Foto: Bernardo Cartolano

realiza nova temporada a partir do dia 4 de junho, no Teatro Prudential

ZAQUIM é um musical que passeia, brinca, agrega e reúne gerações, “pingos de gente e pingos de vó”, crianças de todas as idades, com direção de Duda Maia

por Redação

“Um espetáculo para toda a família, ZAQUIM não tem história linear, é um sentimento, uma intenção, um desejo”, conta Aniela Jordan, produtora e idealizadora do musical. Do desejo de falar com as crianças de todas as idades, com a criança que existe em cada jovem e adulto, nasce o musical ZAQUIM. A produtora Aventura, há 15 anos no mercado e responsável por grandes musicais como Elis, Chacrinha e Romeu e Julieta, apresenta um espetáculo totalmente brasileiro e com canções originais. A direção de ZAQUIM é de DUDA MAIA, que tem em sua trajetória grandes sucessos do teatro brasileiro, como AUÊ, ELZA e JACKSONS DO PANDEIRO. “Aniela me disse que ZAQUIM é qualquer coisa que você queira alcançar. Isso é um prato cheio para a criação”, comenta Duda Maia. A linguagem da encenadora pertence à família do híbrido: dança, música e teatro. Os atores, ao vivo, dançam, tocam e cantam. O espetáculo ficará em cartaz no Teatro Prudential de 04 até 26 de junho de 2022.

A sociedade mudou, as composições familiares também, hoje temos famílias com dois pais, duas mães e outros, porém as crianças olham e agem com naturalidade, sem preconceitos, isso é ZAQUIM. “O musical é rico artisticamente e causa impacto social e emocional com as questões levadas ao palco. ZAQUIM é o teatro assumindo sua responsabilidade social com conceito e conteúdo. Em função disso e, principalmente ao respeito à infância e juventude, criamos a Cia TRUPE ZAQUIM, que trabalhará poesia, educação, música, arte, dramaturgia, delicadeza, e principalmente deferência às crianças. A cia terá como sede o Teatro Prudential”, destaca Aniela.

 O título é a mistura de dois nomes: ZAZU e JOAQUIM. Zazu é neto de Aniela Jordan e filho de Gabriel Pardal. Joaquim é filho de Felipe Habib e Marina Palha. Os meninos que inspiram a peça nasceram no mesmo dia – 01/06/2017-, na mesma maternidade e com a mesma médica. ZAQUIM conta com quatro idealizadores:  Aniela Jordan – produtora e diretora artística da Aventura; Gabriel Pardal – dramaturgo; Marina Palha – atriz; Felipe Habib – diretor musical. “Meu neto Zazu, de 4 anos, tem informações que eu somente tive quando adolescente, rs. A internet é o mundo. Os pequenos mexem nas telas e nos celulares com habilidade. As crianças deste século nascem com a tecnologia inovada a cada dia”, relata Aniela.

“Começamos a desenvolver o projeto antes da pandemia. Durante mais de um ano fizemos várias reuniões virtuais. ZAQUIM é criação coletiva nossa, da Duda, dos atores e de todos envolvidos artisticamente no espetáculo”, fala Felipe Habib. “ZAQUIM é como um sentimento sem nome, mas também pode ser uma brincadeira das letras e das palavras”, detalha Marina Palha. “Cada profissional no ZAQUIM é um membro criativo do projeto. O processo é coletivo, com improvisos. O texto é mais uma etapa e respeita o tempo da canção, o olhar e o que é falado. A dramaturgia pode ser um movimento ou a música”, revela Gabriel Pardal. “ZAQUIM é um novo jeito de olhar para espetáculos infantis. O conceito fundamental é respeitar a inteligência e sensibilidade da criança. Em função disso, os adultos também se identificarão com o musical”, conceitualiza Jordan.

Os idealizadores escolheram Duda Maia como diretora porque ela trabalha o sensorial e a construção lúdica das cenas. No palco, 6 atores – Bruno Quixotte, Jef Lyrio, Marina Palha, Quel, Raphael Pippa e Vitor Novello – que também são músicos. Há diversidade e pluralidade no elenco. A peça aborda assuntos importantes de forma poética, divertida, contemporânea, sempre com o olhar da criança, sem conceitos e preconceitos. “ZAQUIM reconhece o outro em mim, sabendo que o outro é o outro e que somos singulares e diversos. A peça tem um roteiro musical alinhado com o texto”, especifica Duda Maia, que completa 40 anos de carreira artística.

Guitarra, baixo, acordeom, bandolim, ukulelê, djembê, pandeiro, tamborim, ovinho, caxixi são os instrumentos que ficam soltos, sem fio, no palco e são tocados e trocados pelos atores em cena. “As músicas do espetáculo foram criadas a partir de estímulos coletivos, de questões que foram surgindo na sala de ensaio. ZAQUIM tem caráter de show. A linguagem musical foi estabelecida a partir da criação coletiva, desde a oficina para a escolha do elenco”, elucida Felipe Habib.

Construir e assistir a espetáculos contados por pessoas negras é um passo muito importante para a educação antirracista. “ZAQUIM assume o assunto das infâncias pretas, das crianças que normalmente não se veem nesse tipo de espetáculo. As crianças pretas precisam se enxergar representadas para que a realidade futura seja diferente. Precisamos ver imagens positivas da gente para traçarmos planos e sonhos realizáveis. A peça passa por um lugar educativo e de direitos”, explicita a diretora assistente Luiza Loroza.

O cenário é uma grande caixa/palco onde tudo acontece – em cima, em volta, dentro e fora dela. Um palco/casa dentro do palco do teatro e o elenco se apresenta e explora todas as possibilidades desse espaço. Será tudo branco. Uma grande “tela em branco”, onde a imaginação é livre e a luz funciona como a tinta que colore essa tela. Assim teremos um momento todo azul e, de repente tudo fica amarelo, ou multicolorido, mudando totalmente o clima. A concepção da caixa é minimalista e tem uma inspiração na arquitetura modernista. “Essa ‘caixa mágica” pode ser um brinquedão, a partir do qual os atores interagem com o espaço e evoluem nos números musicais”, desvenda Mina Quental, cenógrafa de ZAQUIM.

O figurino pretende ressaltar os personagens e potencializar a personalidade de cada ator em cena. ZAQUIM tem uma delicadeza, uma sutileza no seu conceito. “Um ponto muito importante que trabalho dentro da minha linguagem no figurino é o olhar mais consciente de reaproveitar o máximo possível de materiais e dar sentidos para as outras peças que já existem. Garimpei em brechós e acervos e dessa seleção criei e desenhei peças novas em cima de materiais existentes”, expõe a figurinista Karen Brusttolin.

A iluminação foi pensada para conseguir um efeito cromático intenso. Como o cenário e os figurinos são todos brancos, a luz fará um mergulho sensorial, através da variação cromática e imagética. “É importante notar que ZAQUIM não tem exatamente uma história convencional e que a luz entra mais como composição de atmosferas e sensações do que como um apoio dramatúrgico”, finaliza o iluminador Renato Machado.

FICHA TÉCNICA

  • Idealização: Aniela Jordan, Marina Palha, Gabriel Pardal e Felipe Habib
  • Texto: Gabriel Pardal
  • Direção: Duda Maia
  • Direção musical e arranjos: Felipe Habib e Beto Lemos
  • Criação musical: Felipe Habib, Beto Lemos, Gabriel Pardal, Bruno Quixotte, Jef Lyrio, Marina Palha, Quel, Raphael Pippa e Vitor Novello
  • Elenco: Bruno Quixotte, Jef Lyrio, Marina Palha, Quel, Raphael Pippa e Vitor Novello
  • Cenário: Mina Quental
  • Figurino: Karen Brusttolin
  • Desenho de Luz: Renato Machado
  • Diretora Assistente: Luiza Loroza
  • Assistente de Direção Musical: Raphael Pippa

Serviço Zaquim: 

  • Local: Teatro Prudential
  • Datas: 04 a 26 de Junho de 2022 – sábados e domingos
  • Horário: Sábado 16h
  • Domingo: 15h
  • Sessão Extra: 16 de junho, às 16h
  • Valor: Preço único para toda a plateia R$ 50,00 (inteira) / R$25,00 (meia)
  • Lotação presencial: 359 lugares
  • Classificação: Livre
  • Duração: 60 minutos
  • Link de vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/73074

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