Teatro Municipal Ziembinski recebe temporada do espetáculo teatral infantojuvenil Kawó – o rei chama – uma celebração á ancestralidade africana centrada na trajetória do orixá Xangô

por Redação
KAWÓ

A obra Kawó – o rei chama , com idealização, direção  e dramaturgia de Gabriel Mendes, . No palco seis atores negros, acompanhados de dois músicos, constroem e personificam uma África ancestral, mítica e carregada de simbologias.

Kawó – o rei chama, terceira parte da Trilogia dos Orixás  , o  primeiro foi a cena curta Jogo da Velha, seguido de Omi – do leito ao mar, e todos  momentos desta trilogia foram  contemplados por premiações.

Espetáculo teatral voltado para o público infantojuvenil recebeu, recentemente, 17 indicações na 9ª edição do prêmio CBTIJ, incluindo melhor espetáculo, melhor direção, melhor elenco, melhor direção de produção e 3 indicações em atuação cênica, entre outras.

O espetáculo é  centrado na trajetória do orixá Xangô, importante divindade presente na mitologia do povo Ioruba Nagô, representante da justiça, do fogo e do trovão. Com elenco  formado de atores e atrizes negros, celebra a herança ancestral desse povo e dessa figura, transportando o público para uma Nigéria mítica, em que uma família prepara um grande banquete para que, ao redor do fogo, possam lembrar de antigas histórias que ajudam a perpetuar Xangô como um grande homem e um deus ainda maior. Através de cada itan (mitos da tradição iorubá) é possível explorar a relação dessa figura e de seu povo, entendendo suas glórias e imperfeições, como também sua trajetória até se tornar um orixá.

Sinopse
Kawó – o rei chama apresenta  uma África ancestral e imaginária e narra a preparação do “dia do Obá Xangô”. Uma família composta por uma mãe, quatro filhos e um avó passam o dia desde seu alvorecer preparando a festividade. Tudo sob o comando dessa grande matriarca, os seis trabalham para que tudo seja perfeito para celebrar a memória do rei, esse ancestral tão admirado por todos eles. Enquanto cozinham e decoram o quintal para festa da fogueira que será no fim do dia, a família relembra as narrativas que compõem a trajetória que levaram o Xangô menino se tornar um dos mais respeitados e cultuados orixás. Histórias de batalhas, amores e relações familiares costuram o dia dessa família e trazem algumas reflexões sobre qual o limite do poder e também de como é possível errar tentando fazer o bem.

Aspas do diretor , dramaturgo e idealizador Gabriel Mendes: “Nosso espetáculo dialoga com o entendimento que no saber informal há um conhecimento incalculável e não existe presente e futuro possíveis sem entender sua origem e ancestralidade (o que ao longo da história foi negado àqueles que descendem dos homens e mulheres trazidos do continente africano para serem escravizados no Brasil.). São histórias que precisam ser contadas a esses jovens ouvintes para que esses se reconhecem naquilo que ouvem e percebam que a nossa história começou antes mesmo de ter começado.

Kawó – o rei chama é uma montagem que nasce da vontade de apresentar outros reis e rainhas para nossas crianças. Reis e rainhas negros, assim como os atores que estão no palco, protagonizando suas próprias histórias e com voz para dizê-las para o mundo inteiro. “

Serviço Kawó – o rei chama

  • Teatro Municipal Ziembinski: R. Urbano Duarte – Tijuca – em frente ao metrô São Francisco Xavier
  • Temporada de 9 a 31 de agosto, sábados e domingos às 16 hs
  • Ingressos: R$ 30,00 e R$ 15,00 meia
  • Duração:65 min
  • Classificação: livre e indicativo para maiores de 7 anos.

Ficha Técnica:

  • Direção Artística Geral, idealização e dramaturgia : Gabriel Mendes
  • Assistência de Direção: Rodrigo Lontra
  • Idealização e Dramaturgia: Gabriel Mendes
  • Elenco: Ivan de Oliveira, Gabriela Luiz. João Mabial, Michael Alves, Rodrigo Lontra e Victor Braga
  • Músicos: Kaio Ventura e Raquel Terra
  • Stand-ins: Thiago Manzotti (ator) e Lucas da Lapa (músico)
  • Cenografia: Cachalote Mattos
  • Figurinos e Adereços: Valério Bandeira
  • Iluminação: Raphael Grampola
  • Direção Musical: Raquel Terra
  • Composições: Kadú Monteiro e Raquel Terra
  • Direção de Movimento e Preparação corporal: Fernanda Dias e Michael Alves
  • Coreografias: Gabriela Luiz e Michael Alves
  • Direção de Produção: Cachalote Mattos, Gabriel Mendes e Rodrigo Lontra
  • Assistência de Produção: Felipe Oliveira e Stallone Abrantes
  • Fotografia: Renato Mangolin
  • Programação Visual: Breno Loeser e Ricardo Rocha
  • Gestão de Mídias: VB Digital.
  • Consultoria de Acessibilidade: Stallone Abrantes
  • Intérprete de LIBRAS: Sheila Martins
  • Costuras: Claudio Policarpo e Norma Farias Mendes
  • Montagem: Felipe e Leandro Mattos
  • Cenotecnia: Moisés Cupertino
  • Técnico de Som: Leandro Mattos
  • Realização: 2NÓS e ONÀ PRODUÇÕES.

Você também pode gostar

Compartilhe
Send this to a friend