Vocalista da Big Band Orquestra Jabaquara, Nuria lança seu primeiro álbum, “Atemporal”, com show no Rio dia 27 de julho

por Redação
Nuria

Discípulos musicais assumidos da obra de Rita Lee e Roberto de Carvalho, o casal Nuria e Renato Lellis compôs 12 canções para o álbum solo de estreia da cantora, “Atemporal” — disponível em todas as plataformas —, que, após show de lançamento em São Paulo, desembarca no Rio de Janeiro, no dia 27 de julho, para uma única apresentação no Galpão Ladeira das Artes, no Cosme Velho. A sonoridade do trabalho é pop e passeia, de forma sofisticada, pelo soul e a MPB, em letras que discorrem sobre a veloz cotidianidade contemporânea e suas camadas, dos afetos às angústias. 

“Música é algo atemporal e, no nosso caso, esta faixa do disco é como se fosse o momento do casamento, uma cerimônia de amor entre as pessoas através do nosso som. É uma palavra muito forte e carrega responsabilidade, mas a escolha veio devido à minha própria experiência, do que é atemporal para mim. Ao colocar pro mundo algo que se cria, a música toma seus próprios rumos no tempo e história”, lança Nuria, que promete um show alto astral. 

Além de interpretar canções do novo trabalho, a cantora incluiu hits do repertório de Rita Lee, Tim Maia e Elis Regina no set list. “Da Rita, fazemos ‘Corre-Corre’, que não poderia ser mais atual, neste mundo em que nunca paramos e os perrengues não acabam, mas seguimos pois ‘sempre tem jeito pra dar quando se trata de vida ou de morte'”, diz ela, que também contará com algumas participações especiais. 

“Uma delas é Bárbara Ferr, que fez o musical sobre os Novos Baianos. Fiquei totalmente admirada com sua voz e força no palco. E João Felippe toca cavaco e guitarra baiana daquele jeito que a gente ama”, adianta. Vale lembrar que, antes, a compositora gaúcha Rafa Pinta faz o show de  abertura. 

A musicalidade de Nuria começou a ser moldada há pouco mais de dez anos, quando integrou a Big Band Orquestra Jabaquara, ao lado de artistas como Marisa Orth, Tulipa Ruiz e André Abujamra. “Aos 18 anos, ainda não tinha me autorizado ser artista, mas, ao ser escolhida, ganhei na loteria. Uma das partes mais especiais da Orquestra Jabaquara, para mim, foi a parte da composição, da criação. Foi ali que comecei a colocar minhas palavras em poesia e a transformá-las em música”, relembra ela que, de lá para cá, também integrou o coro de óperas e concertos. 

No entanto, Nuria sabe que ser compositora não é fácil. “Me assumir compositora ainda é um trabalho árduo e a Tulipa Ruiz sempre me inspirou nesse lugar. Conhecê-la foi uma honra, porque a vejo como uma das nossas grandes compositoras atuais. E realmente o número de mulheres escrevendo música no Brasil ainda é baixo. Há uma cultura histórica de mulheres no meio como intérpretes e não como autoras”, reflete. 

Serviço

Galpão Ladeira das Artes
Rua Conselheiro Lampreia 225, Cosme Velho.
Sábado, dia 27 de julho, às 19h. 
R$ 40. 

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