Você já ouviu falar da Síndrome de Charles Bonnet? Trata-se de uma doença ainda envolta de mistérios e que precisa de atenção especial para o público idoso, já que são essas as pessoas que desenvolvem o problema. O tema é abordado dentro do Programa de Atualização em Geriatria e Gerontologia (PROGER) e é um dos mais desafiadores para os profissionais da área. Vale a pena entender um pouco melhor sobre em que consiste a doença.
O que caracteriza a Síndrome de Charles Bonnet?
De um modo bem simplório, podemos entender que a Síndrome de Charles Bonnet é uma condição de saúde que atinge especialmente as pessoas idosas. Ela aparece, geralmente, em pacientes que perderam a capacidade visual total ou parcialmente. Os efeitos da síndrome geram alucinações complexas e realistas nesses indivíduos. Elas podem durar alguns minutos ou mesmo horas.
A importância de debater esse tema, como ocorre dentro de programas similares ao PROGER, concentra-se nos mistérios que ele envolve. Afinal, essas alucinações se confundem com a realidade e causam intenso sofrimento, medo, insegurança e perturbações mentais nos pacientes. Um dos fatores que chama a atenção é que a Síndrome de Charles Bonnet acontece em pessoas psicologicamente estáveis, ou seja, sem nenhum histórico ou diagnóstico de problema mental.
Profissionais da gerontologia e da geriatria devem aprender a lidar com o problema pra oferecer tratamento e condições de vida adequados aos pacientes idosos. Neste ponto, os estudos do PROGER podem contribuir imensamente, preparando e atualizando os conhecimentos de diversos agentes de saúde, sejam eles médicos ou especialistas em outras áreas do conhecimento.
PROGER estuda diagnóstico e tratamento da Síndrome de Charles Bonnet
Os sintomas da Síndrome de Charles Bonnet, conforme pode ser estudado dentro do próprio PROGER, incluem as alucinações em formas de pessoas, figuras geométricas, insetos, outros animais, paisagens ou edifícios. A pessoa passa a “ver” o que não existe e isso pode durar minutos ou até horas, dependendo da situação.
Para fazer o diagnóstico adequado da síndrome, o profissional deve efetuar uma profunda avaliação física, além da própria anamnese, com riqueza de detalhes. Inclusive, a importância de atualizar os conhecimentos com programas como o PROGER consiste em aprender as técnicas necessárias para extrair as informações mais relevantes do público idoso, o qual possui suas próprias demandas. Aliás, os pacientes que sofrem com a síndrome precisam de cuidados especiais, afinal eles não apresentam debilidade mental de nenhuma natureza.
Sabendo como identificar os sinais corretos da síndrome, o profissional é capaz de prescrever o melhor tratamento para cada caso. Isso inclui remédios específicos destinados à visão, medicamentos para tratamento de epilepsia, como ácido valpróico, por exemplo, mas não apenas ele.
Inclusive, existem tratamentos laborais para amenizar o período de alucinação e melhorar a qualidade de vida da pessoa. Alguns deles consistem em mudar de posição, movimentar os olhos, estimular a audição, o tato ou algum outro sentido natural do organismo. Uma curiosidade interessante é que ouvir música e escutar audiobooks costuma ajudar bastante no tratamento e na melhora do paciente.
Um bom profissional que procura programas como o PROGER pode ter condições de melhorar imensamente a vida de pessoas que sofrem com esse problema.