Trio Martin Pizzarelli

Shows de Jazz no Rio de Janeiro na semana do dia internacional do jazz: Martin Pizzarellei Trio no Manouche e Jonathan Ferr em Madureira

por Redação

Na sexta, 28 de abril, é dia do Manouche abrir as portas para o Martin Pizzarelli Trio, que reúne o contrabaixista acústico – respectivamente filho e irmão das lendas Bucky e John Pizzarelli – mais o pianista Larry Fuller e o cantor e guitarrista brasileiro Ricardo Baldacci, que voltam para turnê pela segunda vez em várias cidades ao Brasil e na América Latina, pelo Rio Santos Jazz Fest.

O trio sem bateria, a-la Nat King Cole, de maneira moderna e com muita propriedade, interpreta os clássicos do swing, estilo popular de jazz, que foi base para difusão do cancioneiro popular norte-americano e celeiro para grandes improvisadores do estilo.

Os três têm, e muito, pedigree no jazz. Martin Pizzarelli é, como citado acima, filho e irmão das lendas Bucky e John Pizzarelli, Larry Fuller, incendiário pianista de ícones do jazz como Ray Brown, Ernestine Anderson e o próprio John Pizzarelli, e o cantor e guitarrista Ricardo Baldacci, é brasileiro com enorme carreira internacional e amplo domínio do idioma do swing.

O grupo é fruto do álbum “Brothers in Swing”, feito em Nova Iorque em 2015, que contava também com Baldacci como líder, o pianista australiano Konrad Pazskudzki e o lendário e saudoso guitarrista de jazz norte-americano Bucky Pizzarelli, falecido em 2020 aos 94 anos. Partindo do repertório do seu álbum de estreia, “Spot on Swing”, o trio apresenta suas swingadas releituras de clássicos como “Stormy Monday”“Body and soul” e “Sweet Lorraine”, entre outros.

Nascido em Paterson, Nova Jersey, Martin Pizzarelli é filho de Bucky Pizzarelli e irmão mais novo de John Pizzarelli. Martin viajou o mundo ao lado do irmão fazendo parte do John Pizzarelli Trio e do John Pizzarelli Quarteto por décadas. O contrabaixista coleciona dezenas de discos gravados, a maioria na companhia de pianistas como Larry Fuller e Ray Kennedy. Seu estilo de tocar contrabaixo frequentemente é comparado aos seus ídolos Milton Hinton e Ray Brown.

Natural de Toledo, Ohio, Larry Fuller é considerado como um dos melhores pianistas de jazz da sua geração. Por anos, acompanhou o lendário contrabaixista Ray Brown, o baterista Jeff Hamilton e o cantor-guitarrista John Pizzarelli. Seu trabalho como pianista e diretor musical com a icônica cantora Ernestine Anderson foi indicado ao Grammy.

Ricardo Baldacci é natural de São Paulo, em sua jovem carreira tem dois discos lançados e apresentações memoráveis nos EUA, Suécia, Paraguai e Argentina. Baldacci já foi citado como referência do Swing Jazz no Brasil. Seu estilo de tocar já foi comparado a John e Bucky Pizzarelli e seu jeito de cantar faz referência a Nat King Cole. No projeto “Spot on Swing”, Baldacci tem a chance de tocar lado a lado com os seus ídolos.

Vídeos: 

https://www.youtube.com/watch?v=8KsSwqKf0Rk – The Way You Look Tonight

https://www.youtube.com/watch?v=WYwVcQCCeBk – Sweet Lorraine

Ouvir o álbum: https://music.apple.com/us/album/spot-on-swing/1438008591

@martinpizzarellitrio

Manouche – (Rua Jardim Botânico, 983 – subsolo da Casa Camolese/Jd. Botânico) – Sexta, dia 28/04, às 21h – Ingressos: R$ 100,00 (solidário com 1 kg de alimento não perecível, estudante e idoso) e R$ 200,00 (inteira) – Vendas:  https://linktr.ee/clubemanouche

JONATHAN FERR EM MADUREIRA

JONATHAN FERR

JONATHAN FERR

Já no domingo, dia 30/04, a festa vai ser ao ar livre, gratuita, no dia da comemoração internacional do jazz. O cantor e pianista Jonathan Ferr, um dos principais nomes do jazz nacional contemporâneo, faz show no Parque de Madureira pelo projeto Sai da Rede, apresentando o repertório do álbum “Liberdade” (2022), seu trabalho mais recente, em que aposta no urban jazz, o jazz misturado a outros ritmos negros.

Madureira é o bairro em que nasceu esse carioca talentoso de 34 quatro anos e que luta para popularizar o jazz na periferia e também ampliar o alcance do gênero mesclando-o com r&b, hip-hop, música eletrônica e outras sonoridades urbanas.

A história dele é ótima: começou a se interessar pelo piano ainda criança, assistindo ao programa “Pianíssimo”, de Pedrinho Mattar, na Rede Vida, com seus pais. Aos oito anos, ganhou um tecladinho e começou a dedilhar as primeiras notas, inspirado em Tom Jobim. Na adolescência, se apaixonou pelo álbum “A Love Supreme”, de John Coltrane, e decidiu que seria músico de jazz. A profissionalização viria alguns anos depois, ao ganhar uma bolsa e se formar na Escola de Música Villa-Lobos, no Rio.

Chamado de “garoto estandarte do jazz” pelo jornal El País, Jonathan mistura música, moda e cinema, e, a cada nova empreitada artística, ele nos prova porque é um dos artistas mais inovadores da nova cena do jazz brasileiro. Com seu inovador urban jazz vem quebrando as percepções de público e trazendo um jazz acessível. Suas produções são baseadas na filosofia do afro-futurismo, inspirado no americano Sun Ra, compositor de jazz e filósofo pioneiro dessas ideias, em que o movimento usa elementos da ficção científica para se expressar em percepções e projeções dos negros no mundo futurista, colocando-se sempre em protagonismo.

Liberdade” é uma performance elétrica de Jonathan ao lado de seu quinteto formado por: bateria (Maikon Pereira), baixo (Rerisson Luz), teclado (Jonatas Oliveira) e sax (Alex Sá), enquanto Ferr segue no vocoder, piano, synth e outras surpresas. Nesse show vai mesclar músicas dos álbuns “Cura”“Trilogia do Amor” e do novo “Liberdade”, em que, além de tocar, ele também canta em algumas canções, além de assinar a autoria das letras, hora sozinho e outras em parceria, uma das novidades neste trabalho, que traz 10 faixas, das quais nove são inéditas e 90% cantado por mulheres: a baiana Luedji Luna, Tássia Reis, Kaê Guajajara e a jovem rapper paulista Stefanie, entre outras. Estarão lá canções desse novo trabalho como “Correnteza”, uma produção puramente instrumental, e “Meu Sol”, parceria com rimas do rapper Rashid – que ganhou videoclipe com roteiro de Ferr, que também assina a co-direção ao lado de Leo Ferraz. O ator Aílton Graça é o protagonista, que aposta em uma narrativa sobre a posse do primeiro presidente negro do Brasil.

Ferr coleciona elogios de público e crítica. Com esse jeitão profético e uma excelência no piano, que levanta toda a plateia, Jonathan é um sopro de renovação no jazz no Brasil, país onde o gênero sempre foi visto como elitista — ao contrário dos Estados Unidos, em que suas raízes remontam à música negra de Nova Orleans no início do século XX.

https://www.youtube.com/results?search_query=jonathan+ferr

@jonathanferr_oficial

Arena Fernando Torres – Parque Madureira – Rua Bernardino de Andrade, 200. Dom. (30), 17h. Grátis.

Você pode gostar

Deixe um comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você concorda com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceito Leia mais

Share via