Fenômeno teatral ‘Prima Facie’ chega ao Brasil e traz Débora Falabella em seu primeiro solo

Prima Facie
Prima Facie - Foto divulgação/Bispo

Desde a sua estreia em Londres, em 2022, ‘Prima Facie’ seguiu uma trajetória meteórica. Escrito por Suzie Miller, o texto ganhou dezenas de montagens ao redor do mundo, conquistou a Broadway e o West End inglês, virou objeto de disputa entre produtores e inspirou debates e esforços para mudar algumas leis britânicas. A partir de 2 de maio, a peça chegará ao Brasil em uma versão inédita, dirigida por Yara de Novaes e estrelada por Débora Falabella, que assume o desafio de encenar o primeiro solo de sua carreira.

‘Prima Facie’ estreia no Teatro Adolpho Bloch, com produção da Borges & Fieschi Produções e Antes do Nome Produções, e patrocínio da Rede Windsor de Hotéis. Em cena, Débora vive a bem-sucedida advogada Tessa, que tem acusados de violência sexual entre seus clientes. Vinda de uma família pobre, ela batalhou e venceu no complexo mundo da advocacia. Ao mesmo tempo em que experimenta o sucesso, ela precisa encarar uma crise que a obriga a rever uma série de valores e princípios, além de refletir sobre o sistema judicial, a condição feminina e as relações conturbadas entre diversas esferas de poder.

Devido ao êxito nos palcos, a autora Suzie Miler foi convidada para debater sobre o tema na última assembleia da ONU sobre o abuso de mulheres. Atualmente, ‘Prima Facie’ conta com montagens em cartaz nos palcos de países como Alemanha, Austrália, Estados Unidos, Nova Zelândia, Turquia, entre muitos outros.

 PRIMA FACIE

Texto: Suzie Miler
Direção: Yara de Novaes

Tradução: Alexandre Tenório
Cenário: André Cortez
Figurino: Fabio Namatame
Iluminação: Wagner Antonio
Trilha Sonora: Morris

Consultoria jurídica: Maria Luiza Gomes e Mateus Monteiro
Assistentes de direção: Ivy Souza e Renan Ferreira
Coordenação administrativa: Coarte
Assessoria de Comunicação: Pedro Neves / Clímax Conteúdo

Produção Executiva: Catarina Milani
Direção de Produção: Edson Fieschi e Luciano Borges
Realização: Borges & Fieschi Produções e Antes do Nome

Serviço: 
Temporada: 02 de maio a 30 de Junho
Teatro Adolpho Bloch (Rua do Russel, 804)
De quinta a sábado, às 20h | Domingo, às 18h
Duração: 90 minutos
Classificação: 12 anos
Ingressos a R$ 150 e R$ 75 (meia)

Futuros – Arte e Tecnologia e Polifônica apresentam espetáculo inédito “Deserto”, inspirado em fragmentos da obra e da vida de Roberto Bolaño

Deserto
Deserto – Foto de Renato Mangolin

A primeira encenação nacional baseada em fragmentos da vida e de obras do premiado escritor chileno Roberto Bolaño (1953-2003), considerado um dos maiores autores latino-americanos da virada do século 21. Este é o espetáculo DESERTO, que estreia em 2 de maio no Teatro do centro cultural Futuros – Arte e Tecnologia, no Flamengo. Com direção e dramaturgia original de Luiz Felipe Reis e atuação de Renato Livera, a peça, em cartaz de quinta à domingo, às 20h, pretende instaurar uma experiência multilinguagem, articulando dispositivos teatrais com a literatura, a poesia e a música, além de instalações de luz, som e vídeo.    

Em cena, o espetáculo aborda os últimos anos de vida do escritor, diagnosticado com uma doença degenerativa, e apresenta a impressionante jornada do autor chileno que atravessa o continente rumo ao México e depois fixa-se na Espanha. DESERTO é a recomposição de rastros dessa aventura, recriando em cenas fragmentos de sua vida e obras: a travessia de um espírito inquieto marcado pela inconformidade com as normas, pelo desejo de ruptura, fuga, viagem, e então seu encontro com o desterro, o exílio, o deserto do real e, enfim, com a criação artística.

“DESERTO é a recomposição de rastros dessa aventura. A travessia de um espírito inquieto marcado pela inconformidade com as normas, pelo desejo de ruptura, e que, então, se relaciona de modo muito particular com o exílio, com o desamparo e com o “deserto do real” de um mundo globalmente colonizado e dominando pelo imperativo do lucro, da utilidade e da eficácia a serviço do capital – como resposta ao horror e a aridez do real, Bolaño reafirma continuamente uma relação inseparável com a criação artística. Sua obra e sua vida são afirmações de uma ética de existência: a aventura poética como uma forma de vida, como uma forma de escapar e de se contrapor ao nomos e ao ethos – conjunto de normas e hábitos – impostos pelo regime totalitário do capital em sua forma contemporânea, neoliberal, marcada pela financeirização de tudo”, comenta o diretor Luiz Felipe Reis.

“O teatro do Futuros – Arte e Tecnologia é um espaço que proporciona grandes oportunidades de reflexão, aprendizado, entretenimento e contato com novas ideias e autores. As obras de Roberto Bolaño atravessam temas relevantes e muito presentes em discussões contemporâneas, como o autoritarismo e o feminicídio, e o fato da primeira apresentação de um espetáculo nacional inspirado em suas histórias acontecer no Futuros se encaixa absolutamente em nossa proposta de incentivar a inovação artística. Estamos entusiasmados para apresentar esta inédita história ao público”, afirma Victor D’Almeida, gerente de cultura do Instituto Oi Futuro.

Montagem inédita

Em cena, Renato Livera se aproxima e se abre aos influxos do inconsciente, dos sonhos, da obra e da vida do escritor chileno Roberto Bolaño. É uma travessia no imaginário de um dos maiores escritores do nosso tempo, e também a primeira dramaturgia original criada a partir da sua vida-obra. Bolaño surge para o mundo literário em meados dos anos 1990, celebra seu primeiro grande sucesso em 1998, com “Os detetives selvagens”, mas cinco anos depois morre e não vê sua obra-prima “2666” ser publicada. A temporada do espetáculo DESERTO no Futuros – Arte e Tecnologia é também uma celebração dos 20 anos do lançamento da obra-prima “2666” e dos 10 anos de formação da companhia Polifônica.

Resultado de uma extensa pesquisa na obra do poeta e escritor Roberto Bolaño, DESERTO  acompanha um poeta diante da morte afirmando a vida em criação.

“Toda sua trajetória, e sobretudo seus últimos anos de vida representam, de certa forma, nossa batalha poética-cotidiana no mundo contemporâneo, uma luta contínua contra as forças de morte, de desertificação das subjetividades e de desvitalização do imaginário a que estamos sendo submetidos pelo mundo neoliberal e digital. Sua obra, assim como nossa peça, ao menos esperamos, são contra-cenas que se opõem ao estado desértico a que o mundo ruma, à disseminação irrestrita do horror e das forças de destruição que se alastram e englobam a Terra: violência neoliberal, necropolítica, ecocídio, feminicídios, fascismos e autoritarismos que vicejam em todos os tempos nas Américas e além”, comenta o diretor Luiz Felipe Reis.

Atualmente, pode-se dizer que Bolaño já é reconhecido como um “clássico contemporâneo”, mas ainda hoje sua obra é muito mais conhecida do que efetivamente lida. Ao recriar em cena fragmentos da vida e da obra do autor, DESERTO pretende contribuir para a difusão de sua obra, atuar como porta de entrada ao seu fascinante universo literário e iluminar seu legado artístico. Após sua morte, em 2003, e a publicação de “2666”, em 2004, Bolaño se tornou um dos maiores fenômenos literários da virada do último século – considerado por muitos o maior expoente das letras latinas desde Gabriel García Márquez.

Link para comprar ingressos: Sympla: https://bileto.sympla.com.br/event/93282

Ficha técnica

  • Direção e dramaturgia original: Luiz Felipe Reis
  • Baseada em fragmentos da vida e obra de Roberto Bolaño
  • Atuação:  Renato Livera
  • Direção assistente: Julia Lund
  • Interlocução dramatúrgica: José Roberto Jardim
  • Direção de movimento e preparação corporal: Lavínia Bizzotto
  • Direção musical e criação sonora: Pedro Sodré e Luiz Felipe Reis
  • Cenografia: André Sanches e Débora Cancio
  • Figurino: Miti
  • Criação de vídeo: Julio Parente
  • Iluminação: Alessandro Boschini
  • Assistente de vídeo e operação de vídeo e luz:  Diego Avila
  • Operação de Som: Gabriel Lessa
  • Design gráfico: Bruno Senise
  • Fotografia de estúdio: Renato Pagliacci
  • Fotos de divulgação: Renato Mangolin
  • Assessoria de imprensa: Ney Motta
  • Direção de produção:  Sergio Saboya (Galharufa)
  • Produção executiva:  Roberta Dias (Caroteno Produções)
  • Idealização e coprodução: Polifônica
  • Proponente: Associação Cena Brasil Internacional

Serviço

  • Local: Futuros – Arte e Tecnologia
  • Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo, Rio de Janeiro (próximo ao Metrô Largo do Machado)
  • Informações/tel.: (21) 3131-3060
  • Temporada: 02 de maio a 23 de junho de 2024, quinta à domingo, às 20h
  • Ingressos: R$ 60,00 (Inteira) | R$ 30,00 (Meia)
  • Lotação: 63 lugares, sendo 1 espaço para PCR, 1 assento para pessoa obesa e 1 assento reservado para acompanhante de PCD.
  • Duração aproximada: 80 minutos
  • Classificação indicativa: 16 anos

‘As coisas que perdemos no fogo’ estreia dia 4 de maio no Centro Cultural de São Paulo

As coisas que perdemos com o fogo
As coisas que perdemos com o fogo – Foto de Marcelle Cerutti

O que aconteceria com a ordem social se as mulheres passassem a se atirar em fogueiras por conta própria? Este é o ponto de partida para o solo As Coisas Que Perdemos no Fogo, que tem sua temporada de estreia na Sala Ademar Guerra (porão) do Centro Cultural São Paulo, entre 4 e 26 de maio. A peça tem direção de Lara Duarte e atuação de Juliana Lohmann.

Baseada no conto homônimo da escritora argentina Mariana Enriquez, a peça traz uma realidade distópica na qual mulheres passam a se atirar em fogueiras voluntariamente, como forma de protesto às violências a que são submetidas. 

Atear fogo no próprio corpo – e não morrer – se torna um contra-ataque à sociedade, que entra em colapso diante da necessidade de promover novas leituras ao dito feminino. Queimadas e desfiguradas, elas se tornam perigosas, sádicas, monstruosas. Simbolicamente indestrutíveis. “Quando chegaria o mundo ideal de homens e monstras?”, provoca Enriquez.

A peça, que tem dramaturgia assinada por Lara Duarte e dramaturgismo  de Maya de Paiva e Juliana Lohmann, aborda também atravessamentos autobiográficos da vida da atriz. Os depoimentos pessoais se entrelaçam ao conto e levantam questionamentos acerca da religiosidade cristã, aborto, medicina e violência de gênero, trazendo humor, acidez e contudência para os temas. Além disso, o trabalho conta com direção de movimento de Castilho, acarretando para a obra uma importante camada dramatúrgica atrelada ao corpo e a movimentação. 

As diversas linguagens da cena também protagonizam o trabalho ao constituírem uma proposta instalativa marcada pela direção de arte de Victor Paula, ancorada na visualidade de diversas texturas de fios, cenário e figurino feitos com 25kg de cabelo. Assim como pelas composições sonoras autorais de Lana Scott e a iluminação criada por Maíra do Nascimento.

As Coisas Que Perdemos no Fogo deseja instigar o espectador por meio de uma atmosfera tenebrosa, asfixiante e direta, assumindo como linguagem o realismo fantástico para trazer à luz questões urgentes do cotidiano. O espetáculo propõe uma discussão sobre as relações humanas para além dos limites de moralidade, justiça e ética costurando memória e ficção, realidade e distopia. 

Ficha Técnica

  • Direção e dramaturgia: Lara Duarte
  • Dramaturgismo:Juliana Lohmann e Maya de Paiva 
  • Direção de movimento e Preparação corporal: CASTILHO
  • Assistência de direção: Maya de Paiva
  • Performance: Juliana Lohmann
  • Desenho de luz: Maíra do Nascimento 
  • Operação de luz: Maíra do Nascimento e Marina Meyer
  • Direção musical e sonoplastia: Lana Scott
  • Composições: Lana Scott e Natália Nery
  • Operação de Som: Lana Scott e Viviane Barbosa
  • Preparação vocal: Natália Nery
  • Direção de Arte: Victor Paula
  • Instalação Cênica: Victor Paula
  • Cenotecnia: Anjelus Manuel e Edlene Sousa
  • Design de Aparência: Victor Paula
  • Costura e desenvolvimento: Nilo Mendes Cavalcanti
  • Peruqueira: Kitty Kawabuco 
  • Design gráfico: Nina Nunes
  • Fotografia: Marcelle Cerutti
  • Contraregra: Jenn Cardoso
  • Estagiária: Larissa Siqueira
  • Produção: Corpo Rastreado – Keila Maschio 
  • Assessoria de Comunicação: Pombo Correio 

Serviço

As Coisas Que Perdemos no Fogo

@teucorpoaofogo

  • Temporada: 4 de maio a 26 de maio
  • Às sextas-feiras e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h 
  • Centro Cultural São Paulo  Sala Ademar Guerra (Porão) – Rua Vergueiro, 1000, Liberdade
  • Ingressos: Entrada gratuita. Retiradas de ingressos através do site: https://rvsservicosccsp.byinti.com/#/ticket/ ou 1h antes do espetáculo na bilheteria física. 
  • Duração: 75 minutos (1h15) 
  • Classificação Indicativa: 16 anos (temas sensíveis, nudez)
  • Acessibilidade: espaço acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. 

‘Latitudes dos Cavalos’ faz reflexão sobre o amor e a masculinidade

Latitudes dos Cavalos
Latitudes dos Cavalos – Foto de Roberto Carneiro

A peça “Latitudes dos Cavalos”, protagonizada pelos atores Danilo Maia e Gabriel Flores, entra em seu terceiro ano de atividades e poderá ser vista até o dia 5 de maio,  sexta, sábado (às 20h) e domingo (às 19h), no Teatro Domingos Oliveira, no Planetário da Gávea. O valor do ingresso é R$50,00 (inteira) e R$25,00 (meia). 

Dirigida por Gabriel, a peça traz em seu roteiro diálogos intensos e instigantes, abordando assuntos como masculinidade, o papel do trauma nas relações, o resgate da memória e uma reflexão profunda sobre o que é o amor. No ano passado, a peça recebeu três indicações no 22º Prêmio Cenym de Teatro Nacional: Melhor Texto Original (Gabriel Flores), Melhor Direção de Movimento (Soraya Bastos) e venceu na categoria Melhor Cartaz ou Programação Visual (Thaysa Paulo). 

Além disso, sua dupla no palco, Danilo, que esteve recentemente no elenco da novela “Fuzuê”, da Globo, recebeu o reconhecimento por sua atuação no espetáculo com uma indicação ao prêmio APTR na categoria Jovem Talento. A premiação será realizada em junho deste ano. “Me sinto muito honrado em poder representar nosso espetáculo em um prêmio tão importante como o da APTR. ‘Latitudes’ foi concebido em tempos pandêmicos, um momento de total ausência de perspectiva, nós não sabíamos sequer se conseguiríamos estrear a peça de maneira presencial. Hoje, no momento em que caminhamos para nossa 7ª temporada, receber esse reconhecimento é muito gratificante”, afirma. 

O projeto nasceu em novembro de 2022 e, desde então, já soma mais de 30 apresentações ao longo de seis teatros diferentes, sempre com excelente recepção de público e crítica. O especialista Daniel Schenker, por exemplo, em texto sobre a peça, diz que “em Latitudes dos Cavalos, Gabriel Flores demonstra um prazer pela arquitetura do texto e pelo jogo entre os personagens. Resultado instigante, qualidade realçada numa insinuada articulação entre vida e teatro”. 

Serviço:

  • Peça: “Latitudes dos Cavalos”
  • Local: Teatro Domingos Oliveira (Planetário)
  • Endereço: Av. Padre Leonel Franca, 240 – Gávea
  • Datas: Até 5 de maio
  • Horário: sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 19h
  • Duração: 85 minutos
  • Classificação: 14 anos
  • Valor: R$50,00 (inteira) e R$25,00 (meia)
  • Ingressos
  • Instagram@latitudesdoscavalos

 

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