Uma ave oceânica da espécie Phaethon aethereus, conhecida como rabo-de-palha-de-bico-
No CRD, foram feitos exames e os cuidados com a ave foram prontamente iniciados. O animal apresentava desidratação e ectoparasitas (piolho). O Instituto Albatroz, que executa o Projeto de Monitoramento Praias da Petrobras em parte da Região dos Lagos, foi acionado pela Secretaria de Meio Ambiente de Cabo Frio, após o proprietário comunicar a ocorrência ao órgão. A população também pode acionar o PMP ao avistar animais marinhos encalhados nas praias da região, vivos ou mortos, pelo telefone 0800 991 4800.
O rabo-de-palha-de-bico-vermelho
O Phaethon aethereus – que exibe rabo característico, resultado de uma modificação das penas rectrizes, feita para auxiliar no direcionamento do voo, como um leme – é, atualmente, classificado como de “Pouco Preocupante” na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). “No entanto, a espécie enfrenta ameaças de perda de habitat, predação por espécies invasoras e perturbações humanas, o que pode requerer uma reavaliação futura de seu status de conservação. Embora atualmente não esteja sob ameaça imediata de extinção, o estado de conservação de Phaethon aethereus merece monitoramento devido a potenciais ameaças antrópicas”, comenta a médica veterinária Daphne Goldberg, Responsável Técnica do Instituto Albatroz.
O Phaethon aethereus possui uma distribuição ampla, porém irregular, pelas regiões tropicais e subtropicais do Atlântico, Pacífico e Oceano Índico. Frequentemente, habita ilhas afastadas e atóis, onde nidifica em penhascos e costões rochosos remotos. Fora da temporada reprodutiva, essas aves são tipicamente oceânicas, passando longos períodos em mar aberto. A dieta da espécie consiste, principalmente, em peixes, lulas e pequenos crustáceos.
Projeto de Monitoramento de Praias
O Instituto Albatroz, que atua na Região dos Lagos desde 2014, recentemente inaugurou um Centro de Visitação em Cabo Frio e passou a executar o Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) da Petrobras em Cabo Frio, Búzios e parte de Arraial do Cabo, somando 25 praias espalhadas por 54 quilômetros de litoral. O monitoramento é feito diariamente a pé e com o uso de quadriciclos por técnicos e monitores. A população também pode acionar as equipes de monitoramento ao avistar um animal marinho vivo ou morto nas praias, através do telefone 0800 991 4800.
Durante a atividade, aves e tartarugas marinhas encontradas vivas pelas equipes de campo são encaminhadas para o Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) da fase de transição, em Araruama, também sob responsabilidade do Instituto Albatroz. Os animais encontrados sem vida também seguem para o CRD, onde são submetidos à necropsia para que a causa da morte seja determinada, quando possível.
O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) foi desenvolvido para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural. A realização do PMP-BC/ES é uma exigência do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama.
Instituto Albatroz
O Instituto Albatroz é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que desde 2003 trabalha em parceria com o poder público, empresas pesqueiras e pescadores para a conservação de albatrozes e petréis que se alimentam em águas brasileiras. O Instituto Albatroz coordena o Projeto Albatroz, que conta com bases em Cabo Frio (desde 2014), Santos (SP), Itajaí e Florianópolis (SC) e Rio Grande (RS).
Telefone de contato para acionamento do PMP-BC/ES na Região dos Lagos: 0800 991 4800