FOTO Por EDSON PAES e DIREÇÃO de FOTOGRAFIA SANDRA CALAÇA

Sambada de Mulher recebe indígenas da Aldeia Maraka’nã nos Arcos da Lapa

Lapa recebe indígenas da Aldeia Maraka’nã em mais uma edição do Sambada de Mulher, projeto que promove o protagonismo feminino frente aos brinquedos tradicionais brasileiros e reafirma o território da Cultura Popular no coração festivo, turístico e boêmio do Rio

por Redação

Elas cantam, tocam, dançam e fazem a Cultura Popular acontecer no coração turístico e boêmio do Rio.  É o projeto Sambada de Mulher, contemplado no edital FOCA/2022, que traz a Roda de Coco, o Jongo, o Maracatu, o Tambor de Crioula, a Roda de Maracás para a cena carioca, dando visibilidade ao protagonismo feminino nas manifestações populares. Idealizado pelo Grupo Zanzar, que há dez anos ocupa os Arcos da Lapa com a Roda de Coco, na última quinta-feira de cada mês, o projeto promove um intercâmbio com outros coletivos liderados por mulheres. 

O Sambada de Mulher conecta o Zanzar com mais cinco grupos. No primeiro semestre estão programadas três rodas do projeto. No primeiro encontro, em abril, receberam as Brincantes da Pedra Branca, que trouxeram cocos autorais feitos na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Na próxima quinta-feira, 29 de junho, são as mulheres da Aldeia Maraka’nã, que vão trazer a Roda de Maracás, puxada pelas indígenas, unindo e fortalecendo a cultura ancestral desse coletivo.

No segundo semestre os encontros continuam com As Três Marias, em setembro, e Baque de Mulher, em novembro.  “No intercâmbio de linguagem dos diversos brinquedos a acontecer nas rodas, vamos firmar espaço de visibilidade da cultura popular, fortalecendo as mulheres das comunidades do brincar, como protagonistas de suas práticas, no contexto carioca” destaca Laís Bernardes, coordenadora artística e fundadora do Grupo Zanzar.

Ainda no segundo semestre tem oficina do Grupo Zanzar e trocas de saberes em parceria com a Lona Cultural da Maré e a Redes da Maré. Em dezembro, numa segunda-feira, com data a ser definida, o Sambada de Mulher reúne todas, todes e todos os participantes dos brinquedos que participaram das Rodas ao longo do ano no Circo Voador, sua casa, onde recebe suas/seus brincantes para continuar desenvolvendo as pesquisas, trocas e novos aprendizados sobre a dança, a música, e as vivências da Cultura Popular do Brasil. 

O Grupo Zanzar é um coletivo de Cultura Popular que busca ocupar espaços da cidade de forma ampla e democrática. Desde 2005 é residente no Circo Voador com oficinas semanais de danças e ritmos tradicionais brasileiros, num espaço permanente de prática e pesquisa em um dos mais importantes equipamentos de difusão de cultura da cidade do Rio de Janeiro. 

Sambada de Mulher é um dos projetos contemplados pelo edital FOCA/2022, por meio da Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura do Rio, com realização e parceria do Grupo Zanzar e Quero Bem Produções, que tem como fundadora Sandra Calaça. As rodas acontecem na última quinta-feira do mês, das 20:00 às 21:30. Para mais informações acompanhe a rede social do projeto @grupozanzar.

Laís Bernardes (Coordenação Artística)

Artista-brincante, pesquisadora e fundadora do Grupo Zanzar, coletivo cultural residente há 18 anos no Circo Voador/ RJ. Professora Assistente II nos cursos superiores de Dança e Educação Física (UFRJ). Pesquisadora com ênfase em Danças Tradicionais e Populares Brasileiras, Corpo e Sociedade (GrupAR e Gecos). Doutoranda em Educação Física (UFRJ), mestra em Memória Social (Uni-Rio), pós-graduada em Dança (UFBA), licenciada em Educação Física (UFRJ) e dançarina-coreógrafa formada pela Escola Angel Vianna (EAV). Dinamizadora de oficinas de corpo e movimento pelas Prefeituras do Rio de Janeiro, Casimiro de Abreu, Duque de Caxias e Volta Redonda. Intérprete-colaboradora em diversos trabalhos artísticos junto à Companhia Folclórica do Rio / UFRJ, Trupe do Passo, Os Dois Cia de Dança, Marcio Cunha Dança Contemporânea e Coletivo de Artistas /RJ. Integra o Pastoril Céu na Terra como pastora e diretora de movimentos.

Negadeza (Direção Musical) 

Percussionista, cantora, compositora nascida em Recife e criada em Olinda/PE. É filha de Aurinha do Coco e neta de Selma do Coco, duas representantes  da Cultura Popular Brasileira. Iniciou  sua trajetória  musical ainda criança, estreando no palco com Luz e público aos 10 anos de idade, daí não  parou mais, bebendo na fonte com maestros e maestrinas, entre eles Naná Vasconcelos, Galo Preto, Zé  Neguinho do Coco, Glorinha do Coco, Cila, Célia. Também tem participações com vários artistas como: Amelinha, Belchior,  Cátia de França , Gil, Amelinha, Paulo Moura, Dominguinhos, Lenine, Geraldo Azevedo.

Sandra Calaça (Produtora)

Alagoana de Maceió, radicada há 24 anos no Rio de Janeiro. Atriz, fotógrafa, diretora de teatro e cinema, roteirista, ecochef de cozinha, arte-educadora, pesquisadora. Fundadora da Quero Bem e do Grupo Quadrante. Desde 2013, utiliza o alimento como mais uma de suas ferramentas para arte. 2023 Idealizadora e diretora do projeto pelo edital da SECEC – Desenvolve Cultura 2 – “Rio + 200, fotografia itinerante: Rio de Janeiro – Vitrine da Nação”, projeto de artes visuais sobre os 200 anos da Independência do Brasil; Produz “Sambada de Mulher” projeto de arte popular aprovado pelo edital de Secretária de Cultura do Município do Rio de Janeiro – FOCA, projeto este em parceria com o Grupo Zanzar. 2022 dirigi e produz as websérie “Mãos de Camille”, Bem que Raul já dizia” e “Em Casa com Afonso e muitos Xodós”; dirige o espetáculo presencial “A Filha da Virgem” que ainda circula pelos teatros do RJ em 2023. 2021, participa do Festival de Cinema – É tudo Criança (MG) com o filme Terra que Fala – MACAXEIRA, Mandioca ou aipim?! Ela é nossa!, e no Circuito Nacional de Cinema, Penedo – AL, estreou o canal no Youtube Terra que Fala, que está no ar com 12 episódios, o projeto traz profissionais de todo o país, que traz a agroecologia e arte como condutora; Estreou o espetáculo A Filha da Virgem – On line, co-direção com Leo Carnevale, supervisão de Luiz Carlos Vasconcelos. 2020 jurada do primeiro concurso de culinária PANC no Brasil – LECEB/UFAL e foi contemplada com a Lei Emergencial Aldir Blanc (RJ). 2018 produziu, atuou e dirigiu o espetáculo “Camille Claudel – uma Mulher” – temporada na Casa de Cultura Laura Alvim.

CRONOGRAMA 

1º Encontro: 27 de abril – Brincantes da Pedra Branca (Roda de Coco)

2º Encontro: 25 de maio – Jongo da Lapa (Roda de Jongo) 

Jongo da Lapa – O grupo promove Roda de Jongo mensal na última quinta-feira do mês, debaixo dos Arcos da Lapa, na sequência da Roda de Coco do Grupo Zanzar. Fundado por Marcus Bárbaro, hoje é levado pelas mulheres, com Taís Agbara e Ricele Balthar na condução da manifestação. Outras presenças femininas se revezam nos tambores e puxam os pontos, assim como os homens do grupo, que são em menor número.

3º Encontro:  29 de junho – Aldeia Maraka’nà (Roda de Maracás)

Aldeia Maraka’nà – Comunidade de resistência indígena pluriétnica e intercultural do Rio de Janeiro, situada no bairro Maracanã, que propõe a vivência da Roda de Maracá. Puxada pelas mulheres indígenas, une e fortalece a cultura ancestral desse coletivo.

4º Encontro: 28 de setembro – As Três Marias (Roda de Tambor de Crioula)

As Três Marias – Grupo liderado por Juliana Manhães, projeta a cultura maranhense principalmente no Largo das Neves – Santa Tereza. Promove ações da tradição popular como Festa do Divino, levando a expressão do Tambor de Crioula, do Boi e do Cacuriá em suas manifestações. O Tambor de Crioula é uma brincadeira de roda onde dançam somente mulheres, aludindo o poder do ventre.

5º Encontro: 30 de novembro – Baque Mulher (Cortejo de Maracatu Nação)

Baque Mulher – Desenvolvido sob liderança da pernambucana Tenily Guian, formada pela primeira mestra mulher de Maracatu Nação, Joana Cavalcante (Comunidade do Bode, Recife – PE). O grupo Baque Mulher ocupa o casarão na Mem de Sá, promove cortejo de Maracatu somente de mulheres por toda a cidade, principalmente pela região central. Suas integrantes entoam, dentre outros, cantos autorais que evocam o poder feminino. 

6º Encontro: 1ª ou 2ª semana de dez – Sambada de Mulher  

Culminância do projeto Sambada de Mulher com todas/os as/os participantes dos brinquedos que participaram das Rodas ao longo do ano, integrantes dos grupos e demais numa vivência celebrativa e de integração. Um grande encontro envolvendo as expressões tradicionais das Rodas de Maracá, do Coco, Jongo, Tambor de Crioula e do Maracatu. 

Sambada de Mulher com todas/os as/os participantes dos brinquedos que participaram das Rodas ao longo do ano, integrantes dos grupos e demais numa vivência celebrativa e de integração. Um grande encontro envolvendo as expressões tradicionais das Rodas de Maracá, do Coco, Jongo, Tambor de Crioula e do Maracatu.

FICHA TÉCNICA

  • Realização: Quero Bem Produções e Grupo Zanzar
  • Idealização: Laís Bernardes, Renata Versari e Priscila Maia | Grupo Zanzar
  • Direção Artística: Laís Bernardes
  • Direção Musical: Negadeza
  • Coordenação Geral: Laís Bernardes
  • Coordenação Técnica: Cristiano Gonçalves | Cristiano Gonçalves Produções
  • Coordenação de Produção: Renata Versari
  • Assistência de Coordenação: Itana Gomes e Priscila Barros
  • Produção Executiva: Simone Ferreira e Marcelle Nascimento
  • Manutenção de Instrumentos musicais: Fritz Ribeiro
  • Criação das Saias: Simone Ferreira
  • Brincantes Zanzar: Itana Gomes, Marcelle Nascimento, Priscila Barros, Priscilla Maia, Renata Versari, Simone Ferreira
  • Grupos Convidados: Brincantes da Pedra Branca, Jongo da Lapa, Aldeia Maraka’nà, Três Marias e Baque Mulher
  • Cantora: Claudia Montelage 
  • Criação da Logo Marca | arte: Dani Ribeiro
  • Mídia social | Arte: Priscilla Maia
  • Assessoria de Imprensa:  Emanuela Palma
  • Fotografia Divulgação: Edson Paes e Sandra Calaça
  • Fotografia Rodas: Sandra Calaça
  • Videomaker/ Filmagem: João Wladimir e Mauro Kury 

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