O Rio de Janeiro vai sediar no próximo dia 18 de julho, às 18h, no auditório do AquaRio, o lançamento do projeto “Tubarões e Raias Cariocas”, que pretende envolver mergulhadores, pescadores, caçadores submarinos, banhistas e esportistas no monitoramento desses animais ao longo da costa fluminense.
A iniciativa vai criar um banco de dados colaborativo e de acesso público a partir de fotos e vídeos enviados pela população por meio de formulário online acessado via QR Code ou diretamente pelo Link. As imagens e informações desses encontros, como fotos do corpo, do ventre ou da cabeça dos animais, ajudam a identificar espécie, sexo e estágio de desenvolvimento, mostrando onde e como usam os ambientes costeiros do Rio de Janeiro.
Predadores essenciais para o equilíbrio dos oceanos, tubarões, quimeras e raias ajudam a manter teias alimentares que sustentam atividades como pesca e turismo, além de garantir a segurança alimentar de populações de baixa renda que dependem de ecossistemas sadios. Mesmo assim, 37% das espécies avaliadas estão ameaçadas de extinção, resultado de décadas de pesca excessiva e degradação ambiental.
Reconhecida em 2025 pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) como Área Importante para Tubarões e Raias (ISRA), a costa metropolitana do Rio de Janeiro abriga uma grande diversidade desses animais e a Baía de Guanabara ainda funciona como berçário para várias espécies, como a raia-borboleta (Gymnura altavela).
O projeto é realizado pelo Instituto Museu Aquário Marinho do Rio de Janeiro (IMAM-AquaRio), pelo Laboratório de Biologia e Tecnologia Pesqueira (BioTecPesca), do Instituto de Biologia da UFRJ e pela Euceano.org.
