Rita Benneditto faz única apresentação de Tecnomacumba no Teatro Claro Rio

Cantora se apresenta no sábado, dia 21, às 21h. em Copacabana.

por Redação
Rita Benneditto

Após sua passagem arrebatadora pelo carnaval carioca na escola campeã Grande Rio, a cantora Rita Benneditto retorna ao palco do Teatro Claro Rio, no próximo sábado (21), às 21h, para apresentar seu aclamado show Tecnomacumba.

O ano de 2003 representa um marco na vida de Rita Benneditto. Na ocasião, a cantora maranhense, cujo timbre é um dos mais expressivos da nossa música, estreava um show no qual jogava luz sobre aspectos da nossa ancestralidade – e que muito dizem da nossa identidade enquanto Cultura e Nação. O show era o Tecnomacumba e o nome não poderia ser mais apropriado. No repertório, pontos e rezas ligados às religiões de matrizes africanas mesclados a temas da MPB, de autores como Gilberto Gil e Jorge Ben, em que entidades-símbolos da nossa fé são louvados/evocados. Tudo isso apresentado com arranjos modernos, em roupagem eletrônica, que saía então dos clubes e ganhava de vez as pistas mundo afora. E a iniciativa rendeu frutos: 1) são três os registros, um de estúdio e dois ao vivo, sendo um deles em DVD); 2) foi longe (até em Dakar, no Senegal, o show já foi visto); 3) rendeu prêmios como o Rival Petrobras (show) e o da Música Brasileira (melhor cantora). Por uma coisa a artista não esperava: que o show seria apresentado durante 18 anos e não dá sinais de esmorecer.

Com o show, Rita provou que o elo que une nossa música à eletrônica tem como alicerce o bater dos tambores, cujos ecos reverberam para além dos terreiros, passando pelas patuscadas e rodas de samba (de roda) que animam os fundos de quintal de aqui, no Recôncavo ou nos rincões do Brasil. Acontece que um show é também um organismo vivo. E pulsa. Ao longo desse tempo, Tecnomacumba não se manteve estático. Não em se tratando de Rita Benneditto. O show amadureceu – assim como sua intérprete – e possibilitou a ela experimentar, ousar e, por que não, reinventar-se.

E as transformações são em muitos aspectos. O mais nítido deles talvez seja o repertório, que foi dando lugar a temas e canções como “De mina” (Josias Sobrinho), “Mamãe Oxum” (Domínio Público) e, a mais recente delas, “7Marias”, composição da própria Rita em parceria com Felipe Pinaud e lançada em 2018, quando o show completou 15 anos. Hoje o videoclipe “7Marias” já está atingindo a marca de 3 milhões de visualizações.

Outra das transformações pelas quais o show passou é em relação à sonoridade. A banda Cavaleiros de Aruanda, que acompanha a artista desde a estreia do projeto, conta agora com os músicos Fred Ferreira (guitarras e vocais), Fabinho Ferreira (baixo e vocais), Ronaldo Silva (bateria, programações e vocais) e Junior Crispim(percussões e vocais)

A longevidade desse bem-sucedido projeto pode ser explicada a partir da junção de alguns fatores cruciais. O primeiro deles talvez seja a perseverança. Da artista, dos músicos e da equipe por ele responsável. Perseverança que ganhou da crítica a acolhida necessária para seguir adiante. E que encontrou no contato com o público a guarida para ir além. Muitos são os espectadores que já perderam a conta das vezes que assistiram ao show. E entre os fãs do projeto estão grandes colegas de cena e de ofício. Gente como Maria Bethânia (que participou do CD ao vivo e do DVD), Alcione, Ney Matogrosso, Leci Brandão, Sandra de Sá, Margareth Menezes e companheiros de geração como Daúde, Teresa Cristina, Mart’ nália, Marcos Suzano, Davi Moraes, Zeca Baleiro, entre outros.

Entre os colegas ilustres que reconhecem o talento da artista está o cantor e compositor Caetano Veloso. No texto escrito para o DVD do show, o baiano não só destaca as qualidades vocais da intérprete como confirma sua fama de visionário ao prenunciar: “Este disco tem um futuro intrigante e pode vir a dizer mais do que parece agora”. Caetano tinha (e tem) razão. O projeto não só disse como diz ainda muito sobre um país que não pode ser perdido, apagado. Ainda mais (e sobretudo) no Brasil de agora.

SERVIÇO:

Rita Benneditto – Tecnomacumba

  • Local: Teatro Claro Rio – Rua Siqueira Campos, 143 – 2º piso – Copacabana.
  • Dia: 21 de maio – sábado
  • Horário: 21h
  • Ingresso: R$ 60,00 (plateia e frisa) R$ 80,00
  • Vendashttps://bileto.sympla.com.br/event/73033/d/136931
  • Capacidade: 659 lugares
  • Classificação: 18 anos.
  • Duração: 90 minutos

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