Rafa Brites

Rafa Brites passa por explante de próteses e afirma que procedimento não teve relação com ‘Doença do Silicone’

A apresentadora contou nas redes sociais que foi uma escolha estética e pessoal, mas defende que nunca teve problemas com a prótese. Cirurgião ex-presidente da SBCP, Dr. Luiz Haroldo Pereira comenta o caso desmistifica a doença que assombra quem deseja aumentar os seios

por Redação

Nos últimos anos houve um crescente movimento completamente na contramão do que vinha ocorrendo no universo da estética: o explante de próteses mamárias. No último fim de semana, a apresentadora Rafa Brites veio a público nas redes sociais contar que havia feito o procedimento que desejava desde a amamentação de seus dois filhos. Mas diferente da maioria das pacientes que optam por esse procedimento por medo da síndrome ASIA, Rafa afirmou nos stories: “Nunca tive problemas com o silicone, foi uma questão minha, com a minha própria história, minha própria trajetória, que me fez ter essa vontade de tirar”.

Desmistificando a famigerada “Doença do Silicone”, Dr. Luiz Haroldo Pereira comenta que a síndrome ASIA em sua maioria não tem ligação com as próteses e que o explante é válido quando é um desejo estético:

“Houve uma espécie de febre de explante nas mamas. Após a cirurgia, alguns pacientes de fato notam a melhora dos sintomas, possivelmente por cunho psicológico, mas depois de 8 ou 10 meses, eles vêm relatando o retorno daquela sintomatologia, mostrando que não havia ligação. Agora estão com os sintomas e insatisfeitos com a estética”, conta o cirurgião, regente do capítulo de lipoaspiração da SBPC.

O que é a ASIA?

A síndrome ASIA (Síndrome Autoimune/Inflamatória induzida por adjuvantes – elementos externos) é uma doença autoimune que pode gerar dores nas articulações, alergias de pele, fraqueza muscular, perda de memória, cansaço crônico, febre e entre outros sintomas. Diferente do que vem sendo propagado, ainda é uma descoberta muito recente e não existe comprovação de associação ao silicone. Além disso, os casos afirmativos ainda são raros.

“Essa doença pode ocorrer após diversas situações, como vacinas, por exemplo. E começou a se falar que o silicone poderia ser um agravante, ao ponto de chamarem de ‘Doença do Silicone’, o que não tem precedentes”, afirma o médico, com mais de 30 anos de experiência.

Os riscos reais do implante de silicone

De acordo com o Dr. Luiz Haroldo, as próteses de silicone vem se tornando cada vez mais seguras e não deve ocorrer sensacionalismo sobre elas, principalmente as próteses mamárias. “É curioso, porque não vimos o mesmo movimento acerca das próteses de glúteos e panturrilhas, por exemplo”.

“Vale lembrar que o silicone é um corpo estranho, embora com diversas comprovações através de estudos que mostram que ele não provoca muitas reações naturalmente”, diz o médico, que afirma que por ser um corpo estranho, é necessário se atentar ao tempo de troca, caso tenha alguma irregularidade.

“Podemos falar de 10 a 20 anos, dependendo de cada caso. As próteses mais novas têm uma validade cada vez maior”. Uma das complicações mais comuns é a contratura capsular. Ou seja, o endurecimento das mamas, o que irá requerer a troca da prótese, de preferência para o plano submuscular.

Além disso, estão entre os riscos reais algum tipo de sangramento imediatamente após a cirurgia, que pode ser facilmente controlado pelo seu cirurgião, ou, em último caso, uma infecção: “esse tipo de quadro é muito raro, mas nesse ponto, de fato o explante seria necessário, só sendo permitida uma nova prótese após 2 a 4 meses”.

Os riscos reais do explante do silicone

Para quem acha que retirar o silicone é uma decisão mais simples do que colocá-lo, se engana. Em primeiro lugar, segundo o médico, será necessária uma mamoplastia para corrigir a pele que estava adaptada ao tamanho da prótese. “Evidentemente se formará uma cicatriz em L ou em T, o que pode incomodar estéticamente”.

O achatamento mamário também é muito comum, o que pode dar ao seio o aspecto de “ovo frito”, de acordo com o Dr. Luiz Haroldo. “Podemos preencher o tecido com enxerto de gordura, uma técnica que aprimorei ao longo da minha carreira. Entretanto, o organismo tende a reabsorver essa gordura em cerca de 30%, então visualmente não irá resolver”.

Reimplante

O número de pacientes que querem voltar a ter suas próteses nos seios vem crescendo exponencialmente, segundo o médico. “Muitos vem sentindo a necessidade por não se sentirem bem esteticamente, além de não terem visto uma diferença verdadeira na saúde e acabam voltando para recolocar a protese”.

Para quem vai optar pelo novo implante, o médico tranquiliza. “Do ponto de vista cirúrgico, é um procedimento até mais simples, uma vez que a paciente já terá uma cicatriz ampla do explante”. Fora isso, a cirurgia consiste nas mesmas características da primeira: “Escolher a prótese, a posição sendo abaixo ou acima da musculatura e etc”.

O cuidado com os exames deverá ser redobrado, como em toda mulher que tem próteses nos seios. “Ressonância magnética, mamografia, tudo feito com uma boa frequência seguindo a recomendação médica”.

Saiba mais sobre Dr. Luiz Haroldo Pereira

Dr. Luiz Haroldo Pereira

Dr. Luiz Haroldo Pereira

Dr. Luiz Haroldo Pereira, que atende em Copacabana, no Rio de Janeiro, é referência em cirurgia corporal e facial no Brasil. O médico já foi presidente regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) do Rio Janeiro, participou da banca de exames para título de especialista em cirurgia plástica durante 12 anos e hoje é regente do capítulo de lipoaspiração da SBPC.

www.drluizharoldo.com.br/ 

Você pode gostar

Deixe um comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você concorda com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceito Leia mais

Share via