Foto: Luciana Mesquita

Sylvia Bandeira e Mauricio Baduh em  ‘Charles Aznavour – Um Romance Inventado’

por Waleria de Carvalho

Com apresentações de sucesso, ‘Charles Aznavour – Um Romance Inventado’, musical idealizado pela atriz Sylvia Bandeira volta ao Teatro PetraGold, agora aos sábados e domingos, a partir de 12 de março.

O musical romântico, escrito pelo dramaturgo paraense Saulo Sisnando, é um texto com humor e leveza sobre o universo da saudade, das paixões e da passagem do tempo, a partir das músicas mais icônicas do artista francês. Sylvia divide o palco com o ‘formidable’ Mauricio Baduh’, ambos conduzidos pela direção de Daniel Dias da Silva e Liliane Secco, na direção musical e piano.

Apaixonada pela obra do compositor, Sylvia procurou um texto alegre e comovente que, a partir das canções de Charles Aznavour, contasse uma história para falar sobre o efêmero da juventude, das paixões proibidas e assim proporcionar bons momentos. ‘Charles Aznavour Um Romance inventado é um delicioso bombom recheado com lindas músicas e uma bela história de amor’, adianta a atriz.

O espetáculo, embalado por clássicos do compositor, como ‘La Bohème’, ‘She’, ‘Que C’est Triste Venise’, e outras, faz com que cada canção executada espelhe algum momento alegre, triste ou romântico da vida dos personagens e do público. ‘Escrevi uma história sobre quantas ilusões somos capazes de inventar para fazer feliz a quem amamos e quantas canções de Charles Aznavour são necessárias para despertar mais uma vez paixões e novos caminhos em corações inquietos’, conta Sisnando, que pesquisou a vida e a obra do cantor.

SINOPSE

Trazendo ao público as mais marcantes canções do chansonnier, ‘Charles Aznavour – Um Romance Inventado’ acompanha a história de Isabel, uma conceituada atriz de teatro, que, entediada com a própria vida, mantém-se reclusa por vontade própria. E Heitor, um jornalista tímido, que, às vésperas de perder a mãe, consegue uma entrevista com a estrela. Ambos descobrem que suas vidas se entrelaçam em torno da trajetória de Charles Aznavour e suas canções.

O repórter lhe pede que reconte em detalhes o romance que ela viveu na juventude com Charles Aznavour, então uma série de lembranças emergem dos recantos mais profundos de sua alma e faz com que a plateia mergulhe em seus amores passados.

A história acompanha o encontro dos personagens que têm em comum segredos ligados ao cantor romântico que jamais conseguiram superar. Cartas trocadas entre a atriz e o cantor, descobertas por acaso, são o ponto de partida da peça. Cartas extraviadas, memórias inventadas e mentiras contadas começam a surgir, revelando que a vida da atriz e de seu entrevistador possuem muito mais semelhanças do que eles foram capazes de supor e quando o jornalista revela seu maior segredo, a atriz percebe que Charles Aznavour nunca esteve tão vivo.

A trama traz as mais emblemáticas canções de Aznavour, interpretadas por Sylvia Bandeira e Mauricio Baduh, acompanhados pelos músicos Liliane Secco no piano e Ulisses Nogueira no violino diverte, comove e encanta o público.

Idealização: Sylvia Bandeira
Texto: Saulo Sisnando
Elenco: Sylvia Bandeira e Mauricio Baduh
Direção: Daniel Dias da Silva
Direção Musical e Arranjos: Liliane Secco
Músicos: Liliane Secco e Ulisses Nogueira
Iluminação: Felício Mafra
Cenário e Figurinos: Gisele Batalha
Assistente de Cenário e Figurinos: Victor Aragão
Direção de Movimento: Marluce Medeiros
Artes gráficas: Cacau Gondomar
Produção executiva: Nicholas Bastos
Coordenação de E.P.I.: Cleiton Belmiro
Direção de Produção: Cacau Gondomar e Sandro Rabello
Produção Associada: Minouskine Produções – CLG Produções – Diga Sim Produções
Assessoria em Comunicação: Alberto Bardawil e Luiz Menna Barreto

SERVIÇO:
Teatro PetraGold – Rua Conde de Bernadotte 26, Leblon Telefone: (21) 2529-7700
Sábados às 20h e domingo às 19h
Temporada 12/03 até 03/04
Ingressos: R$60,00 (inteira)
Duração: 70 minutos
Classificação etária: 14 anos
Link: https://bileto.sympla.com.br/event/69828
Estarão disponíveis 100 ingressos gratuitos do projeto Eu Faço Cultura para beneficiários do programa social. Informações pelo site www.eufacocultura.com.br

Espetáculo ‘Fêmea’ explora a violência doméstica naturalizada

Fêmea

Fêmea (Foto: Antonio Simas Barbosa)

Dirigida por Carmem Soares, peça da Cia do Despejo investiga o teatro gestual e a dança para refletir sobre a marginalização social feminina. A Companhia também realiza uma oficina de serigrafia em bolsas de algodão cru com frases de empoderamento.

Com o objetivo de refletir sobre o que é ser mulher nos dias de hoje, a Cia do Despejo fez uma ampla pesquisa em teatro gestual e dança para desenvolver o espetáculo “Fêmea”, que faz duas apresentações gratuitas no Sesc Interlagos nos dias 12 e 19 de março, às 16h.

A obra, dirigida por Carmem Soares, é construída a partir dos corpos femininos e suas interações com diversos objetos-símbolo associados à figura da mulher. Essa fisicalidade foi criada por meio do estudo da motricidade de animais usados para adjetivar negativamente as mulheres, como porca, galinha e vaca. As movimentações incorporadas afloram as distorções existentes entre a maneira como são comparadas, vistas, tratadas e seus corpos reais presentes.

Serviram como influências dramatúrgicas a escritora Carolina Maria de Jesus e sua obra “Quarto de Despejo”; o livro “Presos que menstruam: a brutal vida das mulheres – tratadas como homens – nas prisões brasileiras”, da jornalista Nana Queiroz, e os documentários “Estamira”, de Marcos Prado, e “Meninas”, de Sandra Werneck.  Além de referências autobiográficas da equipe de criação.

Para dar o tom do espetáculo, a música é executada ao vivo e explora sonoridades afro-brasileiras em composições autorais. As potentes vozes femininas se juntam aos instrumentos melódicos e percussivos, como a alfaia, o djembe, o violão e o agogô. Há também a constante exploração de sons de elementos da natureza e dos arquétipos animais, como água, lama, madeira, grunhidos de porcos, sinos de vacas e sonoridades do mangue.

“Nossa pesquisa também contemplou os cantos ancestrais, como o vissungo, que se originou entre os negros escravizados na região de Minas Gerais. Ouvimos muito Clementina de Jesus, que tem um disco unindo diversos cantos vissungos. O grupo Clarianas, que explora os cantos caboclos, foi outra referência – a Naruna Costa até nos cedeu uma canção”, comenta Aline Machado, uma das atrizes-criadoras do trabalho.

As cenas bastante imagéticas evidenciam as violências sofridas pelas mulheres, o que possibilita a criação de um espaço de acolhimento, potencializado por um bate-papo com o público logo após as apresentações.

O cenário e o figurino evidenciam ainda mais a temática. As atrizes vestem bermudas, sutiãs com fecho frontal e corpetes pós-cirúrgicos, em referência aos padrões de beleza impostos pela sociedade. Conforme a peça avança, seus corpos e vestimentas ganham tons de vermelho, simbolizando tanto a violência quanto a emancipação feminina.

Já o cenário se divide em três espaços: o ambiente doméstico, formado por mobílias como fogão, cadeiras e relógio; o “não-lugar”, que fica vazio e é onde as atrizes encontram seu local de fala; e a área dedicada às musicistas.

No elenco estão Aline Machado, Carolina Gracindo e Ingrid Alecrim. As musicistas são Aryani Marciano, Beth Sousa e Helena Menezes e o dramaturgista é o Felipe Dias Batista.

Serigrafia para mulheres

Seguindo a proposta de manter uma forte rede de apoio feminina, no dia 19 de março, das 10h às 13h, a Cia do Despejo realiza uma oficina de serigrafia em bolsas de algodão com frases de empoderamento. As inscrições acontecem diretamente no Sesc Interlagos no próprio dia. São disponibilizadas 20 vagas.

Atenção: a entrada no Sesc Interlagos só é permitida mediante a apresentação do comprovante de vacinação contra Covid-19 (físico ou digital) e de um documento com foto. Para os maiores de 12 anos, é preciso ter duas doses da vacina. Já as crianças de 5 a 11 anos devem apresentar o documento evidenciando uma dose.

FICHA TÉCNICA
Diretora: Carmen Soares
Dramaturgista: Felipe Dias Batista
Atrizes Criadoras: Aline Machado, Carolina Gracindo e Ingrid Alecrim
Musicistas Criadoras: Aryani Marciano, Beth Sousa e Helena Menezes
Sonoplasta (efeitos sonoros digitais): Nina Oliveira
Técnica e Operadora de Som: Wayra Arendartchuk
Criadora de Luz: Carolina Gracindo
Iluminador: André Mutton
Orientadoras de Corpo: Ana Paula Bouzas e Mariana Arantes
Orientadora Musical: Valquíria Rosa
Costureira: Duda Viana
Cenotécnica: Ingrid Oliveira
Cenógrafa: Carolina Gracindo
Figurinista e Concepção de Maquiagem: Ingrid Alecrim
Produtor de Palco: Felipe Dias Batista
Assessoria de Imprensa: Verônica Domingues e Bruno Motta – Agência Fática

SERVIÇO
Fêmea, da Cia do Despejo
Grátis
Teatro do Sesc Interlagos – Av. Manuel Alves Soares, 1100 – Parque Colonial, São Paulo – SP | Por conta da pandemia de Covid-19, a capacidade do teatro será reduzida pela metade e será obrigatória a apresentação do comprovante de vacinação
Temporada: 12 e 19 de março, às 16h
Classificação: 12 anos
Duração: 60 minutos
Oficina de serigrafia em bolsas de algodão cru com frases de empoderamento feminino
Grátis
Sesc Interlagos – Av. Manuel Alves Soares, 1100 – Parque Colonial, São Paulo – SP | Por conta da pandemia de Covid-19, a capacidade do teatro será reduzida pela metade e será obrigatória a apresentação do comprovante de vacinação
Data: 19 de março, das 10h às 13h
Inscrição: direto no Sesc Interlagos, no próprio dia 19
Vagas: 20
Classificação: 12 anos
Facebook: @ciadodespejo
Instagram: @ciadodespejo

Sucesso de crítica e público o musical “Naked Boys Singing!” chega ao Rio de Janeiro

Naked Boys Singing!

Naked Boys Singing! (Foto: Caio Gallucci)

Sucesso de crítica e público, com duas temporadas de sucesso em São Paulo, o clássico off-Broadway, “Naked Boys Singing!” estreia dia 11 de março no palco do Teatro Claro Rio, em Copacabana. O espetáculo tem como protagonista o universo masculino e aborda questões como: Circuncisão, masturbação, HIV, ereção involuntária, corpo padrão, gordofobia, e claro, o amor.

Naked Boys Singing! é um espetáculo de teatro musical, ícone da cultura gay, que estreou no Hollywood ‘s Celebration Theatre, em Los Angeles nos Estados Unidos, em 1998, e que posteriormente foi montado em New York, onde se tornou o segundo musical mais longevo off-Broadway. Produzido em mais de 20 países, desde a sua estreia sempre esteve em cartaz em algum lugar do mundo.

No Brasil, a nova montagem esteve em cartaz no Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno (2021) e, devido ao sucesso, retornou em cartaz com nova temporada presencial, em janeiro de (2022), no Teatro Nair Bello.

Com músicas pujantes, tocadas ao vivo por um ator/pianista e defendido com energia e vitalidade por dez atores/cantores/bailarinos, além de uma equipe criativa com nove artistas. O espetáculo é dividido por 15 atos musicados, que abordam temas distintos relacionados ao corpo masculino, do cômico nonsense ao drama.

Segundo o diretor Rodrigo Alfer, a pele exposta, desta vez, no musical tem um significado mais amplo e poético, principalmente pelo momento de pandemia em que fomos obrigados a nos cobrir, e temermos o corpo e contato com o outro. O musical além de libertador é uma celebração à vida.

O Musical

Naked Boys Singing! Possui a estrutura de um gênero que surgiu na França no século XV, o Vaudeville, nele artistas se apresentavam através de números musicais, de dança, acrobacias, mágicas, atletas, grupos ciganos e números com animais. No seu início, os espetáculos eram apenas dirigidos para homens, pois seus números eram considerados grosseiros e chulos.
No século XIX nos EUA e Canadá ganhou contornos de comédia ligeira e foi a principal forma de entretenimento da classe média burguesa tornando-se uma diversão para toda a família. No Brasil houve uma junção entre os termos que pode ser encontrada como opereta, variedade e teatro de revista.

Diferente de seu intuito inicial, que era somente entreter a burguesia, Naked Boys Singing joga luz em temas como, circuncisão, masturbação, HIV, ereção involuntária, corpo padrão, gordofobia, pornografia e outras surpresas, além, é claro, de falar de amor.

Ficha Técnica:
Idealização: Robert Schrock
Versionista: Rafael Oliveira
Direção: Rodrigo Alfer
Assistente de Direção: Manu Littiéry
Direção Musical: Ettore Veríssimo
Assistente de Direção Musical: Gabriel Fabbri
Direção Coreográfica: Alex Martins
Assistente de Coreografia: João Hespanholeto
Preparação de Elenco: Érika Altimayer
Cenário e Figurino: Daniele Desierrê
Desenho de Luz e Iluminação: Guilherme Pereira
Desenho de Som: André Omote
Copista: Rafael Gamboa
Produção e Cenotecnia – Alexandre de Marco
Produção: Alexandre de Marco
Produção Bacana Produção Artísticas & Mosaico Produções
Elenco: André Lau, Aquiles, João Hespanholeto, Lucas Cordeiro, Ruan Rairo, Silvano Vieira, Victor Barreto, Naice, Tiago Prates, Rodrigo Serphan e Gabriel Fabbri – Pianista

Serviço:

Naked Boys Singing!
Teatro Claro Rio (Rua Siqueira Campos, 143 – 2º Piso – Copacabana, Rio de Janeiro – RJ)
Sextas e sábados, às 20h; e domingos, às 19h

Ingressos:
Plateia:  Entre R$:120,00 e R$: 60,00
Frisa: Entre R$:120,00 e R$: 60,00
Balcão: Entre R$: 45,00 e R$: 90,00
Site para vendas: https:  https://bileto.sympla.com.br/event/71507

Temporada de 11 de março a 24 de abril
Duração: 80 min
Classificação indicativa: 16 anos
Capacidade: 659 Lugares

Confissão de Leontina faz nova temporada no Teatro Eva Herz, em SP

Confissão de Leontina

Confissão de Leontina (Foto: João Caldas)

Principal escritora brasileira viva, Lygia Fagundes Telles tem seu conto A Confissão de Leontina adaptado para os palcos. Protagonizado pelo ator Márcio Trinchinatto, com direção de Kleber Montanheiro, a peça faz temporada no Teatro Eva Herz até dia 29 de abril.

Confissão de Leontina é um conto no qual sua protagonista suplica por outra chance social. Faz uma retrospectiva de sua vida, de seus momentos de felicidade, de amores, das traições, dos instantes de solidão e das desilusões.

Reconhecendo-se mais uma habitante da grande cidade, sujeita às injustiças da vida, Leontina reconstitui o seu percurso, desde os tempos de infância em que vivia numa pacata povoação – Olho d’Água. Uma infância árdua e pobre que a obrigou a trabalhar desde pequena, mas mais feliz do que os tempos que se seguiram.

A autora busca, esteticamente, desnaturalizar o preconceito enraizado na sociedade, em que os mais fracos sofrem as consequências do dominador. Do início até o fim do conto ela faz súplicas, por isso que esse corpo se enquadra no conceito de Foucault de “corpo supliciado”.

Uma das grandes marcas da obra de Lygia Fagundes Telles está presente na peça, que é a sua preocupação com as questões políticas e sociais de seu país, e ouvir a dor de Leontina passa a ser metáfora da dor e da beleza de ser brasileiro. Imortal da Academia Brasileira de Letras, ganhadora do Prêmio Jabuti em 1973 e Prêmio Camões em 2005, Lygia Fagundes Telles foi indicada ao Prêmio Nobel de Literatura de 2016.

O diretor Kleber Montanheiro trabalha com poucos itens de cenário e adereço, porém todos se transformando e assumindo várias funções, brincando com o que “nada é o que parece realmente”.

Sobre a volta do espetáculo, Marcio Trinchinatto comenta: “Foram dois anos de espera para uma nova temporada. Neste enorme período de confinamento silencioso e obscuro, vivenciamos o horror que nos mata em forma de vírus, poder e desamor. Aquilo que era uma vontade tornou-se necessidade: a obrigação de dar voz à Leontina, personagem invisível que sintetiza a ilustração do brasileiro vivendo à margem da vida. Um brasileiro que quase não é gente, mas conveniência.”

Simultaneamente à estreia do espetáculo, o ator está lançando um livro infantil inédito. A MENINA QUE CONVERSAVA COM A ESTRELA, pela Editora Flamingo, com ilustrações de Victor Grizzo.

Ficha técnica
De Lygia Fagundes Telles
Com
Marcio Trinchinatto
Direção e figurino
Kleber Montanheiro
Assistência de direção
Larissa Matheus
Luz Rodrigo Oliveira
Cenotécnico Evandro Carretero
Costureira Euda Alves de Souza
Divulgação: Pombo Correio Assessoria de Imprensa

Serviço:

A CONFISSÃO DE LEONTINA
De Lygia Fagundes Telles

TEATRO EVA HERZ
Livraria Cultura – Conjunto Nacional
Avenida Paulista 2073 – Cerqueira César
Temporada: de 11 de março até 29 de abril
Sextas às 20h.
Ingressos: R$ 50,00
Duração: 75 minutos

Você pode gostar

Deixe um comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você concorda com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceito Leia mais

Share via