Raquel Anastásia estreia na TV após firmar seu nome no teatro

A atriz vai interpretar Ainoã em “Reis – A Consequência”, cuja oitava temporada começa a ser exibida no dia 17 de julho na Record

por Redação
Raquel Anastásia como Ainoã

Raquel Anastásia como Ainoã

Dizem que por trás de um grande homem há uma grande mulher. Certamente o ditado pode estar relacionado com o Antigo Testamento. Ainoã foi mais do que o grande amor do Rei Davi: foi seu esteio e principal conselheira durante o relacionamento de ambos. Ela já era empoderada quando o termo sequer existia. Essa mulher será interpretada na TV por uma atriz à altura. A paranaense Raquel Anastásia  vai viver Ainoã  na série Reis – A consequência, da TV Record, que chega à sua oitava temporada no dia 17 de julho. O papel marca a estreia da atriz na TV após dedicar-se ao teatro, onde, em quase 30 anos, trabalhou com grandes diretores como Antunes Filho (1929-2019) e Cibele Forjaz. O desempenho de Raquel poderá ser acompanhado nos dez primeiros capítulos da série, na qual faz par com Petrônio Gontijo, que vive um Davi amadurecido.

– Pego o bastão da atriz Jéssica Juttel para continuar contando essa linda história 15 anos depois – explica a atriz, sem esconder o entusiasmo com sua estreia na TV: – Atuar em “Reis- A Consequência” está sendo um novo e prazeroso desafio na minha trajetória.

A atriz criou há oito anos a companhia Santa Cacilda e apresentava em São Paulo o espetáculo “O coro dos amantes”, escrito pelo poeta português Tiago Rodrigues, quando foi chamada para um teste para o papel. A avaliação foi feita de forma remota e, aprovada, mudou-se para o Rio de Janeiro sem conhecer quase ninguém na cidade.

O fato não a amedrontou. Raquel sempre teve uma vida nômade. Ela tinha 19 anos quando deixou Maringá (PR), sua cidade natal, para estudar Artes Dramáticas em São Paulo. Concluído o curso, ingressou no Centro de Pesquisa Teatral (CPT), de Antunes Filho, atuando em espetáculos memoráveis como “Vereda da salvação” (1993), de Jorge Andrade (1922-1984), e “Gilgamesh” (1995).

E, recentemente, conciliou a vida artística com a acadêmica. O interesse pela performance, em especial pelos trabalhos de Ivo van Hove e Angélica Liddell, levou-a a fazer mestrado na Sorbonne Nouvelle, uma das mais conceituadas instituições de ensino da França.

– Com a pandemia, decidi voltar ao Brasil e continuar os estudos aqui. No meu último encontro presencial com meu orientador, ele me entregou livros com a recomendação, seguida de um voto de confiança: “Leve-os contigo ao Brasil. Qualquer dia você os devolve”. Parecia uma dessas cenas de filme sobre a Segunda Guerra – recorda-se a atriz.

A comparação nada tem de hipotética, pois a atriz tem incursões pela sétima arte. O curta “O que vem depois” (2014), dirigido por Marcio Rebelo, foi exibido no Festival de Cannes e participou de festivais na Mongólia e em cidades como São Paulo. Seu trabalho mais recente no formato é o longa “O monstro”, adaptado do conto de Sérgio Sant’Anna (1941-2020) e em fase de finalização.

Faltava a estreia na TV, e o tempo verbal está correto (e com seus dias contados).  O grande público poderá, a partir do dia 17, enfim conhecer uma atriz cuja vocação já é (re)conhecida por atores e diretores brasileiros.  O trabalho no cinema, onde há toda uma equipe trabalhando concomitantemente nos bastidores, fez com que Raquel não estranhasse o ambiente na TV, como ela conta:

– Há toda uma equipe trabalhando junto e concomitantemente a gravação da cena. É preciso calcular sabiamente o tempo para que, no momento em que o diretor grita o “gravando”, o estado exigido para a cena esteja na sua máxima plenitude.

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