“Sofri homofobia na escola, e como resposta transformei Búzios numa cidade gay” relata o escritor Fernando Bertozzi.
Numa data para celebrar lutas e conquistas da comunidade LGBTQIA+, o escritor e ativista relata como se tornou um ícone no turismo em sua cidade.
Dia 17 de maio é comemorado o “Dia Mundial de Luta contra o preconceito LGBQIA+”, foi nesta data que a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade do Código Internacional de Doenças (CID), em 1990. Uma data importante para população LGBTQIA+ que é comemorada anualmente.
Em Armação dos Búzios, no Rio de Janeiro, o escritor e ativista Fernando Bertozzi (@ofernandobertozzi) se tornou pioneiro na luta contra o preconceito. Ainda no ensino médio, Fernando conta que sofreu homofobia na escola e não encontrou ajuda de ONG’s ou alguém que pudesse auxiliá-lo. Anos depois, criou um movimento que luta contra o preconceito em Búzios para que outros jovens não passassem pelo mesmo que ele passou.
Em pouco menos de dez anos, Búzios se tornou uma das cidades preferidas do público LGBTQIA+ pelo baixos índices de violência e o evento “Pride Búzios” criado por Fernando Bertozzi na época, está sem sua sétima edição e é o principal festival LGBTQIA+ da cidade. O festival se tornou referência e envolve turistas de toda parte do mundo. Em 2020, Fernando publicou seu primeiro livro “O irmão da minha amiga” com conteúdo juvenil e que fala sobre representatividade gay.
Em sua conta no Twitter, Fernando conta que há dez anos atrás não existia público gay em Búzios.
[ imagem Twitter – Reprodução: twitter.com/
Muitas coisas mudaram na cidade, que está evoluindo a cada dia mais. A Prefeitura de Búzios com apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro realizará na próxima semana, um evento de capacitação dos servidores públicos. A ideia é que todos os funcionários da prefeitura entendam um pouco deste universo para que a homofobia não esteja presente em nossa realidade.