Com o objetivo de fomentar o debate e a reflexão sobre a proteção dos recursos hídricos e promover a sustentabilidade em Cachoeiras de Macacu, a Prefeitura Municipal, por meio das secretarias de Educação e do Ambiente, realizou o XVIII Seminário de Educação Ambiental do município. A atividade contou com a participação do Projeto Sou do Mangue — uma realização da Nova Transportadora do Sudeste (NTS), executado pela ONG Guardiões do Mar — que apresentou os resultados das ações que vem realizando na cidade e demais territórios. O evento, que ocorreu no dia 6 de junho, também teve como finalidade promover iniciativas concretas em prol da biodiversidade.
O Projeto Sou do Mangue teve início em outubro de 2020, quando começou o trabalho de restauração florestal de 10 hectares de manguezais degradados, localizados na APA de Guapi-Mirim. Um dos propósitos da iniciativa é contribuir para uma cidadania ativa no domínio do desenvolvimento sustentável e disseminar informações sobre os impactos dos resíduos sólidos no meio ambiente. Para isso, realiza, entre outras ações, atividades de educação ambiental continuada e itinerante em espaços formais e não formais.
Em Cachoeiras de Macacu, foram nove meses de atuação, com a realização de atividades de educação ambiental em escolas municipais e a formação do Ecoclube Serra-Mar, o primeiro do município, que reuniu 15 jovens, com idades de 15 a 17 anos.
O processo de aprendizado e atuação dos jovens estão alinhados com temas pertinentes as suas localidades e foram cocriados com eles, de acordo com suas vivências. Nesse período, eles exploraram diversas temáticas, entre elas: racismo ambiental, emergências climáticas, saúde ambiental e saneamento.
Durante o seminário, os jovens, que estão aptos a exercer o protagonismo em prol das boas práticas socioambientais, apresentaram suas experiências e perspectivas adquiridas durante a formação.
Outros resultados sobre as ações do Projeto na região, que está encerrando mais essa etapa, também foram apresentadas no evento.
“Esperamos que, agora ao final dessa intervenção, os participantes das comunidades trabalhadas estejam melhor preparados para disseminar conceitos e boas práticas, levando aos seus familiares, vizinhos e amigos a importância do correto descarte de resíduos sólidos. Haja vista que, além do impacto estético e ambiental, eles trazem grandes riscos à saúde, além de comprometer os ecossistemas costeiros, em especial os manguezais da Baía da Guanabara, por conta da conectividade serra/mar”, explica o coordenador do Projeto Sou do Mangue, Guilherme Assis.
Os participantes também contaram com uma exposição de animais in vitro, apresentada pelo Projeto Sou do Mangue.