Por uma imprensa mais plural: o compromisso de Rafael Gomes com a inclusão

Na presidência da Comissão de Inclusão e Diversidade da AIB, Rafael articula projetos que capacitam jornalistas, aproximam a mídia das periferias e integram a comunicação à luta por equidade e direitos humano

por Jorge Rodrigues
Rafael Gomes

Sob a liderança de Rafael Gomes, presidente da Comissão de Inclusão e Diversidade da Associação da Imprensa do Brasil (AIB), a entidade tem intensificado esforços para transformar a comunicação brasileira em um espaço mais plural e representativo. Com foco na formação de jornalistas, construção de guias editoriais e parcerias com movimentos sociais, a Comissão busca ampliar a diversidade nas redações e no conteúdo noticioso, atuando também na interseção entre imprensa e direitos civis para promover uma sociedade mais justa e democrática.

Como a Comissão de Inclusão e Diversidade da Associação da Imprensa do Brasil (AIB), sob sua presidência, tem atuado para promover uma representatividade mais autêntica e equitativa nos veículos de comunicação brasileiros, tanto na redação quanto no conteúdo veiculado?

Como presidente da Comissão de Inclusão e Diversidade da AIB, tenho buscado ampliar o olhar da imprensa para além dos grandes centros e das vozes tradicionalmente ouvidas. Nosso compromisso é com uma representatividade verdadeira, que reflita a pluralidade da sociedade brasileira — seja nas redações, seja nas pautas. Promovemos ações internas e externas para estimular a diversidade nas equipes jornalísticas, incentivando veículos a repensarem seus quadros e a forma como constroem narrativas. A comunicação precisa romper bolhas e assumir seu papel transformador, não apenas como espelho, mas como instrumento de mudança social.

Rafael Gomes

Rafael Gomes

Quais são os principais projetos ou iniciativas que a Comissão de Inclusão e Diversidade da AIB tem desenvolvido para capacitar jornalistas e veículos de imprensa a abordar temas de diversidade com maior sensibilidade e profundidade, especialmente em relação a grupos subrepresentados?

Temos realizado encontros formativos, rodas de conversa, oficinas e parcerias com movimentos sociais e entidades que atuam diretamente com populações subrepresentadas. Essas ações têm como foco a capacitação técnica e ética dos profissionais de imprensa, aproximando-os de realidades que, muitas vezes, são retratadas de forma estigmatizada ou superficial. Também estamos construindo um guia editorial com orientações práticas sobre cobertura de temas como LGBTQIAPN+, igualdade racial, liberdade religiosa, inclusão de pessoas com deficiência, entre outros. Acreditamos que só com escuta ativa e formação contínua conseguiremos uma cobertura mais humana, sensível e transformadora.

Considerando sua atuação tanto na AIB quanto na OAB-RJ (como Secretário-Geral de Defesa da Diversidade), como o senhor vê a intersecção entre a promoção da diversidade na imprensa e a garantia de direitos e equidade no âmbito jurídico e social? Qual o impacto de uma imprensa mais diversa na construção de uma sociedade mais justa?

A imprensa e o Direito são pilares fundamentais da democracia. Enquanto o jurídico garante direitos, a imprensa tem o poder de visibilizar desigualdades, denunciar injustiças e ampliar o debate público. A intersecção entre essas áreas é crucial para consolidar políticas públicas e garantir que elas saiam do papel. Uma imprensa mais diversa gera narrativas mais completas, reconhece as múltiplas existências e legitima as lutas dos grupos historicamente marginalizados. Quando damos voz a quem sempre foi silenciado, contribuímos diretamente para a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e representativa — tanto na legislação quanto na opinião pública.

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