Soprano Nádia Figueiredo consolida a passagem do canto lírico à MPB com a releitura ‘Isto aqui o que é’

Nádia Figueiredo - Foto: Ricardo Penna

Mineira de voz plena, o soprano Nádia Figueiredo envereda pela MPB com o single “Isso aqui o que é”, recém-lançado pela Liboo, selo musical da inglesa Virgin Records. A voz límpida e a afinação, aliadas à bela figura, costumam encantar o público, que se surpreende com essa morena de jeito manso, mas firme, que sabe estender a voz sobre um clássico da música brasileira.

O trabalho inclui a participação de grandes nomes, como o Jurim Moreira, baterista do Chico Buarque; o baixista André Vasconcellos; o gaitista e harmonicista Gabriel Grossi e o arranjador e pianista Eduardo Faria, que foi o produtor musical. O clipe da música está sendo produzido, com previsão de lançamento ainda em 2023.

“Acabo de entrar em uma nova etapa da minha vida, festejando meu país e minha cultura depois de viajar pelo mundo cantando em outros idiomas. Esse novo trabalho, cujo repertório ainda não está totalmente finalizado, só inclui faixas em português, no melhor da MPB, com o auxílio luxuoso de grandes feras”, comenta Nádia.

Essa não é a primeira vez que a cantora embarca no cancioneiro popular. Já gravou um álbum pela gravadora Biscoito Fino antes da pandemia, “Meu idioma é o amor” (2019), produzido por Guto Graça Melo e no qual contou com participações de nomes como Gilberto Gil, João Donato, Max Wilson (filho de Silvia Massari) e o pianista João Carlos Assis Brasil, além do mexicano Plácido Domingo Jr., filho de um dos maiores tenores de todos os tempos.

No repertório, uma mistura de MPB e peças clássicas, cantado em português, italiano, inglês e até russo – “Ochi Chernye” (“Olhos Negros”) – já revelava sua versatilidade. e que começou autodidata soltando o gogó e tocando violão ainda criança no seio de uma família de classe média de Padre Eustáquio, em Belo Horizonte. Agora, Nádia oferece ao público hits populares do calibre de “Isso aqui o que é”, standard de Ary Barroso, e “O amor em paz”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, aos quais acrescenta a pureza de seu aprendizado lírico.

 

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