Academia Brasileira de Letras do Cárcere faz sua estreia na Bienal do Livro do Rio e emociona o público com histórias de transformação

por Redação

A manhã do dia 17 de junho de 2025 marcou um capítulo histórico na trajetória da Academia Brasileira de Letras do Cárcere (ABLC). Com pouco mais de um ano de existência, a instituição fez sua emocionante estreia na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, levando ao evento a potência da palavra como ferramenta de transformação social.

A convite da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, que ocupa a feira com a Casa da Leitura e do Conhecimento, a ABLC promoveu a roda de conversa “Entre Grades e Letras: O Poder da Palavra”, reunindo acadêmicos, educadores e especialistas que atuam diretamente na promoção da leitura dentro e fora do sistema prisional.

Mais do que uma participação institucional, a presença da ABLC na Bienal foi um verdadeiro manifesto sobre o poder da educação e da literatura como instrumentos de reintegração social.

Posse emocionante na Bienal

Excepcionalmente durante o evento, a ABLC deu posse a mais um acadêmico: Aduilson Góis, de Sergipe, que agora ocupa a Cadeira 39, do patrono Luis Sepúlveda . Uma cerimônia simbólica, carregada de emoção, que reforça o alcance nacional da Academia, hoje com acadêmicos espalhados por todo o Brasil, pessoas que transformaram suas trajetórias através da leitura e da escrita.

Depoimentos que ecoaram na Bienal

Entre os momentos mais marcantes da roda de conversa, esteve a fala da professora Anita Alvarenga, que há mais de 20 anos atua como educadora no sistema prisional. Com a voz embargada, ela destacou:

“A cada livro que chega a uma unidade prisional, uma janela se abre. A palavra tem o poder de acender a esperança.”

O vice-presidente da ABLC, Siro Darlan, também emocionou o público ao convocar todos os presentes a olharem para a sociedade com mais empatia e humanidade:

“A Academia existe para lembrar que é impossível falar de ressocialização sem entender que muitos nunca foram sequer socializados, destacou escritor e acadêmico SagatB,

Afrânio Barbosa, decano da UFRJ, comentou: “O livro chega às unidades prisionais como chega a qualquer leitor: como uma chance de libertação, de construção de uma nova história.”

Roda de conversa potente

O encontro foi mediado pelo diretor de comunicação da ABLC,  Jota Carvalho, e contou com a participação de nomes relevantes como:

• Clécius Silva, da Fundação Santa Cabrini, que falou sobre os projetos de educação e trabalho dentro do sistema prisional;

• Professor Paulo Tonani, da UFRJ, que apresentou o projeto LER, focado na promoção da leitura em unidades prisionais;

• Anita Alvarenga, diretora geral do C.E. Mário Quintana, referência na educação de pessoas privadas de liberdade;

• Afrânio G. Barbosa, decano da UFRJ e diretor do Centro de Letras e Artes, que reforçou a importância de políticas públicas para acesso à educação;

• E os escritores e acadêmicos da ABLC SagatB e Edson Souza, que são exemplos vivos do poder transformador da palavra.

Uma história que só começou

Para a ABLC, estar na Bienal do Livro é mais do que uma conquista é a prova de que a literatura rompe muros, supera os estigmas e constrói pontes.

“Seguimos firmes, mostrando que a palavra tem poder. Que a educação construa liberdade e que todos merecem uma nova chance.”, resume a diretoria da Academia.

Você também pode gostar

Não estou interessado em compartilhar. Clique aqui para voltar para o conteúdo!
This window will automatically close in 6 seconds
Compartilhe
-
00:00
00:00
Update Required Flash plugin
-
00:00
00:00
Send this to a friend