A vida imita a arte

Quinto livro da jornalista e cineasta Myrna Brandão, As Cinzas de Maria acerta as contas com o passado numa ficção que pode ser vida real

por Redação

Ficção inspirada em história real, com alguns personagens retirados da vida como ela é e, outros, adaptados às lembranças. As Cinzas de Maria (Autografia) – da jornalista e crítica de cinema Myrna Silveira Brandão – é também uma tentativa e um desejo de acertar as contas com um pas­sado que continua presente em vários momentos, aqui e ali, numa palavra, num gesto, numa imagem, num cheiro.

A autora confessa que preferia que o livro tivesse sido escrito em forma de poesia, mas, sem este dom, apoiou-se na frase de David Carradine: “se você não pode ser o poeta, seja o poema”, dita no filme “Esta Terra é minha Terra”, de Hal Ashby.

Em As Cinzas de Maria, a autora lança mão de fatos históricos, sociais e culturais, com datas fictícias, imprecisas e nem sempre lineares para construir sua narrativa e recriar episódios, que, diz, pareciam estar perdidos para sempre. Essa opção é uma forma de retomar a memória, às vezes com límpida nitidez, em outras com tons nebulosos, afinal “é quase impossível revisitar o passado sem, por extensão, ir aos acontecimentos e transformações na sociedade, as influên­cias sociológicas, literárias, culturais, políticas e familiares”.

Em mais de 50 capítulos, a narradora vai de onde começam a existir as próprias lembranças até a ida dela de Salvador para o Rio de Janeiro após a morte do pai. É um livro para todos aqueles que gostam de boas histórias e que têm vontade de incorporar na leitura sua história de vida.

Myrna é autora de outros quatro livros, sobre cinema (não à toa, portanto, a sétima arte está aqui e ali nesta ficção) e costuma dizer que “cada espectador(a) vê um filme, de acordo com sua história de vida, padrões, condicionamentos, conceitos… Isto também se aplica aos livros e “cada leitor(a) lê um livro”.

As Cinzas de Maria
Autografia
Formato: 14x21cm
Páginas: 122
Preço: R$ 44,90

A autora

Myrna Silveira Brandão é jornalista, socióloga, crítica de cinema, administradora com pós-graduação em Recursos Humanos. Atua como presidente do Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro; diretora cultural da Associação Brasileira de Recursos Humanos; Conselheira da Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro.

Escreveu os livros: “Leve Seu Gerente ao Cinema” (2004); “Luz, Câmera, Gestão – A Arte do Cinema na Arte de Gerir Pessoas” (2006);  “Leve seus Alunos ao Cinema” (2008); “O Cinema na Gestão de Pessoas (2013).

Assina coluna mensal nas Revistas “Gestão & Negócios” e “Leituras da História”.

Escreve regularmente no Jornal do Brasil e sites mnemocine, cenaporcena, abrh.gov. e Laboratório Pop.

Editora dos sites:     www.mccinema.com.br         www.cpcb.org.br

Como jornalista, cobre festivais de cinema internacionais e nacionais, entre eles: Sundance, Berlim, Nova York, Roma, Taormina, IndieLisboa, Viareggio, Sorrento, Tunísia e Europacine.

Delegada da ACC-RJ nas Assembleias da Federação Internacional da Crítica Cinematográfica(FIPRESCI), em Saint Vincent Viareggio, Taormina, Roma, Tunis e Bari, acuSócia Acadêmica da Academia Brasileira de Cinema (ABC).

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