci Brandão – na palma da mão’
Dulce Penna por ‘Jonathan’
Bruce Gomlevsky por ‘Outra revolução dos bichos’

ATOR

Milhem Cortaz por ‘Diário de um louco’
Sérgio Kauffman por ‘Leci Brandão – na palma da mão’
Matheus Macena por ‘Los Hermanos – musical pré-fabricado’
Xando Graça por ‘Gente de bem’

ATRIZ

Zahy Tentehar por ‘Azira’i’
Jéssica Barbosa por ‘Em busca de Judith’
Nilda Andrade por ‘Pipas’
Blackyva por ‘Chega de Saudade’

CENÁRIO

Ricardo Rocha por ‘Eyja: Primeira Parte, a Ilha’
Lidia Kosovski por ‘Olga e Luis Carlos – Uma História de Amor’
Batman Zavareze e Mariana Villas-Bôas por ‘Azira’i’
Clebson Prates por ‘Angu’ e por ‘Para meu amigo branco’

FIGURINO

Luiza Marcier por ‘Los Hermanos – musical pré fabricado’ e por ‘Restos na escuridão’
Carlos Alberto Nunes por ‘A hora do boi’
Giovanni Targa por ‘Só vendo como dói ser mulher de Tolstói’
Flavio Souza po ‘Eyja: Primeira Parte, a Ilha’

ILUMINAÇÃO

Daniela Sanchez por ‘Leci Brandão – na palma da mão’
Ana Luzia Molinari de Simoni – ‘Azira’í ‘ e por ‘Feio’
Paulo Cesar Medeiros por ‘O Menino é o Pai do Homem’
Beto Bruel por ‘A aforista’

MÚSICA

Ruy Guerra, Zeca Baleiro e Lui Coimbra pela direção musical e trilha original de ‘Dom Quixote de Lugar Nenhum’

Pedro Sá Moraes pela direção musical e composições originais ‘Em Busca de Judith’
André Muato pela direção musical, percussão corporal e trilha original de ‘Pelada – A Hora da Gaymada’
André Muato e Felipe Storino pela direção musical de ‘Chega de Saudade’

ENERGIA QUE VEM DA GENTE

Cia dos Comuns – Pelos 22 anos de uma atuação continuada e imprescindível para a formação e o fortalecimento da cena teatral preta brasileira, contribuindo de forma decisiva para o fomento e formação de artistas negros e na luta antirracista em nossa sociedade.

Projeto Museu dos Meninos – Por criar, através de uma série de ações artísticas, um lugar inspirador para todas as necessárias políticas públicas voltadas para a preservação da memória e a imaginação de futuros outros para os jovens pretos e favelados do Complexo do Alemão.

Entidade Maré pela ‘Ocupação Noite das Estrelas’ – Por celebrar nas ruas do Complexo da Maré, unindo a comunidade e pessoas vindas de outras partes da cidade, a vida e a ancestralidade dos artistas lgbtqiapn+ que, durante as décadas de 1980 e 1990, realizaram ali os shows ‘Noite das estrelas’’, inspiração até então esquecida de muitos importantes movimentos sociais que acontecem

Elenco de espetáculo ‘Meu Corpo Está Aqui’ – Bruno Ramos, Haonê Thinar, Juliana Caldas e Pedro Fernandes – Pelo processo coletivo de construção de um espetáculo altamente vital e inspirador, que impacta de forma positiva na visibilização de Pessoas com Deficiência.

CATEGORIA DESTAQUE NACIONAL:

– As cores da América Latina, da Panorando Cia e Produtora, de Manaus

– Temporada de Caça – uma tragicomédia distópica linkedinesca, da Minha Nossa Cia de Teatro, de Curitiba

– O Rabo e a porca, da Multi Planejamento Cultural, de Salvador

– Vestido de Noiva, do Grupo Oficcina Multimédia, de Belo Horizonte

Você pode gostar

Deixe um comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você concorda com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceito Leia mais

Share via