Corisco (Chico Díaz), conhecido como Diabo Loiro, é famoso pela ferocidade, coragem e atratividade. Ele sequestra Dadá (Dira Paes) quando ela apenas tinha 12 anos, forçando-a a viver a árdua realidade do cangaço. A partir desse momento, a trajetória do cangaceiro muda drasticamente.
Corisco é visto como um pária que desafia forças divinas e destinado a expiar os pecados do mundo com violência. Inicialmente, Dadá o despreza, mas, à medida que enfrentam juntos desafios e batalhas, o sentimento se transforma em amor e humaniza Corisco, alterando seu destino. Assim, se desenrola uma história de amor impossível, que apresenta uma visão trágica e fascinante da complexidade do homem e do sertão.
A inspiração para levar para as telas o romance real vivido por Cristino Gomes da Silva Cleto, o Corisco, e Sérgia Ribeiro da Silva, a Dadá, se deu a partir do acesso de Rosemberg Cariry a uma entrevista concedida por Dadá em 1989, quando já estava em idade avançada. Desde então, a gestação do projeto durou aproximadamente cinco anos.
Celebrando o relançamento, Rosemberg Cariry diz que “ver o filme ‘Corisco e Dadá’ restaurado e exibido em 4K, em vários cinemas do Brasil, é um momento de grande alegria, pelo que esse filme representa, como proposição estética e marco da chamada retomada do cinema brasileiro, simbolizando a presença do cinema nordestino em muitos festivais nacionais e internacionais, com prêmios significativos”.
Responsável pela supervisão técnica da restauração, Petrus Cariry se entusiasma que a nova versão venha em um momento oportuno para também celebrar o audiovisual da terra de seu pai. “Fazer o relançamento do filme, com imagem em 4K e som 5.1 restaurados, é um momento de muita alegria. Lançar esse filme no mês do centenário do cinema cearense mostra a força e a beleza do nosso cinema”, comemora.
Rodado em diversas cidades do sertão do Ceará e de Pernambuco, “Corisco e Dadá” gerou grande repercussão tanto em festivais brasileiros quanto internacionais, a exemplo do Festival Internacional de Cinema de Toronto. Foram dezenas de prêmios e indicações, entre os quais o Kikito de Ouro de Melhor Ator para Chico Díaz no Festival de Gramado, o Troféu Candango de Melhor Atriz para Dira Paes no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e o Grand Coral para Rosemberg Cariry no Festival de Cinema em Havana.
A restauração do filme “Corisco e Dadá” foi realizada com apoio da Cinemateca do MAM – RJ, Arquivo Nacional, Link Digital, Iluminura Filmes, Sereia Filmes e Mapa Filmes, a partir de negativos de imagem e som originais.
Além da supervisão técnica, Petrus Cariry lidou com o color grading no processo de restauração, que também contou em sua equipe com produção executiva de Bárbara Cariry, assistência de produção por Alexandre Cariry, retoques digitais de Magno Guimarães, restauração de som e mixagem por Érico Paiva e scanner 4K feito por Aarão Martins.
DIREÇÃO E ROTEIRO: ROSEMBERG CARIRY
ELENCO: CHICO DIAZ, DIRA PAES, REGINA DOURADO, DENISE MILFONT, VIRGÍNIA CAVENDISH, ANTÔNIO LEITE, CHICO ALVES, B. DE PAIVA E MAIRA CARIRY
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: MARIA JURUENA DE MOURA E JEFFERSON DE ALBUQUERQUE JR
DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA: RONALDO NUNES
DIREÇÃO DE ARTE E FIGURINO: RENATO DANTAS E VALMIR DE AZEVEDO
MONTAGEM E EDIÇÃO DE SOM: SEVERINO DADÁ
MONTAGEM E EDIÇÃO DE SOM: SEVERINO DADÁ
TRILHA MUSICAL: TOINHO ALVES
SOM DIRETO: MÁRCIO CÂMARA
INFORMAÇÕES SOBRE A RESTAURAÇÃO DO CORISCO E DADÁ:
A RESTAURAÇÃO DO FILME “CORISCO E DADÁ” FOI REALIZADA COM APOIO DA CINEMATECA DO MAM – RJ, ARQUIVO NACIONAL, LINK DIGITAL, ILUMINURA FILMES, SEREIA FILMES E MAPA FILMES, A PARTIR DE NEGATIVOS DE IMAGEM E SOM ORIGINAIS.
PRODUÇÃO EXECUTIVA: BÁRBARA CARIRY
SCANNER 4K: AARÃO MARTINS
SUPERVISÃO TÉCNICA E COLOR GRADING: PETRUS CARIRY
RETOQUES DIGITAIS: MAGNO GUIMARÃES
RESTAURAÇÃO DE SOM E MIXAGEM: ÉRICO PAIVA
ASSISTENTE DE PRODUÇÃO: ALEXANDRE CARIRY
DISTRIBUIÇÃO: SEREIA FILMES
| SINOPSE
O capitão Corisco é um condenado de Deus, cuja missão é lavar com sangue os pecados do mundo. Um dia ele rapta Dadá e suas vidas mudam completamente. Diante da morte de um filho, tomado de fúria, Corisco rompe com Deus e Dadá tenta salvá-lo do abismo do ódio, mas o terrível destino não tarda a chegar.
| PRINCIPAIS FESTIVAIS E PRÊMIOS
TIFF – TORONTO INTERNATIONAL FILM FESTIVAL -1996
(SELEÇÃO OFICIAL)
PALMS SPRINGS INTERNATIONAL FILM FESTIVAL – 1996
(SELEÇÃO OFICIAL)
PUERTO RICO INTERNATIONAL FILM FESTIVAL – 1996
(SELEÇÃO OFICIAL)
ANKARA INTERNATIONAL FILM FESTIVAL – 1997
(SELEÇÃO OFICIAL)
FESTIVAL DO NOVO CINEMA LATINO-AMERICANO DE LA HAVANA, CUBA -1996
(GRANDE CORAL – 3. PRÊMIO GERAL E MELHOR MONTAGEM)
XXIV FESTIVAL DE CINEMA LATINO E BRASILEIRO DE GRAMADO
(MELHOR ATOR)
IV FESTIVAL DE CINEMA E VÍDEO DE CUIABÁ
(MELHOR FILME – JÚRI POPULAR, MELHOR ATOR E MELHOR ATRIZ)
XXIX FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO
(MELHOR ATRIZ)
CHICAGO LATINO FILM FESTIVAL – 1997
(SELEÇÃO OFICIAL)
VIII FESTIVAL DE CINEMA BRASILEIRO DE NATAL
(MELHOR FIGURINO)
| FILMOGRAFIA DO DIRETOR
OS ESCRAVOS DE JÓ (LONGA-METRAGEM – FICÇÃO – 2020)
NOTÍCIAS DO FIM DO MUNDO (LONGA-METRAGEM – FICÇÃO – 2019)
OS POBRES DIABOS (LONGA-METRAGEM – FICÇÃO – 2013)
CEGO ADERALDO – O CANTADOR E O MITO (LONGA-METRAGEM – DOCUMENTÁRIO – 2011)
SIRI-ARÁ (LONGA-METRAGEM – FICÇÃO – 2008)
PATATIVA DO ASSARÉ: AVE POESIA (LONGA-METRAGEM – DOCUMENTÁRIO – 2007)
CINE TAPUIA (LONGA-METRAGEM – FICÇÃO – 2006)
LUA CAMBARÁ – NAS ESCADARIAS DO PALÁCIO (LONGA-METRAGEM – FICÇÃO – 2002)
JUAZEIRO – A NOVA JERUSALÉM (LONGA-METRAGEM – DOCUMENTÁRIO – 2001)
CORISCO E DADÁ (LONGA-METRAGEM – FICÇÃO – 1996)
A SAGA DO GUERREIRO ALUMIOSO (LONGA-METRAGEM – FICÇÃO – 1993)
O CALDEIRÃO DA SANTA CRUZ DO DESERTO (LONGA-METRAGEM – DOCUMENTÁRIO – 1986)
| BIOGRAFIA DO DIRETOR
Rosemberg Cariry, nasceu em Farias Brito, no Ceará, em 1953. É diretor, roteirista e produtor. Começou sua carreira cinematográfica em 1975 e na década de oitenta estreou na direção do longa-metragem “O Caldeirão da Santa Cruz do Deserto” (1986). Nos anos 1990, dirigiu “A Saga do Guerreiro Alumioso” (1993) e “Corisco e Dadá” (1996). Nos anos 2000, realizou 5 longas-metragens sendo os mais expressivos “Lua Cambara – As Escadarias do Palácio” (2002), “Patativa do Assaré: Ave Poesia” (2007) e “Siri-ará” (2008). Dirigiu também “Os Pobres Diabos” (2013), “Notícias do Fim do Mundo” (2019) e “Os Escravos de Jó” (2020). Com seus filmes, participou de festivais nacionais e internacionais, conquistando vários prêmios. Foi diretor de entidades representativas do audiovisual e membro do Conselho Superior de Cinema. É formado em Filosofia, com Doutorado em Educação Artística pela Universidade do Porto e Universidade de Lisboa. Atualmente faz Pós-doutorado na Universidade do Porto.