Apaixonada pela arte em todas as suas manifestações, a artista plástica carioca Andréa Lins busca inspiração em grandes mestres como Jonas Wood, Henri Matisse, Hilma af Klint e Georgia O’Keeffe. Desde muito cedo, Andréa experimentou diversas linguagens artísticas, tais como o desenho, a pintura e a fotografia, além do teatro e da dança.
Formada em Comunicação Visual, Andréa trabalhou por oito anos no mercado de design, em sua própria agência, o Escritório de Ideias, onde realizou projetos de identidade visual.
Em busca de novos experimentos visuais, o seu encantamento especial pela natureza levou-a a estudar Ilustração Botânica na Escola Nacional de Botânica Tropical – ENBT.
Após iniciar um curso de pintura com Luiz Ernesto na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Andréa passou a integrar um grupo de aquarelistas profissionais liderado pela renomada Dulce Nascimento, participando de exposições no Jardim Botânico e na própria ENBT. Foi quando recordou-se que realizava colagens na infância e na adolescência, antes de sentir-se limitada pela exigente hiper-realidade. Assim, em 2021, passou a estudar esta técnica no curso de Pedro Varela na EAV e, daí em diante, nunca mais parou de trabalhar com colagens, liberando seu imaginário para criar um fantástico e infinito jardim único.
Entendendo que natureza é emoção, Andrea saiu da reprodução clássica de flores e plantas para a criação de suas próprias plantas imaginárias. Com o uso livre das cores em tons vibrantes, a artista utiliza uma técnica de colagem de tela sobre tela acrílica, o que garante a sensação de volume à cada obra. Andréa Lins lança sua nova, que leva o nome de “Fabulosas”, no dia 5 de outubro, na Casa Caminhoá, com curadoria de Christiane Laclau da Artmotiv.
“Em ´Fabulosas´, a artista nos faz ver a natureza em estado de sonho e movimento. Nunca reconhecemos as imagens de todo, pois elas não funcionam como duplicações da realidade. As imagens de Andréa, embora nos levem a intuir algo do que já conhecemos, sempre trazem certo aspecto não reconhecível e nos jogam para um universo mais elástico, de onde a rigidez foi expulsa. Neste jardim particular, plantas e flores parecem dançar, expandindo-se e contraindo-se. Há flores-vagalumes, flores-insetos estranhos, flores-casal, flores-monstro, flores curiosas, flores que nos questionam, flores intensas e urgentes como também flores que são paisagens orientais, com uma placidez cheia de vida. Entre tantas outras”, comenta Christiane Laclau.