Na alta temporada, a Ilha Grande (RJ) volta a aparecer no topo das buscas dos viajantes que procuram o litoral do Rio. São mais de cem praias cercadas por montanhas e mata atlântica, além de trilhas, ruínas históricas e um mar que muda de cor conforme o sol se move. Apesar da fama de paraíso, conhecer a ilha não é um privilégio de quem tem muito dinheiro. A Ilha Grande cabe em diferentes orçamentos, com passeios de lancha que circulam por praias quase desertas e trilhas gratuitas que partem do centrinho do Abraão e levam a mirantes, cachoeiras e áreas de banho escondidas na floresta.
Segundo a Top Transfer, empresa que atua no transporte marítimo e receptivo turístico da região, a ilha atrai tanto quem busca conforto e praticidade quanto viajantes interessados em experiências mais simples e em contato direto com a natureza.
A travessia pode ser feita por Angra dos Reis, Conceição de Jacareí ou Mangaratiba. Em Angra e Conceição, as embarcações rápidas — os conhecidos Flex Boats — partem várias vezes ao dia, em trajetos de 25 a 40 minutos. Já a barca de Mangaratiba realiza apenas uma viagem diária, mais longa e demorada.
A Top Transfer realiza a travessia pelo cais da Marina do Condomínio Porto Real, em um trecho conectado ao transfer terrestre. O local oferece estrutura completa, com banheiros, loja de conveniência e área coberta para espera, dentro de um condomínio seguro e tranquilo. A vantagem é o conforto e a segurança do embarque, em vez do fluxo intenso de Conceição de Jacareí.
Passeios pagos: os roteiros mais tradicionais
Os passeios de lancha continuam sendo a forma mais popular de conhecer as praias da Ilha Grande. Entre eles, se destacam dois roteiros principais:
- Volta à Ilha: É o passeio mais completo e dura o dia inteiro. Inclui paradas em Caxadaço, Parnaioca, Aventureiro e Meros, praias conhecidas pelas águas transparentes, rios e paisagens preservadas. O trajeto inclui ainda uma parada para almoço em Japariz, Maguariquessaba ou Saco do Céu, conforme as condições do mar.
- Meia Volta: Ideal para quem prefere um passeio mais curto, com duração aproximada de seis horas. Passa por Lagoa Azul, Lagoa Verde, Praia do Amor e Feiticeira, pontos de águas calmas e propícios ao mergulho com snorkel.Os barcos partem da Vila do Abraão, principal base turística da ilha, e costumam sair pela manhã, retornando no fim da tarde.
Passeios gratuitos: natureza sem gastar nada
Nem tudo na Ilha Grande exige barco ou guia. Diversas trilhas curtas e bem sinalizadas saem da Vila do Abraão e podem ser feitas por conta própria, levando a praias lindas, de águas cristalinas, perfeitas para passar o dia ou visitar mais de uma no mesmo passeio.
Entre os principais percursos gratuitos estão:
- Praia Preta e Mirante: cerca de 15 minutos de caminhada; ideal para fotos e pôr do sol.
- Poção do Abraão: piscina natural de água doce em meio à mata; 25 minutos de trajeto.
- Praia da Júlia, Praia Comprida e Praia da Crena: acessíveis a pé, com trechos leves e vista constante para o mar.
- Praia do Abraãozinho: 45 minutos de caminhada a partir do centrinho, com águas calmas e cristalinas.
Esses roteiros são cada vez mais procurados por viajantes que preferem experiências autônomas e de baixo custo. Além de não exigir equipamentos ou guias, permitem conhecer áreas pouco exploradas e com impacto ambiental mínimo.
> Atenção: A Ilha Grande conta com dezenas de trilhas que conectam praticamente toda a ilha, mas as mais longas devem ser feitas apenas com guia ou moradores locais. É importante planejar o horário de ida e volta, levar água e lanche, e lembrar que muitas praias não têm estrutura de venda nem sinal de telefone. Até mesmo nas trilhas curtas, é fundamental se informar antes sobre o trajeto e evitar se afastar muito da Vila do Abraão.
Ao entardecer, a orla da Vila do Abraão se torna o ponto de encontro de quem passou o dia entre trilhas e praias. Restaurantes e bares à beira-mar recebem o público que se espalha pelos decks e pelo cais para assistir ao pôr do sol, em meio aos barcos ancorados.
Mais sobre a Top Transfer
A história da Top Transfer começou modesta, como brinca a empresa, “com uma van e um sonho”. Em 2013, durante uma viagem pessoal à Ilha Grande, Junior de Camargo viu o potencial turístico da região e decidiu investir. Comprou uma van e iniciou a operação com um sócio. “Eu não era do turismo, nem empresário. Tive que estudar muito, fazer cursos, ler, buscar mentoria. No início, eu vendia, traçava a rota, dirigia e ainda cuidava do financeiro”, lembra.
A empresa cresceu rápido, mas enfrentou um baque com a pandemia. “A ilha fechou por meses. Tivemos que parar tudo. Mas sempre acreditei muito no nosso negócio. Então vendi 3 vans e usei todo o caixa para manter a empresa e as pessoas. Quando o turismo voltou, a demanda por natureza explodiu e nós estávamos preparados para isso. Foi o que impulsionou nosso crescimento.”
Atualmente, a Top Transfer transporta cerca de 10 mil passageiros por mês e atende toda a Costa Verde e Região dos Lagos — incluindo Angra dos Reis, Paraty, Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio e São Paulo. E o crescimento está longe de parar. A previsão de faturamento para 2025 é de R$ 20 milhões, quase o dobro do ano anterior.
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