Projeto sociocultural oferece experimentação circense para 700 crianças na Baixada Santista

Ação gratuita premiada pelo ProAC ocorre amanhã em São Vicente

por Redação
Ação sociocultural de experimentação da arte circense

Promover a oportunidade de conhecer o circo de perto e vivenciar a arte circense na prática, com aulas de malabares, acrobacias, entre outras. Esta é a proposta do projeto “Equilibrando, do Picadeiro à Periferia”, que está até amanhã (02) na Baixada Santista.  A iniciativa é desenvolvida pela ONG da região “Cia de Arte Tribus” e faz parte de uma série de 16 eventos socioculturais realizadas ao longo do ano, voltadas para crianças e adolescentes de 6 a 14 anos, com diversas oficinas de atividades circenses, além de apresentações artísticas. O projeto foi contemplado com o primeiro lugar no edital do Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo (ProAC), na categoria de fomento cultural para periferias.

Hoje a iniciativa está ocorrendo na cidade de Peruíbe na ONG Caraguava em Ação (Rua Projetada Nove, 489), até às 16:30. Amanhã, será realizada em São Vicente, na Escola Estadual Margarida Pinho, das 7 às 11h e das 13 às 16h30 (Rua Doutor Polydoro de Oliveira Bittencourt, 300). No final de semana, o projeto passou pelas cidades de Itanhaém na ONG Associação Desportiva Recreativa Cultural Solar da Capoeira Beija-Flor e em Praia Grande, na Aldeia Indígena Tekoa Mirim. Ao todo, cerca de 700 crianças e adolescentes estão sendo atendidos nestes quatro dias.

Aldeia Indígena – Neste domingo, o projeto levou a arte e a alegria do circo para crianças e adolescentes indígenas, da aldeia Tekoa Mirim. “Foi uma grande oportunidade para nossa comunidade, pois nunca tínhamos assistido o circo. Foi muito bonito e eu agradeço por terem vindo até a aldeia”, destacou o cacique Edson de Oliveira. O produtor do projeto, Gustavo Rolim, comentou sobre a ação: “É grande experiência tanto para nós quanto para eles. Ao invés de trazê-los para nosso ambiente, nós fomos até eles para construir o universo circense dentro do seu mundo, para que tivessem a oportunidade de experimentar esta arte”.

Atividades – O projeto engloba oficinas de acrobacia aérea, equilíbrio de objetos, acrobacia de solo e confecção de equipamentos de malabares com materiais recicláveis — tudo com foco na inclusão, sustentabilidade e desenvolvimento de habilidades motoras e sociais. O evento culmina num show com vários números de circo aéreo, malabares, acrobacias e performances humorísticas, envolvendo artistas com diferentes experiências e nacionalidades. A ação também conta com uma roda de conversa sobre o  universo circense, formação profissional e desafios da carreira artística. “O objetivo é democratizar o acesso às artes circenses, promovendo a experimentação, o aprendizado e a valorização dessa expressão cultural”, frisa Rolim. “A magia do circo vai além do entretenimento; ela é uma ferramenta poderosa de inclusão, resistência e superação. Nosso objetivo é envolver os participantes de forma que eles possam levar essa experiência para suas vidas, inspirando mudanças positivas na comunidade. A ideia é  levá-los a descobrirem suas potencialidades e a se tornarem agentes de transformação social através da arte”.

Segundo ele, o projeto reafirma o compromisso da Cia Tribus de usar a arte como ferramenta de inclusão e educação, promovendo o acesso às expressões culturais em áreas onde a vulnerabilidade social é mais presente. 

Projeto na região – Com um total de 16 eventos planejados na região, o “Equilibrando, do Picadeiro à Periferia” leva cultura às áreas periféricas, mostrando que o circo é uma arte acessível e transformadora. A escolha das áreas está alinhada com o trabalho que a Companhia de Artes Tribus realiza há mais de uma década na região. 

TribusOrganização sem fins lucrativos criada em 2004, a Companhia de Artes Tribus atua nas áreas artística, cultural, social e humanitária e já levou seu trabalho para mais de 20 países de vários continentes. No Brasil já esteve em quase todos os Estados, desenvolvendo projetos que visam contribuir com a formação de crianças e adolescentes, e promoção de acessibilidade cultural para pessoas de todas as idades. Participou de grandes eventos, como Olimpíadas Rio 2016, Copa do Mundo 2014, Olimpíadas de Pequim 2008 e Jogos Pan-americanos 2007, como parte oficial do entretenimento dentro das arenas de competição. Entre seus projetos de destaque estão o “É Hora de Artes”, que atingiu mais de 50 mil crianças e foi premiado em Doha no Qatar, durante no WPC World Petroleum Congress.

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