Sorriso de Mãe

Sorriso de Mãe

Monólogo de Gabriel Chalita que aborda memórias entre mãe e filho estreia dia 11 de março, às 20h, no Teatro dos Quatro - O espetáculo tem direção de Fernando Philbert e é protagonizado por Joelson Medeiros

por Redação

Se existe um vínculo que é único para cada um, repleto de nuances, infinito quando se trata de amor, e universal, é o vínculo entre mãe e filho. Com estreia marcada para 11 de março de 2022, às 20h, no Teatro dos Quatro, na Gávea, Rio de Janeiro, o monólogo “Sorriso de Mãe”, do escritor Gabriel Chalita e com direção de Fernando Philbert, mostra – com muita delicadeza e sensibilidade – as memórias da união entre Cícero, interpretado por Joelson Medeiros, e sua mãe. Esse encontro seria um sonho? Realidade? Diante da plateia, o protagonista narra e revive lembranças, causos, personagens e amigos que ambos conheceram pelo caminho, costurando uma narrativa que enfatiza aspectos emocionais dessa relação e, consequentemente, a necessária valorização dos afetos familiares.

A peça ficará em cartaz até 3 de abril de 2022, sextas e sábados, às 20h; e aos domingos, às 19h, cumprindo todos os protocolos de segurança. A cenografia é de Natália Lana, os figurinos de Tiago Ribeiro, a iluminação de Vilmar Olos, a trilha sonora de Maíra Freitas e a realização da Mesa2 Produções Artísticas.

Um dos autores mais lidos do país e membro da Academia Paulista de Letras, da Academia Brasileira de Educação e da Academia Brasileira de Cultura, Gabriel Chalita escreveu “Sorriso de Mãe” antes da pandemia, ao se solidarizar com um amigo que havia perdido sua mãe. Hoje, a peça ganha novos contornos ao estrear num tempo em que as relações familiares e amorosas nunca foram tão importantes.

“Fui atingido pela tristeza daquela despedida. Fiquei pensando em tantas histórias como aquela e isso me inspirou a falar da celebração dos momentos que eles viveram juntos e de homenagear não somente esse vínculo, mas todos os vínculos humanos. Não de um jeito triste. Ao contrário. Com muita verdade e sensibilidade”, conta o autor.

Assim, muito mais do que uma peça sobre mãe e filho, “Sorriso de Mãe” é sobre o afeto.

“Ao escrever o texto, pensei muito sobre algo que considero essencial, que é a memória como extensão dos nossos afetos. Isso ajudou a construir a narrativa que, aos poucos, vai mostrando as pessoas que cruzaram o caminho desses dois”, explica.

A simplicidade vai dar o tom do jogo de cena, que se apoia na interpretação de Joelson Medeiros, indicado ao Shell de Melhor Ator pela peça “Madame Bovary” (2015), para dar vida – ao longo de 60 minutos – às histórias dos personagens que vão surgindo, à medida que Cícero revisita o passado. Ele vai apresentando ao público as vivências ao lado de sua mãe e a plateia conhece, ao mesmo tempo, a história dos dois e a maneira como Cícero sente esses fatos.

“O próprio personagem diz para a mãe em determinado momento: ‘são muitas histórias, várias vidas em uma só’. E é isso. São muitas vidas em cena. E a nossa maior preocupação é humanizar ao máximo esses personagens apresentados por Cícero, sem que eles se sobreponham à história. O que vai impactar é o sentimento”, afirma o ator, que vai encarar o desafio de fazer um monólogo sem uma caracterização intensa, apoiado quase que unicamente na sua interpretação.

Joelson Medeiros em “Sorriso de Mãe” / Foto de Nil Caniné

Joelson Medeiros em “Sorriso de Mãe” / Foto de Nil Caniné

Para conduzir essa história com a humanidade e a sensibilidade necessárias, Fernando Philbert responsável pela direção de aclamados espetáculos como “O Escândalo Phillipe Dussaert” e “Todas As Coisas Maravilhosas” – pelo qual recebeu uma indicação ao Prêmio Shell de direção -, optou pela simplicidade, pois para ele, a relação entre mãe e filho é baseada nas coisas simples.

“Todo mundo, em algum momento, é impactado pelo texto e pelas questões que ele traz. Além disso, ‘Sorriso de Mãe’ aborda essa relação pelo cotidiano e o cotidiano tem uma força imensa. Ainda mais nos dias de hoje. É importante lembrar que ficamos dois anos isolados em casa e que muita gente ficou exilada do seu próprio cotidiano. Assim, a peça usa o dia a dia para comunicar, trazendo uma delicadeza que vai atravessar as pessoas com muita potência”, afirma Philbert.

O diretor vê no teatro um ambiente paralelamente ligado às reflexões familiares: “A gente aprende sobre a vida ouvindo e vendo os nossos pais. O teatro também é isso. Ele acontece desse encontro com o público, é uma ação de ouvir. Tanto o ator ouve a plateia, quanto o contrário”, diz.

Se esse encontro é uma despedida, uma visita, um sonho ou uma conversa entre Cícero e sua mãe, o público decidirá.

Em tempos de pandemia, ‘Sorriso de Mãe’ traz uma história universal que também reverbera nas vivências da equipe criativa

Em se tratando de maternidade, todo mundo tem uma história. Mas os tempos atuais, principalmente pelo contexto de pandemia, fazem com que as relações e os encontros ganhem outra importância e novos significados.

“Vivemos um momento de fragilidade da humanidade, de muito ódio, de demonstração da loucura humana. O ser humano é caótico. Assim, ‘Sorriso de Mãe’, hoje, é muito mais atual do que quando escrevi. Vivemos uma época em que precisamos valorizar as pessoas que estão próximas, experimentar o amor nas diferenças, compreender o que é passageiro na vida e o que é essencial”, diz Gabriel Chalita, que perdeu sua mãe há dois anos. “Um dos meus maiores medos era o de perder a minha mãe. Hoje, tenho uma saudade imensa, mas também uma compreensão da beleza de tudo que vivi com ela”, completa.

Assim como Chalita, Fernando Philbert e Joelson Medeiros também viveram situações parecidas com a do protagonista: estiveram ao lado de suas mães em momentos difíceis de despedida. Em “Sorriso de Mãe”, eles transformarão essa saudade e as recordações em homenagem.

“Muita gente vai se identificar, vai ouvir as histórias e pensar na própria vida. Parece bobeira falar isso, mas quem fala em amor hoje em dia é julgado, apedrejado. Infelizmente, é esse o tempo que estamos vivendo. ‘Sorriso de Mãe’ vem na contramão disso. Aqui, o importante é o amor, a preocupação com o outro. É o que esse filho vai mostrar ao público”, conclui Philbert.

SINOPSE: O espetáculo narra as lembranças de um filho diante de sua mãe. Esse encontro seria um sonho? Realidade? Ele revive momentos marcantes de sua trajetória ao lado dessa mãe amorosa, trazendo à tona diversos personagens que acompanharam sua trajetória de vida.

FICHA TÉCNICA:
Autor: Gabriel Chalita
Direção: Fernando Philbert
Ator: Joelson Medeiros
Cenografia: Natália Lana
Figurino: Tiago Ribeiro
Iluminação: Vilmar Olos
Trilha sonora: Maíra Freitas
Programação visual: Victor Bittow
Costura: Ateliê das Meninas
Cenotécnico: André Salles
Costureira de cenário: Nice Tramontin
Produção executiva: Silvia Rezende
Direção de produção: Roberto Monteiro e Fernando Cardoso
Coordenadora Administrativa: Cenne Gots
Assessoria de imprensa: Mario Camelo
Fotos de divulgação: Nil Caniné
Realização: Mesa2 Produções Artísticas

SERVIÇO: 

SORRISO DE MÃE
Estreia: 11 de março de 2022.
Temporada: De 11 de março a 3 de abril de 2022.
Horários: sexta e sábado, às 20h; e domingo, às 19h.
Local: Teatro dos Quatro
Endereço: Shopping da Gávea, 2 piso – Rua Marquês de São Vicente, 52, Gávea.
Duração: 60 minutos.
Bilheteria oficial: Teatro dos Quatro – De segunda a sábado, das 10h às 22h. Domingos, das 15h às 22h.
Telefone: (21) 2239-1095
Valores: R$60 (inteira) e R$30 (meia-entrada).
402 lugares. Livre.
Ingressos no link: https://bit.ly/3szm0Ff

PROTOCOLOS DE SEGURANÇA: – O Teatro dos Quatro está obedecendo a todas as regras sanitárias estipuladas pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. O uso de máscara é obrigatório para o público, no interior, e durante todo o tempo de permanência no teatro. Há álcool gel disponível nas dependências. A equipe do teatro usa EPI. É recomendado o distanciamento social na fila e dentro do teatro. A entrada do público somente será permitida com a apresentação do comprovante de vacinação, com o esquema vacinal completo, com pelo menos duas doses da vacina contra a covid-19.

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