As inscrições para o Destaque Nacional, do 35º Prêmio Shell de Teatro, foram prorrogadas até 3 de janeiro de 2025. A categoria é voltada a espetáculos teatrais de todo país, com exceção do eixo Rio- São Paulo, e se firma como um importante diálogo com toda produção teatral brasileira. Para concorrer ao maior prêmio do país, basta acessar www.shell.com.br/pst e realizar a inscrição.
A categoria Nacional foi lançada em 2024 e contou com mais de 150 espetáculos inscritos. Para participar da categoria Destaque Nacional, as peças precisam seguir alguns critérios:
- Os espetáculos devem ter realizado um mínimo de 10 (dez) apresentações públicas, entre 1º de novembro de 2023 e 31 de outubro de 2024.
- Só podem participar grupos e/ou profissionais estabelecidos com, no mínimo, 3 anos de atuação comprovada.
- A produção deverá preencher o formulário e enviar um vídeo com o registro integral do espetáculo.
- Não serão elegíveis espetáculos montados exclusivamente para o formato virtual.
Para conhecer o regulamento completo acesse o site do Prêmio Shell de Teatro, pelo www.shell.com.br/pst
A categoria Destaque Nacional foi lançada na última edição do Prêmio e elegeu o grupo Panorando Cia e Produtora com o espetáculo ‘As cores da América Latina’, de Manaus.
Em 2025, o Prêmio Shell de Teatro chega a sua 35ª edição e a cerimônia acontecerá em março, no Rio de Janeiro. O anúncio dos indicados na Categoria Destaque Nacional será feito em janeiro.
Júri Categoria Destaque Nacional
O júri traz nomes de Curitiba, Bahia, Ceará e Minas Gerais: Giovana Soar (atriz, diretora, tradutora e curadora), Guilherme Diniz (pesquisador, crítico cultural e professor) e Marcio Meirelles (encenador, dramaturgo e gestor cultural), Dane de Jade (atriz, pesquisadora e gestora cultural).
Sobre o Prêmio Shell de Teatro
O Prêmio Shell de Teatro se tornou uma das grandes referências do teatro brasileiro nas últimas três décadas. É possível contar a história da cena teatral do Rio de Janeiro e de São Paulo ao longo das suas 34 premiações, com seus artistas indicados, os espetáculos consagrados e os homenageados de cada ano.
‘O Estrangeiro reloaded’, com Guilherme Leme Garcia e direção de Vera Holtz faz quatro sessões na Arena B3 de Vera
Inaugurada em maio por Roberto Menescal, a Arena B3 completou seis meses de atividade agora em novembro. De lá para cá, uma série de atrações ocupou semanalmente o espaço com espetáculos teatrais, musicais e infantis, dentro do chamado Festival Arena B3, que recebe nos dias 7 e 8 de dezembro o solo ‘O Estrangeiro reloaded’, com performance de Guilherme Leme Garcia e direção de Vera Holtz. A Arena B3 fica localizada na Praça Antônio Prado, em um dos prédios centenários da bolsa, ocupando o espaço que no passado abrigou os famosos pregões viva-voz da Bolsa de Valores.
A seleção das atrações é feita pela Arte&Atitude e pela Aventura, produtora responsável pela EcoVilla Ri Happy, Teatro Riachuelo Rio, Teatro Adolpho Bloch e de grandes espetáculos musicais, como ‘A Noviça Rebelde’, ‘Elis, o Musical’, ‘Mamma Mia!’, ‘O Jovem Frankenstein’, que estiveram recentemente em cartaz, entre muitos outros. A iniciativa conta com o patrocínio da B3.
Em 2008, Guilherme Leme Garcia e Vera Holtz conheceram juntos a versão da mais conhecida obra de Albert Camus adaptada pelo ator, diretor e amigo dinamarquês Morten Kirkskov. Guilherme já gostava do livro e ficou encantado com a possibilidade de levar O Estrangeiro, de Albert Camus, aos palcos. Vera aceitou estrear na direção. Juntos, criaram a primeira montagem do clássico do escritor no Brasil.
O processo levou dois anos de maturação com leituras dramatizadas realizadas para amigos, críticos literários, diretores e público, no Rio e em São Paulo. Após 15 anos da primeira e bem-sucedida montagem, sucesso de público e crítica, que circulou por quatro anos pelo Brasil e se encerrou no Festival de Edimburgo em 2012, Vera Holtz e Guilherme Leme Garcia se juntaram novamente para darem nova roupagem e emprestar novo olhar, remixado e recarregado de novos sentidos, à obra prima da literatura mundial.
Meursault, o personagem central de O Estrangeiro, leva uma vida banal: recebe a notícia da morte da mãe, comete um crime, é preso e julgado, em meio à controversa relação entre o indivíduo e a lei, sendo assim mais um homem arrastado pela correnteza da vida e da história. Seu drama pode ser lido como o drama de qualquer pessoa que se depara com o absurdo, ponto central da obra de Albert Camus.
Na trama, Meursault não encontra explicação nem consolo para o que acontece em sua trajetória, tudo acontece à sua revelia e nada faz o menor sentido. Ele não acha explicação na fé, religião ou ideologia, não tem onde se amparar. O que pode ser visto como uma vantagem: esse homem é livre, pode se fazer a si mesmo, sua vida está em aberto. Ele se depara e se angustia diante da liberdade e do absurdo e, quando descobre que essas duas condições são intrínsecas, finalmente encontra a paz.
“Quinze anos se passaram desde que desenhei Mersault na primeira montagem. Nesses anos tanta história se passou no mundo e na minha vida que é quase impossível pensar essa peça e esse personagem sem contar com tantos novos desafios que se apresentam frente ao nosso pensamento. Uma nova encenação se faz necessária para que a visualidade cênica venha cheia de vitalidade e atualidade, um Mersault ainda mais simples e ao mesmo tempo mais sofisticado se torna imprescindível para que eu possa pensar uma interpretação mais vertical e contundente”, diz Guilherme Leme Garcia.
O conflito existencial do protagonista Mersault é parte da filosofia do absurdo de Camus tratada em seus ensaios O mito de Sísifo (1942) e O homem revoltado (1951), tornando fundamental o entendimento da tese do absurdo de Camus para esta tentativa de compreender moral e eticamente o personagem Mersault e a obra O Estrangeiro.
O Estrangeiro, publicado em maio de 1942, em meio à Segunda Guerra Mundial, foi logo reconhecido como um divisor de águas na história da literatura, pois representava uma ruptura formal com o romance do século 19 e uma nova forma de apreender o mundo que sairia transformado após o final do conflito. Camus colocava seu leitor diante do absurdo da existência.
Ficha Técnica
- Texto: Albert Camus
- Adaptação: Morten Kirkskov
- Tradução: Liane Lazoski
- Direção: Vera Holtz
- Performance: Guilherme Leme Garcia
- Desenho de Luz: Aline Santini
- Figurino: João Pimenta
- Movimento: Renata Melo
- Trilha Sonora: Zema Tämatchan
SERVIÇO
- Data: 07 e 08 de dezembro às 14h30 e 17h
- Vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/100553
- Lotação presencial: 160 lugares
- Classificação: 12 anos
- Duração: 60 minutos
Arena B3
Praça Antônio Prado, 48 – Centro Histórico de São Paulo, São Paulo – SP
Vendas presenciais: R$ 20 (meia) – R$40 (Inteira)
Lotação presencial: 160 lugares
Eduardo Barata, idealizador musical ‘O Admirável Sertão de Zé Ramalho’ dá palestra gratuita sobre produção artística
No dia 6 de dezembro, das 17h às 18h, o produtor e jornalista Eduardo Barata realizará a palestra “A Produção Artística no Espetáculo O Admirável Sertão de Zé Ramalho”, no Sesc 24 de Maio. Idealizador da montagem, Barata traz sua experiência de 33 anos na produção e comunicação teatral, com um portfólio que inclui mais de 50 peças produzidas e cerca de 1000 espetáculos assessorados pela imprensa.
Eduardo Barata abordará o processo de produção artística do espetáculo, revelando detalhes e curiosidades sobre sua criação. A proposta é compartilhar com o público a trajetória do musical, desde a concepção inicial até as etapas de elaboração, inscrições e aprovações em Leis de Incentivo, captação de recursos e a seleção das equipes de criação, técnica e produção.
Membro da Academia Brasileira de Cultura e vencedor do prêmio Faz Diferença na categoria Segundo Caderno/Teatro, concedido pelo jornal O Globo, Eduardo Barata é produtor, jornalista e fundador, além de presidente, da Associação de Produtores de Teatro (APTR).
Com mais de quatro décadas dedicadas à música, composição e poesia, Zé Ramalho, um dos grandes ícones da música brasileira, é celebrado no espetáculo O Admirável Sertão de Zé Ramalho.
A montagem explora o vasto cancioneiro do artista, com dramaturgia assinada por Pedro Kosovski e direção de Marco André Nunes. O elenco, composto por Adriana Lessa, Ceiça Moreno, Cesar Werneck, Duda Barata, Marcello Melo, Muato, Nizaj, Ricca Barros e Diego Zangado, conduz o público por uma experiência rica em perspectivas e histórias entrelaçadas.
Após uma turnê de sucesso que começou no Rio de Janeiro e passou por cidades do Norte e Nordeste, a montagem estreou em São Paulo, no Sesc 24 de Maio, com temporada até 8 de dezembro de 2024, realizada pelo Sesc, Ministério da Cultura e Governo Federal, com patrocínio da Rede, via Lei de Incentivo à Cultura.
Serviço
Local: Sesc 24 de Maio, rua 24 de Maio, 109, São Paulo/ SP
Palestra
“A produção artística no espetáculo O Admirável Sertão de Zé Ramalho”
Com Eduardo Barata
Datas: 6/12, sexta, das 17h às 20h
Ingressos: Grátis – Retirada de ingressos no local com 1h de antecedência
Duração: 60 minutos Classificação: 14 anos
Espetáculo
O Admirável Sertão de Zé Ramalho
Datas: Até 8/12 de 2024, de quinta a sábado, às 20h; domingos e feriados, às 18h.
Ingressos: sescsp.org.br/24demaio, através do aplicativo Credencial Sesc SP a partir do dia 5/11 e nas bilheterias das unidades Sesc SP a partir de 6/11, às 17h – R$70 (inteira), R$35 (meia) e R$21 (Credencial Plena Sesc).
Duração do espetáculo: 110 min Classificação: 12 anos
Acessibilidade: O espetáculo conta com tradução em Libras e audiodescrição via QR Code em todas as sessões.
Serviço de Van: A unidade oferece transporte gratuito até as estações de metrô República e Anhangabaú. Saídas da portaria a cada 30 minutos, de terça a sábado, das 20h às 23h, e aos domingos e feriados, das 18h às 21h.
Ficha técnica
Elenco: Adriana Lessa, Ceiça Moreno, Cesar Werneck, Duda Barata, Marcello Melo, Muato, Nizaj, Ricca Barros e Diego Zangado
Texto: Pedro Kosovski
Direção: Marco André Nunes
Idealização e produção artística: Eduardo Barata
Direção musical: Plínio Profeta e Muato
Direção de movimento: Caroline Monlleo
Cenário: Marco André Nunes e Uirá Clemente
Figurinos: Wanderley Gomes
Iluminação: Dani Sanchez
Desenho de som: Júnior Brasil
Visagismo: Fernando Ocazione
Assistente de direção: Diego Ávila
Operação de luz: Lica Barros
Operação de som: LABSOM – Julia Mauro e Pedro Henrique
Microfonista: Douglas Fernandes
Direção de palco: Tom Pires
Camareira: Roberta Viana
Maquiador: Maurício dos Anjos
Assessoria de imprensa SP: Canal Aberto – Márcia Marques
Assessoria de imprensa RJ: Barata Comunicação e Dobbs Scarpa
Programação visual: Luciano Cian
Fotos: Priscila Prade
Captação de apoio: Marcela Castilho
Direção de produção: Elaine Moreira
Produção executiva: Tom Pires
Produção: Barata Produções
Espetáculo em homenagem a Clarice Lispector acontece no Circo Crescer e Viver
Apresentação será no dia 10 de dezembro, data do aniversário da escritora
Uma celebração à obra e à vida de Clarice Lispector! No dia em que a escritora completaria mais um ano de vida, dia 10 de dezembro, o Circo Crescer e Viver abre suas portas para um espetáculo inesquecível: Clarice do Brasil. A apresentação é gratuita e acontece às 20h.
Clarice Lispector, que adotou o Brasil como lar e se tornou um ícone da literatura nacional, continua sendo referência artística e um símbolo de ousadia e profundidade. A apresentação faz uma homenagem poética e teatral à escritora, trazendo a potência de sua obra e o legado que ecoa através do tempo.
Venha vivenciar essa experiência única, repleta de arte, palavras e emoção no picadeiro mais charmoso do Rio de Janeiro.
Serviço:
Espetáculo Clarice do Brasil
- Data: 10/12 (terça-feira)
- Local: Circo Crescer e Viver (Rua Carmo Neto, 143, Lona de Circo, Cidade Nova, Rio de Janeiro)
- Abertura dos portões: 16h
- Retirar ingressos no site: https://www.sympla.com.br/evento/clarice-do-brasil/2541520
- Classificação: Livre. Menores de 10 anos só entram acompanhados dos responsáveis legais.