Legalmente Loira em curta temporada no Teatro Claro Mais, em São Paulo

por Waleria de Carvalho
O espetáculo fala sobre diferenças e aparências - Foto de Andreia Machado

Baseado no livro de Amanda Brown e adaptado para os cinemas em 2001, o grande sucesso de público Legalmente Loira ganhou os palcos da Broadway em formato musical em 2007, sendo indicado em sete categorias do Tony Awards e em dez categorias do Drama Desk Awards.

Sua montagem em Londres aconteceu em 2010 e recebeu o prêmio de Melhor Musical no Olivier Awards. A produção por aqui conta com assinatura do Instituto Artium de Cultura e Atelier de Cultura, responsáveis por sucessos como Wicked; Evita Open Air; Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate; e Cantando na Chuva – atualmente em cartaz. Inédita no Brasil, a montagem é apresentada por Ministério da Cultura e BrasilprevLegalmente Loira fará uma curtíssima temporada em São Paulo a partir de 17 de julho no Teatro Claro Mais SP. 

O espetáculo tem música e letras de Laurence O’Keefe e texto de Heather Hach. Na trama, Woods, jovem estudante de moda, espera ser pedida em casamento pelo seu namorado, mas ele termina com ela sob o pretexto de que quer cursar a Universidade de Harvard e o estereótipo de Elle não fará bem para sua carreira. Para provar que inteligência não depende de aparências, ela resolve entrar na mesma faculdade de Direito que o ex-namorado. 

Na sequência de papéis grandiosos como Evita em Evita Open Air, Elphaba em Wicked e Sra. Wormwood em Matilda, Myra Ruiz protagonizará Legalmente Loira como Elle Woods, interpretada por Reese Witherspoon no cinema. Completam ainda o elenco protagonista Renan Rosiq (Warner Huntington III), Hipólyto (Emmett Forrest), Leilah Moreno (Paulette Bonafonté), Danilo Moura (Professor Callahan), Gigi Debei (Vivienne Kensington) e Amanda Döring (Brooke Wyndham).

Legalmente Loira – O Musical é apresentado pelo Ministério da Cultura e pela Brasilprev, tem patrocínio da Momenta e apoio da PremieRpetSegurProRio BrancoRadisson Blu São Paulo e Dona Deôla.

Confira abaixo o elenco completo: 

Myra Ruiz – Elle Woods

Renan Rosiq – Warner Huntington III

Hipólyto – Emmett Forrest

Leilah Moreno – Paulette Bonafonté

Danilo Moura – Professor Callahan 

Gigi Debei – Vivienne Kensington

Amanda Döring – Brooke Wyndham 

Giselle Alfano – Ensemble 

Thaiane Chuvas – Ensemble

Gabriela Gatti – Ensemble

Mariana Ramires – Ensemble

Vinnycias – Ensemble

Lara Gomes – Ensemble

Esther Arieiv – Ensemble

Vivian Bugno – Ensemble

Bia Vasconcellos – Ensemble

Paulo Grossi – Ensemble

Fábio Galvão – Ensemble

Rafael Pucca – Ensemble

Danilo Martho – Ensemble

Vitor Loschiavo – Ensemble

Ricke Hadachi – Ensemble

Nina Sato – Swing e Dance Captain

André Ximenes – Swing

Andreina Szoboszlai – Swing

EQUIPE CRIATIVA

Direção Geral: John Stefaniuk 

Direção Musical: Andréia Vitfer

Cenário: Duda Arruk

Figurino: Ligia Rocha, Marco Pacheco e Jemima Tuany

Coreografia: Floriano Nogueira

Design de Som: Gabriel D’Angelo

Design de Luz: Guilherme Paterno

Design de Perucas: Feliciano San Roman

Design de Maquiagem: Cris Tákkahashi

Versão Brasileira: Victor Mühlethaler

Produtor: Baccic

SERVIÇO

LEGALMENTE LOIRA

A partir de 17 de julho de 2024

Local: Teatro Claro SP – Shopping Vila Olímpia – R. Olimpíadas, 360 – Vila Olímpia, São Paulo – SP, 04551-000

Legalmente Loira – O Musical

Gênero: Teatro Musical

Local: Teatro Claro SP – Shopping Vila Olímpia

Temporada: 17 de julho a 08 de setembro de 2024

Sessões:

Quarta-feira, 19h30

Quinta-feira, 19h30

Sexta-feira, 19h30

Sábado, 15h00

Sábado, 19h30

Domingo, 15h00

Domingo, 19h30

Endereço: R. Olimpíadas, 360 – Vila Olímpia, São Paulo – SP, 04551-000

Capacidade: 801 pessoas

Classificação Etária: Livre. Menores de 12 anos devem estar acompanhados dos pais e/ou responsáveis legais. A determinação da classificação etária poderá a qualquer momento ser alterada pelo Juiz de Direito da Vara da Infância e Juventude da Comarca de São Paulo – SP. 

Duração do espetáculo: 150 minutos com 15 minutos de intervalo

Ingressos

de R$19,80 a R$370,00

A programação do Teatro Claro mais SP conta com acessibilidade física e de conteúdo.

 

Lais Lage estreia “Ato I: ensaio sobre uma atriz que está ficando cega”, em 25 de julho, no Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto, no Rio

A peça conta como é a vida de uma mulher que está ficando  - Foto de Rodrigo Menezes

A peça  conta como é a vida de uma mulher quase cega  – Foto de Rodrigo Menezes

Pensando a acessibilidade de maneira global, o solo “Ato I: ensaio sobre uma atriz que está ficando cega”, com atuação de Lais Lage, é uma performance sensorial e itinerante, inspirada nas vivências da atriz enquanto uma pessoa negra, periférica e PCD (baixa visão em ambos os olhos). Com direção de Wallace Lino e Bruma Machado, o projeto estreia em 25 de julho, no Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto. Serão apenas quatro apresentações (dias 25, 26, 27 e 28 de julho), todas gratuitas, com audiodescrição feita pela própria atriz e com um intérprete de Libras, além de acessibilidade para todo o público. A dramaturgia coletiva foi criada por Lais em parceria com Wallace e Bruma durante o processo de criação.

O espetáculo é itinerante e ocupa praticamente todos os ambientes do Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto. Dividido em sete “módulos cênicos”, “Ato I: ensaio sobre uma atriz que está ficando cega” tem como ponto de partida o estacionamento (entrada pela Rua Humaitá), onde o público é recebido por Lais que conta curiosidades do seu lugar de origem, o bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ainda do lado de fora do centro cultural, explica que foi diagnosticada aos 12 anos com uma condição chamada ceratocone, doença que aponta para a possibilidade de cegueira em seu estado avançado.

A partir deste primeiro “módulo cênico”, o público embarca com Lais num reencontro com sonhos que não começaram ali. Primeiro, a atriz conduz o público por uma espécie de câmara com uma luz tão forte, que mal se pode ver. Em seguida, a cena se passa no espaço “a cegueira branca”, com lentes e objetos pendurados que podem ser tocados. No decorrer do percurso, as cenas vão revelando memórias, afetos, e a família da atriz é reverenciada em fotos e com uma música cantada pela avó, que sonhava em ser cantora.

“Eu nunca tive a possibilidade de tratar sobre a questão deficiência, até mesmo porque eu não me entendia como uma pessoa com deficiência, acho que isso é uma coisa muito tardia também. Eu fui me autodenominar PCD por volta de 2020. Então, ainda é um lugar sobre o qual eu não me debrucei completamente”, conta Lais, hoje com 26 anos. 

Para Bruma Machado, a história de Lais contempla também a vida de várias mulheres e de outras pessoas. “A gente não se propôs a contar uma história, mas criar um universo para apresentá-lo de forma inteligível”, revela. “A acessibilidade não é só sobre corpos com deficiência. Todo mundo tem uma necessidade específica de recurso para poder manejar bem na sociedade. Todo mundo precisa de algum recurso de acessibilidade”, completa 

Wallace Lino destaca as diferentes camadas do espetáculo. “Temos nos questionado muito até sobre as nossas práticas anteriores. Para quem que a gente está produzindo a arte?”, indaga. “O trabalho da Lais traz uma profundidade de descamar também o que a própria artista traz para a cena. Não é só uma pessoa com baixa visão. Ela é uma pessoa com baixa visão de Santa Cruz. E tem toda uma trajetória dos anos em que estudou na UNIRIO”, completa. 

Sobre Lais Lage

Lais Lage é negra, PCD (baixa visão em ambos os olhos), bissexual, candomblecista e cria de Santa Cruz, bairro localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Trabalha como atriz, produtora e diretora no Coletivo Arame Farpado, vencedor do 8º prêmio Questão de Crítica, além de ser formada em Licenciatura em Teatro na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). 

Participou como atriz nos espetáculos teatrais “Quem é o Zezinho” da Trupe De Lá Tag; “Pastrana – A Mulher mais Feia do Mundo”, “Arame Farpado”, “O Clássico Êxodo”, do Coletivo Arame Farpado; “Corpo Minado” do grupo Atiro; “Xinguela”, “Cabeça de Porco”, estes dois últimos realizados pelo Projeto Prática de Montação. 

Em audiovisual, atuou na minissérie da Netflix “Os Quatro da Candelária”, dirigiu o documentário “Piracema”, roteirizou o documentário “Meu Corre” e atuou no curta-metragem “Comigo”, “Por que Brilham as Estrelas” e “Expresso Parador”, do Coletivo Arame Farpado em parceria com a produtora Cafuné na Laje, além de ter dirigido o episódio piloto da websérie “Placa Mãe”.

Ficha técnica: 

Ideia Original: Lais Lage

Elenco: Lais Lage

Idealização: Bem Medeiros, Carolina Caju e Lais Lage

Dramaturgia: Bruma Machado, Lais Lage e Wallace Lino 

Direção Artística: Bruma Machado e Wallace Lino 

Direção de Produção: Bem Medeiros e Carolina Caju

Produção executiva: Matheus Ribeiro 

Direção de Arte: Rona 

Assistentes de direção de arte: Ismael David e Dai

Direção de movimento: Milu Almeida 

Direção sonora: Rodrigo Maré

Iluminação: Tainã Miranda

Assistente de iluminação: Louise Anibal

Coordenação de Acessibilidade: Dai Brasil

Identidade visual: Indigo Braga

Mídias Sociais: João Pedro Zabeti

Apoio: Arame Farpado, Entidade Maré e Bar Sambódromo
Realização: SUMA Filmes

Assessoria de imprensa: Catharina Rocha e Paula Catunda

SERVIÇO

Espetáculo: “Ato I: ensaio sobre a atriz que está ficando cega”

Apresentações: dias 25, 26 27 e 28 de julho de 2024

Local: Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto

(Rua Humaitá, 163 – Humaitá)

Dias e horários: Quinta e sexta, às 20h. Sábado e domingo, às 16h. 

Duração: 75 min.

Classificação etária: 14 anos

Informações: (21) 2535-3846 e 98587-0494
Capacidade: 50 pessoas
Entrada franca

Centro de Artes Casa da Rua do Amor abre vagas para oficinas culturais e promove apresentações de peças com entrada franca, em Santa Cruz, RJ

“Capitão Livrão”  incentiva e reforça a importância do estudo para a garotada - Foto de Juliana Gomes @aosolhosdaju

“Capitão Livrão” incentiva  a importância do estudo para a garotada – Foto de Juliana Gomes 

Inaugurado em 2016, o Teatro a Céu Aberto do Saquassu, por meio do edital Ações Locais da SMC/ Lei Paulo Gustavo, lança programação grátis entre julho e novembro com oficinas e espetáculos teatrais, em Santa Cruz, RJ. O espaço existe há quase 20 anos e desde 2013 está sob a gestão da 7 Phocus Companhia de Teatro com aulas de teatro, música, dança, exposição.

 A temporada teatral abre no dia 20/7, sábado, às 19 horas com a peça infantil “Capitão Livrão” que incentiva e reforça a importância do estudo para a garotada. “Para quem estranha o horário, a gente sempre lembra que a apresentação é num teatro a céu aberto, sendo assim pela tarde ou manhã não privilegia a iluminação da peça que ajuda no imaginário da criançada”, comenta Gisele Flôr, atriz e coordenadora geral da Centro de Artes Casa da Rua do Amor.

 O Grupo – Teatro do Ambulante – Rio de Janeiro com texto de André Faxas e direção de Sergio Telles conta a história de uma menina rica (Martinica), que odeia ler e estudar, mas é apaixonada por um menino profundamente estudioso (Cassiano) que não lhe dá atenção. Sentindo-se rejeitada pela sua falta de cultura, ela recebe ajuda de um super-herói, o poderoso “Capitão Livrão”, cheio de superpoderes e assim começa sua busca por conhecimento através da leitura e com isso fica motivada a conquistar Cassiano.

No entanto, os vilões videogame “Game Over” e o celular “Clara Viva” surgem para atrapalhar a missão de tornar a vida de Martinica mais produtiva e menos superficial. Travam um grande duelo, onde o tradicional livro terá o confronto com o entretenimento tecnológico, pela atenção da menina.

Já no próximo mês, em 24/8, sábado, às 19 horas, o diretor e dramaturgo Gilvan Balbino chega ao espaço com o espetáculo “A Farsa do Bumba-Meu-Boi”, uma ópera popular com inspiração no folclore brasileiro encenada pelo Grupo Teatral De 4 No Ato.  A história do boi de raça morto para saciar o desejo da grávida Catirina, que quer comer sua língua. Com medo de a esposa perder o filho, seu marido, Mateus, resolve matar o boi de seu patrão.

Muita confusão acontece até que o boi seja ressuscitado. A conhecida trajetória do atrapalhado casal, difundida e propagada nos quatro cantos do país, conduz o espectador a um divertido jogo cênico com três atores se alternando entre cinco personagens, deixando a história dinâmica e irreverente, como convém ao repertório da cultura popular brasileira.

Gisele Flôr explica que o lugar quando não é contemplado por editais, os moradores e comerciantes locais estão sempre no apoio para não faltar atividades na programação permanente. Ela junto à equipe formada por atores e arte-educadores prepara um ambiente acolhedor com a nova programação para o público de diversas faixas etárias, incluindo pessoas com alguma deficiência.

 Para acessibilidade iremos oferecer intérprete de Libras em todas as apresentações. Além disso, vamos deixar à disposição das ONGs e instituições locais uma van de 15 lugares para ida e volta de moradores com deficiência – diz. “Mas para isso, há uma busca ativa de ONGs e espaços de convivência onde a nossa produção entra em contato para confirmar a necessidade”– acrescenta Rodrigo Veras, produtor executivo.

Um teatro no quintal da casa

O Centro de Artes Casa da Rua do Amor abriga o Teatro a Céu Aberto do Saquassu, inaugurado em 2016 com capacidade para 70 lugares, palco italiano, parcialmente coberto e acústica perfeita, camarim e banheiro. Além dele, também o Museu de Artes LúdicasCineclube Waldir OnofreTeatro de Bolso Vilma Camarate e Sala de Leitura e Escritas Criativas Fabi Carrozino.

O Centro de Artes, no número 3 da Rua do Amor, funciona na casa doada há 17 anos pela extinta empresa Valesul Alumínio, que tinha fábrica em Santa Cruz. Nos anos 2000, a empresa fez um diagnóstico da região e seu entorno para conhecer as necessidades básicas dos moradores. Entre os temas apontados no questionário estava a falta de atividades de arte e cultura.

Mesmo com todas as dificuldades de ser um espaço localizado em uma região periférica, já pisaram no palco Teatro a Céu Aberto do Saquassu muitas Companhias de teatro, tanto nacionais quanto internacionais, com suas devidas produções artísticas, algumas com ajuda de custo, outras totalmente voluntárias.

Inscrições para duas oficinas: crianças, jovens e adultos. Toda quarta-feira, de julho a novembro:

  • Oficina de criação Artística para infância(8 a 12 anos). Duas turmas, das 14h às 16h e 16h às 18h. Módulo 1 – Teatro de Bonecos (@zeluz56); Módulo 2 – Danças Populares (@myrianbrasil17); Módulo 3 – Desenho (@johnnyportela); Módulo 4 – Criando e Contando Histórias (@ana.paula_pereira_) e (@maria.conta.historias); Módulo 5 – Brinquedos e Brincadeiras (@liilvaz).
  • Oficina de Prática de montagem teatral para jovens e adultos(a partir de 16 anos) com Giselle Flôr (@giselle.flor.07). Toda quarta, 18h às 21h, finalizando com uma apresentação teatral em novembro.

Contatos para inscrições gratuitas na bio @casadaruadoamor ou pelo (21)98507-4999 (Casa da Rua do Amor). Sobre a programação permanente do Centro de Artes Casa da Rua do Amor. Aulas: Teatro, Violão e Cavaquinho, Musicalização Infantil, Flauta Doce e Dança do Ventre. Eventos: Roda de Samba, Apresentação Teatral e Encontro Musical.

site www.centrodeartescasadaruadoamor.com.br @ centrodeartescasadaruadoamor.

FICHA TÉCNICA

Giselle Flôr – coordenadora geral/ Rodrigo Veras – produção executiva/ Luiz Vaz – curador/ Roberto Lincoln – produtor cutural/ Allexandra Hayram – gestora de mídias sociais e designer gráfico/ Clóvis Corrêa – assessor de imprensa. 

SERVIÇO

  • 20/7 – sábado, às 19h

Peça infantil – “Capitão Livrão”. Texto
de André Faxas e direção de Sergio Telles. Uma menina vai à busca por conhecimento através da leitura com a ajuda do Capitão Livrão”, super herói que entre em conflito com o vídeo game e o celular. Com Grupo – Teatro do Ambulante – Rio de JaneiroDuração: 1h

  • 24/8, sábado, às 19h

A Farsa do Bumba-Meu-Boi. Texto e direção: Gilvan Balbino. Ópera popular inspirada no folclore brasileiro.  Com o Grupo Teatral De 4 No Ato. Duração: 1h

Local: Teatro a Céu Aberto do Saquassu

Endereço: Rua do Amor, n° 3 – Santa Cruz, RJ

Telefone: whatsapp (21) 98507-4999

Capacidade: 70 pessoas

Entrada franca

Classificação indicativa: livre

Espetáculo musical “Quase Shakespeare – Um Musical Rock and Roll” estreia no Rio de Janeiro com direção de Cininha de Paula

Como seria se Shakespeare vivesse em pleno século XXI com os desafios do último ano da escola? “Quase Shakespeare – Um Musical Rock and Roll” traz essa realidade para os palcos com um elenco teen dando vida aos personagens do escritor. Na peça personagens shakespearianos se cruzam dentro da realidade do último ano escolar. O espetáculo traz citações de histórias originais como Hamlet, Ofélia, Otelo, Catarina e Petruquio dentre vários outros.

“Quase Shakespeare” é uma continuação de “A Megera Domada”, em que Wanda, uma menina que superou sua fobia, volta à sua antiga escola e encontra personagens como Petruchio, Catarina, Romeu, Juliete, Isolda, Ricardo III, para viver novos conflitos que acontecem a partir de sua chegada. 

Wanda não pertence a nenhuma peça de Shakespeare, ela chega para mexer com todas essas histórias. Incitada pelo medo, por traumas da infância, se relaciona por meiio do medo que ela causa nas pessoas por seu jeito de ser. Os personagens então se cruzam trazendo para este século em um colégio, as problemáticas shakespearianas, com a vivência e citações das obras originais como Hamlet, Ofélia, Otelo, e a relação de Catarina e Petruchio.

Tudo isso com o melhor do rock brasileiro, em um espetáculo que discute as problemáticas da adolescência, como sexualidade, depressão, bulimia e todas as inseguranças que permeiam este momento de vida.

A nova montagem traz um elenco de jovens atores entre 14 a 24 anos, alunos da CN Artes, interpretando o texto de Gustavo Klein, sob a direção geral de Cininha de Paula, direção de atores de Charles Daves, direção musical de Juliana Moulin e coreografias de Ursula Mandina. 

Estão no elenco: Amanda Costa (Terapeuta/ Prof Herminia), Anaju Gomes (Beatrice), Analu Malafaia (Isolda), Bella Alonso (Prof Talia), Bella Lopes (Dede), Bruna Tavares (Julieta), Clarah Passos (Wandinha), Duda de Paula (Bianca), Edson Alves Jr (Petruquio), Enzo Cespom (Iago), Felipe Magoulas (Hamlet), João Pedro Ramos (Romeu), Jullia Cerqueira (Catarina), Larissa Pereira (Viola), Luna Machado (Puck), Marie Guimarães (Tita), Paola Rabetti (Ofélia), Raphaela Lins (Ottavia), Sophia Ayres (Millie) e Vitor Barreto (Grêmio). 

As apresentações acontecerão nos dias 20 e 21 de julho, às 16 horas e 27 e 28 de julho, às 14 horas no Teatro dos Grandes Atores. Os ingressos já estão à venda. 

Ficha técnica:

Texto: Gustavo Klein

Direção Geral: Cininha de Paula

Direção de Atores: Charles Daves

Direção Musical: Juliana Moulin 

Coreografias: Ursula Mandina

Serviço:

“Quase Shakespeare! – Um Musical Rock and Roll”

Únicas apresentações

Dias 20 e 21 de julho, às 16h

Dias 27 e 28 de julho, às 14h

Teatro dos Grandes Atores – Av. das Américas, 3555. Barra da Tijuca. Rio de Janeiro/RJ

Ingressos: R$45,00 (meia) e R$90,00 (inteira)

Classificação: Livre

Duração: 90 minutos

AQUI – Amanhã é outra imagem 

estreia em São Paulo

No palco, segurança abalada. Na vida... Foto de  Maringas Maciel

No palco, segurança abalada. Na vida… Foto de Maringas Maciel

Após estrear em 2022 e realizar apresentações no FRINGE, a mostra alternativa do Festival de Curitiba, o espetáculo AQUI – Amanhã é outra imagem, da Súbita Companhia de Teatro, finalmente chega a São Paulo. As apresentações são gratuitas e acontecem entre os dias 25 e 28 de julho, de quinta a sábado, às 21h, e, no domingo, às 19h, no Teatro Paulo Eiró

Na trama, cinco pessoas estão reunidas em um teatro onde o teto se abre gradativamente. A segurança, se é que já existiu, está abalada. As paredes tremem. Ainda assim, elas se olham, se encontram e se abraçam com paixão, força, potência e amor. 

Um buraco que para cada uma das personagens significa algo diferente. Mas, aos poucos, ele nos permite ver o céu. Os artistas permanecem neste espaço repetindo suas ações, o gesto eterno que sobrevive ao agora, porque está contido aqui, se inicia e se finda ao começar de novo e de novo. No elenco estão Cleydson Nascimento, Dafne Viola, Helena de Jorge Portela, Pablito Kucarz e Patricia Cipriano

“O espetáculo usa da metáfora do próprio teatro para desdobrar a nossa relação com tudo que está ameaçado de alguma maneira. O teatro é um lugar que segue resistindo através dos tempos às precariedades, à censura, ao descaso de governos, às pandemias. E, a despeito de tudo isso, artistas seguem fazendo – e essa ação reafirma, a cada momento, a função social e cultural da arte”, conta a diretora Maíra Lour

Para contar a história, a direção aposta em uma fisicalidade intensa, característica marcante da companhia. Em cena, os atores e as atrizes dançam coletivamente para se manterem vivos e atentos ao que acontece ao redor.

“Cada personagem olha para a situação do teto do teatro se abrindo de um ponto de vista e não há resposta certa. Isso porque existe uma pluralidade de reações ao que nos amedronta: podemos paralisar, ignorar, tentar consertar sem as ferramentas corretas, rir, chorar, mobilizar pessoas, e tantas outras ações possíveis. Por isso, essa metáfora pode ser levada para tantas outras questões da vida pessoal cotidiana e da vida pública do país e do mundo”, defende Maíra.

Na construção da dramaturgia, Lígia Souza e Maíra Lour usaram como primeira referência o quadrinho Here (1989), do ilustrador norte-americano Richard McGuire. No enredo, os leitores acompanham uma sucessão de acontecimentos ambientados em um mesmo espaço e ao longo de muitos anos.  

 “O que nos chamou a atenção na obra de McGuire foi a noção de movimento e transformação de tempo e espaço que ele criou. Isso foi uma inspiração forte para a cenografia e o passar dos anos dessa linguagem milenar que é o teatro”, detalha Lour. 

Com esta ideia em mente, o cenário de Fernando Marés é formado por um urdimento de madeira (armação posicionada ao longo do teto do palco que permite o funcionamento e fixação dos dispositivos cênicos, como moitões, roldanas e ganchos) que, graças a uma mecânica rudimentar, provoca a sensação de um teto que se abre. 

Além disso, seguindo um conceito de palco vazio inspirado em Peter Brook, há a presença cênica de uma cadeira, que é compartilhada pelos intérpretes. O foco, portanto, está no jogo físico e dinâmico entre os artistas.   

Ainda falando de aspectos visuais, outro ponto importante para o grupo foi expressar as personalidades dos personagens pelos figurinos. Desta forma, a figurinista Isbella Brasileiro definiu elementos bem característicos para cada um deles: a atriz do vestido de festa, a atriz muito alta, o ator sem cabelos, o ator da capa de chuva e a atriz dramática.  

Já a trilha sonora original de Rodrigo Stradiotto transmite a noção de sobreposição de tempos, criando a ilusão de um grande plano sequência. “É como se pudéssemos assistir a todos aqueles acontecimentos de várias maneiras diferentes durante a peça”, comenta Maíra.  

Ficha Técnica

Direção artística: Maíra Lour

Textos: Súbita Companhia de Teatro

Dramaturgia: Lígia Souza e Maíra Lour

Elenco: Cleydson Nascimento, Dafne Viola, Helena de Jorge Portela, Pablito Kucarz e Patricia Cipriano

Direção de produção: Gilmar Kaminski

Assistência de produção: Dânatha Siqueira

Assistência de direção: Anna Wantuch e Vitor Schuhli

Cenário: Fernando Marés

Cenotecnia: Fabiano Hoffmann

Contrarregragem: Anna Wantuch

Figurino: Isabella Brasileiro

Iluminação: Beto Bruel e Lucri Reggiani

Operação de luz: Lucri Reggiani

Trilha original e sonoplastia: Rodrigo Stradiotto

Operação de som: Álvaro Antonio

Colaboração internacional: Senja Spackman (EUA)

Design gráfico: Pablito Kucarz

Estratégia digital: Gabriela Berbert

Assessoria de imprensa: Canal Aberto

Produção local: Anayan Moretto e Lucas Vanatt

Intérprete LIBRAS: Fabiano Campos

Audiodescrição: Bell Machado

Realização: Súbita Companhia de Teatro e Flutua Produções

SERVIÇO
AQUI – Amanhã é outra imagem, da Súbita Companhia de Teatro
Data: 25 a 28 de julho, de quinta a sábado, às 21h, e, aos domingos, às 19h
Local: Teatro Paulo Eiró – Av. Adolfo Pinheiro, 765 – Santo Amaro
Ingressos: gratuitos | Distribuição a partir de uma hora antes das apresentações
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 70 minutos

A apresentação do dia 25 de julho (quinta-feira) contará com intérprete de LIBRAS e a sessão do dia 28 de julho (domingo) contará com recurso de audiodescrição.

 

 

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