Após 10 anos de BBB, Aline Dahlen dispara: ‘O público não estava acostumado com uma mulher que se impunha’

Com passagem polêmica pelo reality, a atriz foi apontada como vilã de sua edição. Hoje, três vezes campeã de fisiculturismo e prestes a lançar seu primeiro longa internacional, ela fala sobre as mudanças de 2014 para 2024

por Redação

Dez anos se passaram desde que Aline Dahlen teve sua passagem avassaladora pelo BBB. Entre “mocinhas e vilãs”,  Aline viveu uma das duplas favoritas com a mãe em um especial de dia das mães do programa e também a maior rejeição da edição, eliminada com 80% dos votos. Em poucos dias, o BBB irá recomeçar e a atriz, que agora é tri-campeã de fisiculturismo e estreia no cinema internacional, reflete sobre os erros e acertos e principais mudanças do público e do programa.

“Não baixei a cabeça para me encaixar na turminha. Não acreditei em quase nenhum personagem que estava naquele BBB. Eu, atriz acusada de atuar, era praticamente a única original e orgânica. Não teve atuação. Mostrei minhas fraquezas e bravuras. A atriz não atuou. O público não estava acostumado a ver uma mulher que não se deixa pisar. ‘Ué? Mas não é a mocinha que deveria ser a estrela?’, se perguntavam. Automaticamente virei a vilã. Fui rejeitada por ser diferente, por falta de identificação. Hoje, dez anos depois, a mulher aprendeu que pode ser forte e também ser mocinha. Mas naquela época, não. A rejeição veio e precisei  batalhar muito para mostrar de verdade quem eu era, sem corte ou edição.”

Sincerona

Sem papas na língua em 2014 e assim seguindo, Aline não teme em discordar do pódio de sua edição. “Dentre as opções que estavam na casa, a vencedora estava ‘ok’, mas o resto, não”. Para Aline, os vencedores de realities tornam-se ídolos e por isso, precisam ser relevantes. “Eram apáticos”.

De lá para cá, muita coisa mudou e a atriz aprova a diferença: “Os participantes têm alguma vida pregressa interessante, famosos e anônimos. O público já não cai mais no papo do coitadinho, o mix tá bom”.

Também sobre as diferenças através dos anos, Dahlen destaca a força das redes sociais. “O poder era praticamente exclusivo da TV e algumas poucas revistas. A internet permite que o público opine e interfira no programa”. E ainda dispara sobre a condução do programa: “Hoje o apresentador é isento, não toma partido e nem influencia a audiência. Está bem melhor”.

Apesar das melhorias, ela destaca que mudanças ainda precisam acontecer. “Os mais abastados jogam com equipes dignas de ator de primeiro escalão. Quero ver menos show e mais reality”.

Dona Ledi

Tornando sua edição ainda mais marcante, a fisiculturista teve uma das experiências mais inéditas do programa. Em homenagem ao dia das mães, as mães dos participantes entraram na casa por alguns dias. “Minha mãe virou uma superstar naquele BBB”, relembra Aline sobre Dona Ledi, que mesmo tratando um câncer na época, encarou o desafio e deixou a casa com a filha no 12º paredão.

Já trabalhando como atriz na época em que entrou no programa, Aline conta que, ainda assim, seu faturamento pós-BBB ainda vinha da mãe. “Não ganhei absolutamente nada por causa do BBB além de algumas sacolas de roupa após fazer algumas fotos e desfiles para uma loja. Era assim que pagavam ex-bbb na era ‘pré-influencers’”.

“O BBB só me ajudou a ter uma rede social forte, mas tudo o que conquistei foi com muito trabalho. E assim o dinheiro continuou vindo da minha mãe na época. Ainda darei muito orgulho a ela”, afirma. Dona Ledi faleceu em 2017.

Sem arrependimentos

Superando os primeiros impactos da era do cancelamento, Aline não se arrepende de ter participado do programa. “Hoje em dia é considerado bacana dizer que participou do BBB. Não me vanglorio, mas tenho sim orgulho de ter participado. Foi dolorido, mas válido”.

E mesmo mostrando a personalidade forte desde o começo, afirma que hoje, engoliria ainda menos sapos. “Nem um mísero que fosse. Educada, sim. Frouxa e trouxa, não”.

Sobre as expectativas para edição de 2024, ela aconselha: “Entreguem tudo! Aí que é bom. Deixem de fora as vítimas e coloquem provas de resistência e gincanas ‘hardcore’!”.

Saiba mais sobre Aline Dahlen

Com seu terceiro ouro nos palcos do fisiculturismo, Aline Dahlen vai além do esporte e dá passos largos na arte. A atriz  iniciou sua carreira na TV em 2006 na novela “Cobras e Lagartos” (TV Globo) e desde então fez diversos papéis como no humorístico “Zorra Total” e no folhetim “Pé Na Jaca”. Também viveu passagem marcante pelo BBB14 e agora conquista as telonas internacionais. No primeiro semestre de 2024, estrelará “36 Hours”, longa americano em que dará vida à agente do FBI Anna Harris.

Saiba mais sobre Aline Dahlen

https://www.instagram.com/alinedahlen/?hl=pt-br

https://www.alinedahlen.com/

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