Solo teatral “PAI” retorna dia 22 de julho ao Sesc Copacabana após temporadas de sucesso no Rio e em São Paulo

PAI - Guilherme Logullo - Foto; Dan Coelho

Após uma temporada com ingressos esgotados no Rio de Janeiro e uma bem-sucedida passagem por São Paulo, o solo teatral “PAI” retorna à capital fluminense para nova temporada na Sala Multiuso do Sesc Copacabana. As apresentações acontecem terças e quartas, às 19h, de 22 de julho a 27 de agosto. Nos dias 12 e 13 de agosto, não haverá sessões. Com uma performance visceral idealizada e protagonizada por Guilherme Logullo, o espetáculo tem direção de Arthur Makaryan — nome em ascensão na cena teatral nova-iorquina — e propõe uma experiência cênica impactante e comovente sobre os traumas herdados de relações com figuras paternas abusivas.

Com base em vivências reais, “PAI” costura memórias íntimas com elementos do teatro do absurdo, da dança Butoh e da autoficção, resultando em uma narrativa potente, sensível e artisticamente provocadora.

“Quis trazer à tona o espetáculo para dar novos significados às vivências paternas violentas e difíceis que enfrentei em minha vida. De alguma forma, transformando isso em arte, em teatro, eu ganho força, libertação e clareza de tudo que vivi. Muito além de expor e compartilhar tais experiências, o objetivo é provocar mudanças e gerar aprendizado”, explica Logullo

Em cena, Logullo dá vida a um homem isolado em um espaço cru, onde passado e presente se fundem em uma jornada marcada por violência, silêncios, gestos de controle e fugazes demonstrações de afeto. O solo convida o espectador a refletir sobre o impacto das ausências e violências paternas, ao mesmo tempo em que oferece um caminho de reconstrução e possibilidade de cura.

“Muito além de expor, meu desejo é ressignificar. Transformar a dor em arte e abrir caminhos de libertação”, comenta Guilherme Logullo.

Talento promissor dos palcos de Nova York, Arthur Makaryan assume a direção

Para conduzir a direção da peça, Logullo convidou um dos nomes que mais vêm chamando a atenção nos palcos de Nova York, o armênio Arthur Makaryan, que fez sua primeira incursão no teatro brasileiro com esse solo. Makaryan trabalha há 10 anos como diretor de teatro em Nova York e foi diretor bolsista de espaços aclamados como a The Juilliard School. Estudou e atuou em escolas de teatro renomadas como a Grotowski Institute na Polônia, a Suzuki Company no Japão, o Odin Teatret na Dinamarca e o Théâtre de l’Opprimé (Teatro do Oprimido), na França, onde trabalhou com o premiado diretor ítalo-brasileiro Rui Frati.

“Assim que soube do projeto, senti uma faísca, uma vontade de fazer. Sinto que o Guilherme está profundamente comprometido com este trabalho e há tempos eu queria fazer uma peça mais íntima, porque estar em Nova York significa sempre produzir algo muito grandioso, então, esta é uma oportunidade para mostrar criatividade e outras facetas, mais profundas e reflexivas”, revela Makaryan.

Logullo e Arthur criaram, juntos, o argumento e a dramaturgia do projeto, em um processo de residência artística de um mês, no Rio de Janeiro. Entre os elementos da criação artística da peça, está o teatro do absurdo e os seus temas que desafiam as convenções teatrais tradicionais.

“O processo de criação foi parecido com uma colagem, com as cenas surgindo aos poucos. Juntos, nós fomos juntando as peças, criando as cenas e as mensagens que queríamos transmitir, para produzir algo lindo e realmente marcante para o público”, conclui Makaryan.

A direção de produção é de Guilherme Logullo, a cenografia de Marieta Spada, os figurinos de Karen Brusttolin, o desenho de luz de Paulo Denizot, a música original de João Paulo Mendonça e a realização da Luar de Abril.

Sinopse:

PAI, inspirado em uma história real, é um solo que acompanha a jornada de um homem confrontando os impactos duradouros dos abusos que sofreu nas mãos de suas figuras paternas. Em um espaço cru, impregnado de memória, ele revive episódios de violência, rituais, vergonha e silêncios — marcados por gestos de controle, crueldade e ternura fugidia.

GUILHERME LOGULLO:

É um multiartista formado em teatro musical pela London Studio Centre e jornalismo pela universidade Estácio. Produziu e protagonizou o musical escrito por Gabriel Chalita, “Nelson Gonçalves, o amor e o tempo”. Sua produção mais recente foi a peça “Entre Franciscos, o Santo e o Papa”, estrelada por Paulo Gorgulho e Cesar Mello. É criador do Podcast “Eu Ator”, onde conversa com colegas de ofício. Entre os convidados estão nomes como Tony Ramos, Deborah Evelyn, Paulo Betti, Dennis Carvalho, Luiz Fernando Guimarães, Totia Meireles, entre outros. Na TV atuou nas novelas “Babilônia” e “Rock Story”, ambas sob a direção de Dennis Carvalho. No streaming participou das séries “O Coro” da Disney Plus e “Homens?” da Amazon. No teatro participou dos musicais “Nelson Gonçalves, o amor e o tempo”, “Pippin”, “Bibi, uma vida em musical”, “Chicago”, “Barnum, o rei do show”, “Copacabana Palace, o musical”, “Elis, a musical”, “A Bela e a Fera”, “West Side Story” e “Kiss me Kate, o beijo da megera”.

ARTHUR MAKARYAN:

Nascido na Armênia, Arthur Makaryan é diretor, produtor e fundador da Arté Makar Productions, baseado em Nova York. Recebeu uma bolsa de estudos em direção na Juilliard em 2017-18 e possui mestrado em direção pela Columbia University (MFA) e pela Sorbonne University (MA). Seus créditos recentes incluem “Hamlet Machine”, que fez turnê na Armênia, Lituânia, Rússia, Moldávia, França e EUA (off-Broadway) e “Black Garden” em Paris e Nova York, bem como “The Censorship of Dreams”, que está programado para uma temporada de 3 semanas no La Mama Theatre na primavera de 2026. Formado no Grotowski Institute na Polônia, Suzuki Company no Japão, Odin Teatret na Dinamarca e Theatre of the Oppressed na França, Arthur traz uma abordagem versátil para seu ensino e prática artística que une tradição com inovação. Ele foi assistente de grandes nomes como Ivo van Hove no Toneelgroep, Stephen Wadsworth no The Met, Darren Katz na Broadway e foi recentemente convidado para falar no 28º Simpósio Internacional de Artes Eletrônicas em Paris. Ele também está agendado para falar na TransCultural Exchange International Conference em Cambridge,MA, em março de 2025. Nos últimos 4 anos, ele atuou como professor adjunto em Artes Cênicas na NY Arts Program, administrado pela Ohio-Wesleyan University. Como parte dessa função, ele é frequentemente convidado para conduzir masterclasses de atuação e direção em várias faculdades nos EUA.

FICHA TÉCNICA:

  • Texto: Arthur Makaryan e Guilherme Logullo
  • Direção: Arthur Makaryan
  • Atuação: Guilherme Logullo
  • Figurino: Karen Brusttolin
  • Cenografia: Marieta Spada
  • Desenho de luz: Paulo Denizot
  • Música original: João Paulo Mendonça
  • Direção de movimento: Guilherme Logullo
  • Designer gráfico: Igor Paz
  • Financeiro: Lucas Silvério
  • Assistente de figurino: Maria Dom
  • Costureira: Fátima Félix
  • Direção de produção: Guilherme Logullo
  • Assessoria de imprensa: Prisma Colab
  • Realização: Luar de abril produções

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Serviço:

PAI

Datas: De 22 de julho a 27 de agosto. nbNos dias 12 e 13 de agosto, não haverá sessões.

Temporada: terças e quartas, às 19h

Local: Sala Multiuso – Sesc Copacabana

Endereço: R. Domingos Ferreira, 160 – Copacabana, RJ.

Valores:

  • R$ 8 (associado do Sesc)
  • R$ 15 (meia-entrada)
  • R$ 30 (inteira)
  • Informações: (21) 3180-5226
  • Bilheteria – Horário de funcionamento:
  • Terça a sexta: 9h às 20h
  • Sábados, domingos e feriados: 14h às 20h
  • Classificação: 16 anos
  • Duração: 60 min

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