Última semana para conferir monólogo protagonizado por Luellem de Castro, “A Efêmera Beleza das Flores”, no Theatro Municipal

por Redação
Luellem de Castro

A Sala Mário Tavares, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro recebe no dia 14 de dezembro a última apresentação do monólogo A Efêmera Beleza das Flores, nova produção da Fermento Cultural contemplada pelo edital Fluxos Fluminenses (SECEC-RJ). Com texto de Cícero Nogueira de Brito, coautoria e atuação da artista Luellem de Castro, o espetáculo apresenta a história de Ayodele, mulher negra e periférica que enfrenta o luto da maternidade.

A coautoria do texto, também assinada por Luellem, aprofunda ainda mais a perspectiva sensível que atravessa o espetáculo. Sua contribuição artística transforma Ayodele em uma presença pulsante, viva, ritualística. Uma mulher que, mesmo atravessada pelo luto, revela camadas de coragem, ironia, ancestralidade e luminosidade. A direção de Larissa Porto e Teddy Zany potencializa essa entrega, conduzindo a atriz a uma performance íntima, de respiração e corpo inteiros, em que cada pausa, cada gesto e cada palavra constroem uma narrativa de dor e renascimento.

“Ayodele me atravessou antes mesmo de eu entendê-la por completo. Adaptar esse texto foi um processo de devolver a ela — e a tantas mulheres negras que conheço — uma voz que é firme, terna e indestrutível. No palco, eu não interpreto apenas uma personagem: eu celebro as sobreviventes, as que seguem, as que lutam e as que florescem mesmo depois das tempestades”, explica Luellem.

Para Cícero Nogueira de Brito, que estreia como dramaturgo, a peça nasce da síntese das mulheres negras que encontrou ao longo de sua trajetória em projetos socioculturais e instituições públicas. “Ayodele não nasceu apenas da ficção. Ela é, de alguma forma, a síntese de todas as mulheres negras que conheci ao longo da minha caminhada, nas salas de aula, nos projetos socioculturais que coordenei, nas comunidades onde trabalhei e, principalmente, dentro do DEGASE, onde testemunhei histórias de coragem e silenciamento convivendo no mesmo corpo”, afirma o autor.

Cícero reúne mais de duas décadas de atuação na cultura como produtor, roteirista e gestor, e revela que o monólogo é resultado direto desse percurso. Ele cita duas referências centrais que orientaram sua escrita: o romance Hibisco Roxo, de Chimamanda Ngozi Adichie, e um artigo acadêmico que escreveu sobre juventude, raça e colonialidade. “Esses fundamentos estéticos e críticos atravessam o espetáculo e ajudam a construir uma narrativa que articula subjetividade e discurso social a partir de uma perspectiva feminina negra”, explica.

O espetáculo se passa no presente, ou em um passado muito recente como gosta de destacar o autor, reforçando seu diálogo com o cotidiano de milhares de mulheres brasileiras.

SERVIÇO

“A Efêmera Beleza das Flores”

  • Data: domingo, 14 de dezembro de 2025 às 14h e 17h
  • Local: Sala Mário Tavares – prédio anexo ao Theatro Municipal (Avenida Almirante Barroso, 14-16 – Centro, Rio de Janeiro)
  • Entrada gratuita
  • Lotação: 160 lugares
  • Duração: 60 minutos
  • Gênero: drama
  • Classificação: 16 anos

Ingressos: https://feverup.com/m/256017?utm_source=ig&utm_medium=social&utm_content=link_in_bio&fbclid=PAZXh0bgNhZW0CMTEAc3J0YwZhcHBfaWQPNTY3MDY3MzQzMzUyNDI3AAGnb-17ORCahN-n51IFsMU2X7br1Bs1q-iCwlh-i8AGmAEX-sGRz20R4AKlLPY_aem_rZJeMhoWFmAe8DrZyTXecA

FICHA TÉCNICA

  • Dramaturgia: Cícero Nogueira de Brito
  • Coautoria: Luellem de Castro
  • Direção de Larissa Porto e Teddy Zany
  • Técnica de Luz: Vivian dos Santos Ferreira Lima
  • Produção Executiva: Luciana Meireles
  • Designer: Luciana Almeida
  • Intérprete de libras: Filipa Silveira
  • Assessoria de Imprensa: Gamarc Comunicação
  • Estagiária de Comunicação: Beatriz Cunha

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