A In Cena Produções anunciou oficialmente os nove projetos contemplados pelo edital “Você In Cena 2025”, em um evento realizado em sua sede, em Botafogo, no Rio de Janeiro (veja a lista de selecionados no fim do release). O encontro marcou o início de uma nova etapa de capacitação, estruturação e visibilidade para artistas e produtores independentes, reforçando o compromisso da iniciativa com o fortalecimento da economia criativa no país.
Idealizado por Cella Bártholo e Patrício Terry, o edital oferece um espaço de encontro, mentoria e suporte prático para quem quiser impulsionar seus projetos autorais. “O edital nasce do desejo de ver artistas aplaudindo artistas, de criar um ecossistema onde a troca, o afeto e o fazer coletivo sejam mais importantes do que a competição”, afirma a diretora artística da In Cena, Cella Bártholo.
“Nós entendemos que fomentar a cultura é também fomentar autonomia. Nosso foco está na escuta e no desenvolvimento de processos criativos sustentáveis. O edital é, acima de tudo, um espaço de apoio real”, complementa Patrício Terry, que atua na gestão criativa da produtora.
O processo seletivo contou com 48 propostas inscritas, vindas de todo o estado do Rio e Brasil. Os nove selecionados, agora terão acesso à direção artística, mentoria dramatúrgica, suporte para ensaios, estrutura física e acompanhamento técnico durante o segundo semestre de 2025. As linguagens são diversas: do teatro ao musical, da dança à performance, e refletem a multiplicidade da cena cultural carioca.
Além dos benefícios práticos oferecidos pela In Cena, os artistas também serão integrados a uma rede de trocas formativas e oportunidades futuras, contribuindo com a missão de transformar o edital em plataforma de formação, inovação e sustentabilidade criativa. “A gente quer formar não só artistas, mas também produtores. Queremos que esse edital seja um laboratório de autonomia cultural”, reforça Patrício.
Com o “Você In Cena”, Cella e Terry consolidam um projeto que vai além da arte como produto e passa a entendê-la como processo, afeto e estratégia de desenvolvimento social e econômico. Em tempos de incerteza e desvalorização do setor, a iniciativa reacende o valor da cultura como espaço de cuidado e futuro.
PROJETOS SELECIONADOS PELO EDITAL “VOCÊ IN CENA”:
Manu Calmon – Alexandrina Superstar (Maranhão)
Monólogo musical em linguagem de cabaré
Uma artista nordestina sonha em brilhar nos palcos em um espetáculo autoral repleto de humor, crítica e afeto. A peça usa o cabaré como linguagem para falar sobre resistência, infância e a força da mulher artista.
Gabi Salman – Por Isso Tudo Acabou Assim (Amapá)
Espetáculo musical autoral
Criado de forma coletiva com o elenco antes mesmo da dramaturgia, o musical traz os dilemas de sete jovens em um retrato geracional sobre identidade, saúde mental e pertencimento.
Ana Brito – Trânsito de Dentro (Rio de Janeiro)
Performance poética e política
O corpo em trânsito vira manifesto. Inspirada nos deslocamentos urbanos, a artista transforma ônibus, metrôs e calçadas em palco para refletir sobre quais corpos têm o direito de existir e atravessar.
Jéssica Lessa – A Serpente (Rio de Janeiro)
Solo de dança contemporânea
Inspirada na serpente como símbolo de cura e renascimento, a performance é um ritual íntimo e coletivo que une movimento, voz e memória para tocar o que não se pode dizer com palavras.
Luciano Veneu e Leandro Botelho – Último Ato (Rio de Janeiro e Minas Gerais)
Peça teatral autoral
Um homem morto, um facilitador do além e uma conversa entre o drama e o deboche. A peça reflete sobre o que resta depois do fim e como o humor pode ser ponte entre mundos.
Igor Azevedo – O Cafeteiro (Rio de Janeiro)
Monólogo autoficcional sobre o luto
Baseado na experiência do autor com a perda de sua mãe durante a pandemia, o espetáculo transforma dor pessoal em poesia cênica, acolhendo o público com sensibilidade e verdade.
Luiz Buarque – Virgílio e seus amigos (Rio de Janeiro)
Espetáculo musical com estética pop e poesia clássica
Um musical que mistura Roma Antiga, a cantora e compositora britânica Charli XCX e reforma agrária. A partir das Bucólicas de Virgílio, o espetáculo discute amor, arte e política em um formato ousado e geracional.
Luiza Cesar – Rasabox (Rio de Janeiro)
Dramaturgia experimental feminina
Esquetes performativas guiadas pelo sorteio e pela emoção. A peça questiona o silenciamento feminino e convida o público a sentir junto, criando uma experiência única a cada sessão.
Isabella Guimarães – Centro de Apagamento (São Paulo)
Desenvolvimento de dramaturgia
Inspirado na série “Ruptura” e no filme “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”, o texto teatral reflete sobre a saudade e a memória como parte fundamental das vivências.
Mais informações: www.incena.art.br | @incenaoficial
