Sopa de Letras

Sopa de Letras realiza evento cultural gratuito no próximo sábado (24), na Tijuca

Evento conta com diversas atividades culturais na Afonso Pena

por Jorge Rodrigues

Completando 15 anos de existência, a tradicional atividade artístico-cultural “Sopa de Letras”, mais uma vez vai encher a rua de alegria e arte. No próximo sábado (24), a Praça Afonso Pena, será palco de um grande encontro gratuito, que conta com muita música, teatro, performance, contação de histórias e muitas outras atividades para toda a família.

O “Sopa de Letras” surgiu em 2008, no Campus Centro do Colégio Pedro II, por iniciativa da professora de Literatura e Língua Portuguesa, Dilma Mesquita. Seus alunos, empolgados com a Roda de Leitura que surgiu no ano anterior (2007), idealizaram, junto com a docente, o sarau cênico, que foi o embrião do Sopa.

Segundo Dilma, “A proposta era levar performances teatrais, poesia e música para o pátio central da escola, sempre na hora do almoço, com o intuito de alcançar não só os alunos dos turnos da manhã e da tarde, mas também funcionários da limpeza, da manutenção, da cozinha e servidores em geral. Os responsáveis presentes também participavam do sarau. Garantindo o direito à cultura para todos.

A idealizadora conta que, em 2014, o Sopa foi também para o Campus Tijuca II. Tendo também se apresentado em diversos outros espaços: Casa de Cultura Estácio de Sá, Livraria da Travessa, UFRJ, entre outros. A proposta seguia a mesma: um sarau cênico construído em parceria com alunos de diversos segmentos (Ensinos Fundamental e Médio), sempre apresentado em espaços abertos (pátios e varandas), com microfone aberto à participação de todos”

Já em 2019, o Sopa de Letras passou a ser apoiado pela Diretoria de Culturas do Colégio Pedro II e virou, finalmente, um sarau de rua, conforme explica Dilma:

“A ideia de unir Arte Pública e Educação Pública e isso se concretizava na Praça Afonso Pena, na Tijuca, em grandes encontros com os frequentadores. Em 2023 o Sopa de Letras completa quinze anos de resistência política e poética”, ressaltou Dilma.

Construído pelos alunos do Proeja do Campus Tijuca II, o sarau segue com a coordenação de sua criadora, a professora Dilma Mesquita, contando com a apresentação de diversos artistas e colaboração de amigos desse sarau que, ao longo dos anos, participou da formação de muitos estudantes e encantou milhares de pessoas com suas inúmeras edições.

Sobre o sarau, acrescenta Dilma: “o Sopa é um espaço de diálogo e criatividade, um encontro de ideias e pessoas caracterizado pelo afeto e pelo acolhimento. Acredito que a ponte Arte Pública e Educação Pública é uma descoberta transformadora na busca de uma educação libertária e democrática. Fazer o sarau na praça é garantir uma aula pública de literatura no espaço aberto marcado pela horizontalidade nas relações. A escola pública cumpre,assim, o seu papel de democratizar o conhecimento, derrubando muros e provando o quanto a busca do saber pode ser prazerosa. O Sopa prova a força da coletividade e das ações culturais para a liberdade ”

Ex-aluno do Pedro II e artista consagrado nas ruas e palcos do Rio, Rômulo Sá comentou sobre a importância da ação: “O Sopa de Letras foi a minha porta de entrada para a arte. Hoje trabalho com teatro porque um dia o conheci através do sarau. Assim como eu, sei que muitos outros estudantes iniciaram suas trajetórias na arte dessa maneira. Viva os 15 anos do Sopa! E parabéns à Dilma por acreditar que uma escola é um espaço de criação e a rua pode ser palco”

O Sopa de Letras em comemoração aos seus 15 anos de trajetória acontecerá na praça Afonso Pena, na Tijuca, no próximo sábado (24/06), às 14h. O evento é gratuito.

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