Saulo Jennings inaugura a Casa do Saulo em São Paulo

Casa do Saulo - Foto: Agência Lour

Diretamente de Santarém, no Pará, a Casa do Saulo acaba de chegar a São Paulo, trazendo a tradição tapajônica para quem não teve a oportunidade de conhecer a região banhada pelo rio Tapajós, ou ainda, para quem deseja relembrar os ricos sabores e ingredientes amazônicos. Liderado pelo chef Saulo Jennings – que também é o responsável por outras cinco “Casas do Saulo”, entre Santarém, Belém e Rio de Janeiro -, no restaurante destacam-se preparos de peixe de água doce, como pirarucu, tambaqui, filhote e outras pescas de manejo sustentável. A valorização dos ingredientes regionais contempla ainda o uso das castanhas, ervas, temperos e frutas típicas do estado do Pará.

Segundo Saulo, os 15 anos de história não são um mistério: “trabalho duro, comida honesta, manejo sustentável, cardápio único e respeito a todos os envolvidos no processo – da pesca ao consumo”. Assim, o novo endereço conta com grande parte dos sucessos da casa ‘original’, como o famoso A Casa do Saulo, prato feito de filé de Pirarucu grelhado, molho de castanha do Pará, banana da terra e camarão rosa, finalizado com castanha torrada e cebolinha, acompanha arroz de chicória da Amazônia (R$ 129,90).

Casa do Saulo – Piracaia – Foto: Victor Alvarenga

Há ainda os pratos para compartilhar, como a Piracaia (R$ 249,90), peixe assado na brasa, que pode ser tambaqui, surubim, filhote, mapará ou ventrecha de Pirarucu, com acompanhamentos servidos à vontade, sendo banana-da-terra, arroz de chicória, vinagrete de feijão de Santarém, farofa e farinha de piracuí. “Meu desejo é que a cozinha amazônica chegue a mais pratos e a mais pessoas. A Casa do Saulo é lugar para descobrir – ou relembrar – sabores únicos e sair de ‘bucho’ cheio”, brinca o chef.

Sobremesas clássicas ganham toque original paraense na Casa do Saulo SP, como o Tiramisù de Bacuri, em que o creme de queijo recebe a saborosa acidez da fruta (R$ 44,90). Na coquetelaria, o destaque vai para os autorais Tacacá Drink, que leva cachaça de jambu, tucupi, xarope de chicória e mix cítrico alcoólico (R$ 49,90), e o Taperebá Mule, feito de vodca, suco de limão taiti, gengibre com mel e espuma de taperebá (R$ 45,90). Além disso, a casa conta com uma lojinha, em que é possível encontrar louças, perfumes, temperos e decorações, todas trazidas diretamente do Pará, e o famoso chocolate da Dona Nena, diretamente da Ilha do Combu.

Trabalho junto às comunidades

Semanalmente, chegam em São Paulo caixas térmicas recheadas de pirarucu, tambaqui, feijão de Santarém, jambu, farinha de mandioca, cupuaçu, taperebá, tucupi e muito outros ingredientes diretamente de Santarém, no Pará, onde mantém um frigorífico próprio. As dezenas de toneladas de peixe consumidas por mês nos restaurantes, são fruto de uma articulação cuidadosa e próxima com a comunidade produtora local. Pequenos produtores engajados em garantir o manejo sustentável e inspirados a incentivar a bioeconomia.

“Antes de ser um cozinheiro, gosto de dizer que sou um ativista. São centenas de famílias preocupadas em preservação das espécies, respeito ao alimento e manejo responsável. Uso produtos de mais de 100 famílias. Meu trabalho envolve resgatar, valorizar e devolver a qualidade de vida a esses produtores”, destaca Saulo.

O chef

Chef Saulo Jennings – Foto: Victor Alvarenga

“Caboco do Tapajós”, como se descreve Saulo Jennings, começou a cozinhar aos 15 anos, época em que também dava aulas de Kitesurf nas praias do Tapajós e, ao fim das aulas, cozinhava para os alunos. Foi então que abriu as portas da sua casa, chamou 20 pessoas e inaugurou a Casa do Saulo. Com a crescente demanda, mudou de local, aumentou para 450 lugares, e hoje, com quase 15 anos de história atende até 360 pessoas por vez.

Saulo conta que é um “homem de oportunidades”, e que todos os restaurantes que abriu após o sucesso da primeira casa vieram de oportunidades e convites feitos a ele em outras localidades. Ele também é proprietário de três restaurantes no Pará, um no Rio de Janeiro (dentro do Museu do Amanhã), o caçula paulistano, um frigorífico, que fornece insumos para todas as casas, um hotel de selva com bangalôs e dois barcos que saem pelas águas da região a fim de um turismo de imersão. E as novidades não param por aí: ainda em 2024, estão previstos a inauguração de um restaurante-escola em Belterra – PA e uma nova pousada em Alter do Chão.

SERVIÇO
R. Gomes de Carvalho, 1666, Vila Olímpia
Reservas: 11 97641-0159
Seg. a sex., das 11h30 às 15h e das 19h às 23h; sáb. das 12h às 16h e das 19h às 23h; dom., das 12h às 17h
Possui acessibilidade
@casadosaulosp

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