Há seis anos em cartaz, com mais de 200 apresentações e já visto por mais de 120 mil espectadores, o espetáculo Mãe Fora da Caixa, de Miá Mello, chega ao Teatro Riachuelo Rio para apenas duas apresentações, nos dias 27 e 28 de setembro.
Um dos trunfos da peça é a capacidade de identificação com o público. Miá estabelece um tom confessional de quem parece contar histórias pessoais envolvendo a plateia em risos e lágrimas, com momentos de cumplicidade e interação.
Na trama, uma mulher que já tem uma filha com sete anos aguarda ansiosa em seu banheiro pelo resultado de um novo teste de gravidez. “A grande sacada da peça para mim se passa nesses 5 minutos em que a protagonista está no banheiro. São instantes em que cabe uma vida inteira, o mundo de pensamentos, as lembranças, os pensamentos contraditórios. É isso que acontece na cabeça e no coração de uma mãe e que tentamos trazer para a encenação”, revela a diretora Joana Lebreiro.
Uma das maiores dificuldades da mãe contemporânea é o acúmulo de tarefas, conta Miá Mello. “Temos essa sobrecarga mental provocada pela cobrança de ter que fazer um monte de coisas: ser boa mãe, ser boa profissional, ver as amigas, estar com o marido, ir ao mercado etc. Tem aquele bom e velho ditado que diz que para criar uma criança é preciso uma aldeia. E cada vez estamos mais isolados em uma ilha de nossas famílias modernas e individuais. A peça tem essa força de mostrar que não estamos sozinhas de verdade. Eu começo dizendo que não é a minha história, mas que, sem dúvida, poderia ser. E pode ser a história de muita gente, existe um grande poder de identificação”.
O espetáculo surgiu quando o ator e produtor Pablo Sanábio se deparou com uma série de questionamentos sobre paternidade e acabou encontrando o livro Mãe Fora da Caixa, de Thaís Vilarinho. A autora é conhecida nas redes sociais por mostrar o lado real da maternidade e oferecer um ombro amigo para os pais e mães que se sentem pressionados com tantos desafios. O desejo de Vilarinho de escrever sobre maternidade aflorou com o nascimento de seu primeiro filho. “Lembro-me do sentimento de indignação quando percebi que não se falava sobre as dores e as dificuldades. Doze anos atrás não se falava sobre baby blues, sobre puerpério e nem sobre a mudança radical que acontece na vida da mulher que se torna mãe. Então, escrever foi necessário, terapêutico. Um processo de cura mesmo. Fico muito feliz que esteja, de certa forma, ‘curando’ outras mães. A peça ultrapassa o livro, expande as ideias em uma outra forma de comunicação. Sou muito grata por isso, pois, assim, o conceito chega a cada vez mais mães. O que eu mais gosto na peça é a entrega da Miá. A vontade que ela tem de gritar sobre o assunto. É a entrega dela que faz a peça ter esse potencial gigante”, revela Thaís Vilarinho.
A encenação foi criada a partir de um diálogo entre o livro e o perfil no Instagram de Thaís Vilarinho com as experiências pessoais de Miá, Joana e Cláudia. “Queríamos um espetáculo que juntasse esse papo reto e real sobre maternidade com a sensação de acolhimento às mães, sem deixar de lado esse humor ‘pé na porta’ que é a marca da Cláudia. Uma coisa que conversamos desde o início e que permeou a escrita dela é ter um espetáculo que fosse bem aberto, bem direto para o público. E que não ficasse fechado na história, no sentido de ter uma personagem falando sozinha. Ela está conversando com aquelas pessoas que estão ali assistindo. Eu gosto muito das peças que deixam a plateia como parte atuante do jogo cênico”, esclarece Joana Lebreiro.
Teatro Riachuelo Rio
O prédio, tombado como patrimônio histórico-cultural, é imponente e se destaca na Rua do Passeio, número 40, reunindo passado, presente e futuro em um só lugar. O ícone da belle époque brasileira ficou com as portas fechadas por dois anos até 2016, quando foi devolvido à população como Teatro Riachuelo Rio, sempre com uma programação plural e acessível. Desde então, foram realizadas diversas peças, musicais, concertos e shows.
Com uma área de aproximadamente 3.500 m², o teatro oferece uma estrutura completa para seus frequentadores, incluindo foyer, salas de ensaio, escritórios, camarins, área externa e uma grande sala com plateia para 999 pessoas. Mais do que um espaço físico, o teatro representa um compromisso com a promoção da cultura e da arte em suas diversas formas. O espaço conta ainda como o Bettina, Café & Arte, que além de abrir como bomboniere para atender ao público do teatro, funciona também para café da manhã e almoço.
Ficha técnica:
- Texto: Cláudia Gomes
- Elenco: Miá Mello
- Idealização: Pablo Sanábio
- Direção: Joana Lebreiro
- Direção de Produção: Carlos Grun e Thábata Tubino
- Iluminação: Paulo César Medeiros
- Cenário: Mina Quental
- Direção de Movimento: Andrea Jabor
- Projeções: Vilaroucas Produções
- Figurino: Bruno Perlatto e Mariana Safadi
- Produção: Bem Legal Produções.
Serviço:
Mãe Fora da Caixa
- Data e horário: 27/09 – 20h e 28/09 – 17h
- Vendas: https://www.ingresso.com/evento/mae-fora-da-caixa
- Classificação: Livre
- Duração: 80 minutos
- Valores:
- Plateia VIP: R$120 / R$60 (meia)
- Plateia: R$100 / R$50 (meia)
- Balcão nobre: R$80/ R$40 (meia)
- Balcão simples: R$50 / R$25 (meia)
“Ritinha Rock & Roll – Rita Lee para Crianças”, novo espetáculo do premiado projeto Grandes Músicos para Pequenos, na Barra da Tijuca
O musical infantil apresenta o legado de Rita Lee para as novas gerações, em trama sobre liberdade e a importância de lutar pelos nossos sonhos
Ritinha Rock & Roll – Rita Lee para Crianças – Martina Blink (esq), Julia Gorman e Pedro Henrique Lopes – Foto de Andrea Rocha
Rainha do rock brasileiro, Rita Lee tem recebido uma série de bem-vindas homenagens em shows, na literatura, no cinema, programas de TV e nos palcos. Agora, chegou a vez de mostrar o legado da artista para as crianças. Oitavo espetáculo do premiado projeto ‘Grandes Músicos para Pequenos’, “Ritinha Rock & Roll – Rita Lee para Crianças” estreia no Teatro Multiplan, no VillageMall, dia 26 de setembro, em uma trama que reverencia a vida e a obra de Rita Lee, ícone da liberdade, da autenticidade e da criatividade.
Com texto de Pedro Henrique Lopes, direção de Diego Morais, direção musical de Guilherme Borges e coreografias de Natacha Travassos, o espetáculo mostra que ninguém é pequeno demais para ter sonhos grandes. A trama acompanha a história de uma menina cheia de imaginação que sonha em mudar o mundo com muito rock’n roll. Entre aventuras na escola e a defesa dos animais de um circo, Ritinha descobre a força da música para expressar suas ideias e transformar o mundo ao seu redor. No elenco, estão Julia Gorman (no papel de Ritinha), Pedro Henrique Lopes, Aline Carrocino, Martina Blink, Lucas Menezes e Matheus Penna Firme.
“A coragem e a irreverência de Rita Lee norteiam o espetáculo. A gente conta a história de uma menina que não se conformava com o mundo em que estava inserida e de como ela conseguiu ser uma semente para muitas mudanças. Estudando a obra e a vida de Rita para o espetáculo, a gente percebe o quanto ela foi essencial para a evolução da nossa sociedade. Rita Lee segue sendo fundamental”, celebra o autor e ator Pedro Henrique Lopes.
O espetáculo reúne sucessos inesquecíveis de Rita Lee, como “Lança Perfume”, “Chega Mais” e “Jardins da Babilônia”, e convida toda a família a cantar, dançar e se emocionar. Este é o oitavo espetáculo do projeto “Grandes Músicos para Pequenos”, criado com o objetivo de apresentar os grandes nomes da MPB para as novas gerações, em espetáculos que reúnem toda a família. Depois de Luiz Gonzaga, Braguinha, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Raul Seixas, Elis Regina e Elza Soares, chegou a vez de Rita Lee receber a merecida homenagem do projeto.
“Hoje, o desafio é tirar não só as crianças, mas também os adultos de frente às telas. Com os espetáculos do Grandes Músicos para Pequenos, que resgatam a memória afetiva e o legado de importantes artistas brasileiros, conseguimos criar um programa cultural que é interessante para todas as gerações da família. A música desde sempre foi e segue sendo um elo para unir crianças e adultos. Para nós, é uma realização ver essa conexão acontecer dentro do teatro”, comenta o diretor Diego Morais.
Ficha técnica:
- Direção Geral: Diego Morais
- Direção Musical: Guilherme Borges
- Coreografias: Natacha Travassos
- Roteiro Original: Pedro Henrique Lopes
- Elenco: Julia Gorman, Pedro Henrique Lopes, Aline Carrocino, Martina Blink, Lucas Menezes e Matheus Penna Firme.
- Cenário: Victor Aragão e Diego Morais
- Figurinos: Clivia Cohen
- Assessoria de Imprensa: Racca Comunicação (Rachel Almeida)
- Direção de Produção e Realização: Entre Entretenimento
Serviço:
Ritinha Rock & Roll – Rita Lee para Crianças
- Teatro Multiplan (VillageMall) – Av. das Américas, 3.900 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ.
- Temporada: 26 a 28 de setembro de 2025
- Telefone: (21) 3030-9970
- Dias e horários: Sexta, 19h30, Sábado 16h, Domingo 11h e 16h
- Ingressos: Plateia vip: R$ 150 e R$ 75 (meia-entrada). Plateia: R$ 130 e R$ 65 (meia-entrada). Camarotes: R$ 100 e R$ 50 (meia-entrada). Plateia superior e Frisas: R$ 80 e R$ 40 (meia-entrada).
- Lotação: 1.000 lugares
- Duração: 60 minutos
- Classificação: Livre
- Funcionamento da Bilheteria: Terça a sábado, das 13h às 21h, e domingo, das 13h às 20h
- Vendas Online: https://linktr.ee/grandesmusicosparapequenos
Centro de Memória da Costa Verde recebe nesta semana o monólogo “Não Bata à Porta”
Espetáculo escrito e interpretado por Maria dos Remédios será apresentado nos dias 18 e 20, com entrada gratuita
Não Bata à Porta
O Centro de Memória dos Povos Originários e Tradicionais da Costa Verde, que tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, apresenta nesta semana o monólogo “Não bata à porta”, do Coletivo Marias em Cenas. As apresentações acontecem nos dias 18 e 20 de setembro, às 19h, no Shopping PátioMix (Rodovia Rio-Santos, SN, Itaguaí), com entrada gratuita.
Escrito e interpretado por Maria dos Remédios, com direção de Arthur Athus, o espetáculo percorre a trajetória de uma mulher da infância à velhice, refletindo sobre solidão, escolhas e resistência. Em cena, a narrativa se constrói entre dor e esperança, trazendo uma reflexão sobre ser mulher em um mundo marcado pela solidão e pela busca por pertencimento.
A produção conta ainda com cenário elaborado pela atriz em parceria com o diretor, figurino assinado por Maria dos Remédios e iluminação de Valdeci Borges. A classificação é de 14 anos.
O espetáculo integra a programação cultural de setembro promovida pelo Centro de Memória. Todas as atividades são gratuitas.
Serviço
Não bata à porta – monólogo do Coletivo Marias em Cenas
- Datas: 18 e 20 de setembro (quarta e sexta-feira)
- Horário: 19h
- Local: Shopping PátioMix (Rodovia Rio-Santos, SN) – Itaguaí
- Classificação: 14 anos
- Entrada: gratuita
Companhia Antropofágica de Teatro estreia seu novo espetáculo de teatro-feira
Zoomakia_Foto Thiago Reis Vasconcelos
Nova criação da Antropofágica, que celebra 23 anos de trajetória, une teatro e mercado popular agroecológico com cenas ao ar livre na Comuna da Terra Irmã Alberta, assentamento do MST localizado no Território Cultural Okaracy, na Chácara Maria Trindade. Com estreia marcada para o dia 20 de setembro, o festim teatral da companhia segue com apresentações nos dias 20 e 21/09, 18/10, 22/11 e 13/12.
Dirigido por Thiago Reis Vasconcelos, e com colaborações de diversos artistas da cena teatral e dança, como Luciana Bortoletto e da artista convidada da Polônia, Ludmila Ryba (Ludka) — que assina algumas das cenas ao ar livre —, Zoomakia – Aventuras da Dialética e suas Metáforas Botânicas no Labirinto da Criatividade inaugura um formato inédito de “Teatro-Feira”, em celebração aos 23 anos da Companhia Antropofágica e da Comuna da Terra Irmã Alberta.
A cenografia e figurino são assinados pelo artista Márcio Medina, e o elenco é composto por mais de 20 atores.
Ao longo de uma tarde, o público percorre um trajeto por estações cênicas integradas à natureza, com intervenções artísticas populares, instalações, música ao vivo, esculturas em sucata e experiências visuais entre hortas, trilhas e espaços abertos. Todo esse percurso acontece ao lado da Feira Popular Okaracy, que permanece ativa durante as sessões, com comercialização de alimentos orgânicos, livros, comidas e artesanato.
Zoomakia traz cenas inéditas da Antropofágica dirigidas pela Ludmila Ryba — atriz e diretora polonesa que integrou a histórica companhia Cricot 2, de Tadeusz Kantor, e mantém colaboração de mais de uma década com a Antropofágica.
“Ter a Ludka presente em nosso trabalho é uma oportunidade de aprofundar nossas pesquisas sobre o teatro em seu sentido internacionalista, desenvolvendo poéticas que contribuam para a continuidade do movimento criativo do grupo.” – Diretor, Thiago Reis Vasconcelos
Com mais de 20 artistas em cena e trilha sonora original, Zoomakia foi concebido em duas versões: uma para adultos e outra voltada às infâncias e juventudes. Ambas foram criadas a partir da investigação dos conceitos de adultismo e aetonormatividade, que questionam a imposição da normatividade adulta sobre o tempo da criança. As versões serão apresentadas tanto ao público geral quanto em escolas públicas e privadas.
O título Zoomakia combina os termos zoo (vida animal, encontro entre espécies) e makia (do havaiano, intencionalidade ou caminho por onde flui a energia). Também faz referência à palavra grega maquia, presente em expressões como “Titanomaquia” ou “Tauromaquia”, que designa batalha simbólica. O nome reflete o espírito do projeto: um jogo de forças entre criatividade, que assume múltiplas formas em Zoomakia — principalmente a dança.
“A dança é justamente o discurso do corpo que, atravessado pelas experiências sociais, ambientais, políticas e afetivas, se reorganiza e se expressa. Ela carrega uma relevância enquanto consciência biopolítica.” — destaca Luciana Bortoletto, que assina a co-direção do projeto.” – Luciana Bortoletto (artista da dança).
A obra integra o projeto Barbatanaz – Dialética da Criatividade, contemplado pela 43ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro. Além do espetáculo, o projeto envolve, experiências formativas e intercâmbios com artistas de diferentes linguagens. Desde 2016, a Companhia Antropofágica tem desenvolvido, no Território Cultural Okaracy, uma série de experimentos cênicos e vivências que entrelaçam arte e agroecologia.
Serviço
“Zoomakia – Aventuras da Dialética e suas Metáforas Botânicas no Labirinto da Criatividade” – Teatro-Feira com a Companhia Antropofágica de Teatro.
Dias e horários:
20/09/2025 – Sábado
- Feira Popular: 14h às 20h
- Sessões: 15h – Infância e Juventude
- 17h e 19h – Adulta
21/09/2025 – Domingo
- Feira Popular: 13h às 19h
- Sessões: 16h – Adulta
- 18h – Adulta
18/10/2025 – Sábado
- Feira Popular: 13h às 19h
- Sessões: 14h30 – Infância e Juventude
- 18h – Adulta
22/11/2025 – Sábado
- Feira Popular: 13h às 19h
- Sessões: 16h – Infância e Juventude
- 18h – Adulta
13/12/2025 – Sábado
- Feira Popular: 13h às 19h
- Sessões: 16h – Infância e Juventude
- 18h – Adulta
Local:
Território Cultural Okaracy – Comuna da Terra Irmã Alberta
Rua Leonel Martiniano 50, Chácara Maria Trindade, São Paulo
(acesso na altura do Km 27,5 da Rodovia Anhanguera, após o primeiro pedágio da rodovia, entrar a direito na alça de acesso para Cajamar, seguir as placas de retorno para São Paulo e antes do pedágio entrar à direita na alça de acesso ao bairro Chácara Maria Trindade, entrar à direita na Rua Leonel Martiniano e seguir até o local)
Classificação Indicativa Espetáculos Adulto e Infância e Juventude:
Livre
Ingressos:
Gratuito – Reserve em: https://www.sympla.com.br/produtor/antropofagica ou na bilheteria 1 hora antes da sessão.