Baseado no livro homônimo de Mário de Andrade, o balé Macunaíma volta ao palco do Theatro Municipal com Corpo de Baile e Orquestra Sinfônica da casa. Com realização AATM e patrocínio Ouro Petrobras, criado por encomenda do Sistema Nacional de Orquestras Sociais – Sinos e do projeto Bossa Criativa, o espetáculo tem música especialmente composta pelo premiado Ronaldo Miranda, coreografia inédita de Carlos Laerte, concepção e roteiro de André Cardoso, o espetáculo em um ato e quatro quadros tem como cenário inicial a selva amazônica, na região do rio Uraricoera, a terra natal de Macunaíma, onde vivem os índios Tapanhumas. Com direção de imagem e fotografia de Igor Correa, regência de Jésus Figueiredo e supervisão artística de Hélio Bejani e Jorge Texeira, o balé será apresentado em curta temporada, de 14 a 17 de junho, às 19h e no dia 18 de junho, às 17h.
A presidente da Fundação Teatro Municipal, Clara Paulino, ressalta a importância desse espetáculo:
“Devido ao grande sucesso de Macunaíma no ano passado, decidimos trazer de volta essa obra nacional tão importante, que traz à tona a discussão sobre a questão étnica brasileira. Além disso, a realização desse balé no Theatro Municipal conta com grandes parcerias e novas linguagens, e ressaltamos o lindo trabalho trazido pelo Museu do Graffiti e do Coletivo Trouxinhas para o palco do nosso Theatro”.
A concepção de Macunaíma é do maestro André Cardoso, professor da UFRJ e coordenador do Projeto Sinos, que faz parte do programa Arte de Toda Gente, uma parceria da Funarte com a UFRJ, através de sua Escola de Música. O balé original teve sua estreia em 2022 e agora retorna ao palco do Municipal, em uma curta temporada:
“Macunaíma é o mais emblemático livro do modernismo brasileiro. A versão para balé foi criada em 2022 para comemorar o centenário da Semana de Arte Moderna. O sucesso do espetáculo o traz novamente ao palco onde foi estreado, reafirmando assim a relevância da parceria entre a Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro com a Fundação Theatro Municipal. Que a parceria possa fomentar novas obras e novos espetáculos, proporcionando ao público do Rio de Janeiro o contato com a produção contemporânea” – conclui André Cardoso.
Uma das curiosidades do balé é que a maquiagem foi toda inspirada nos grandes pintores da história da Semana de Arte Moderna e suas cores como o amarelo de Anita Malfati, o azul cobalto de Portinari, o verde de Ismael Nery, o azul claro de John Graz, o laranja de Di Cavalcanti, o rosa de Milton da Costa e o vermelho de Tarsila do Amaral. O material utilizado em cena é praticamente todo reciclado pelo Coletivo Trouxinha da UFRJ, que vai criar um lixão com sacolas plásticas e tecidos ao vivo, em cena. O figurinista fez uma releitura de roupas do acervo do TMRJ. Espelhos servem de cenário para a confecção de arte, trazendo a parte urbana ao palco por uma equipe de grafiteiros do Museu do Graffiti.
“Desde o grande sucesso da estreia mundial de Macunaíma, ballet original especialmente composto por Ronaldo Miranda para nosso BTM, temos recebido inúmeros pedidos em nossas redes sociais e por email para reapresentarmos este que foi o ponto alto de comemoração do centenário da Semana de Arte Moderna, no ano passado. Agora, a produção volta ao TMRJ para celebrar os 75 anos de seu compositor” – celebra o Diretor Artístico do TMRJ, Eric Herrero.
São quase 50 bailarinos trabalhando com muito empenho e dedicação, num espetáculo multimídia de uma hora de duração, com direção de imagem e fotografia de Igor Correa e supervisão artística de Hélio Bejani e Jorge Texeira.
“Macunaíma, obra inédita criada especialmente para o Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro retorna ao palco após o grande sucesso conquistado em sua estreia no ano passado. Agora, com os bailarinos mais entrosados e adaptados ao estilo do coreógrafo Carlos Laerte estaremos, definitivamente, comemorando a vitória da nossa arte, a dança.” – destaca Hélio Bejani, Regente Interino do Ballet do Theatro Municipal e Diretor da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa.
A concepção coreográfica, de Carlos Laerte, dessa obra antológica, desconstrói os corpos dos bailarinos clássicos e traz a contemporaneidade da dança brasileira. Ele aguçou as características de cada bailarino em cima da identidade individual. Outra característica de Macunaíma é a narrativa contada através do audiovisual, já que os bailarinos contracenam com imagens e, em muitos momentos, eles entram e saem da tela, como se fosse o cotidiano deles. É uma conversa itinerante da peça. A tecnologia está o tempo inteiro falando com todos.
FICHA TÉCNICA:
- Música: Ronaldo Miranda
- Roteiro e Concepção: André Cardoso
- Coreografia: Carlos Laerte
- Assistente de Coreografia e Ensaiadora: Mônica Barbosa
- Direção de Imagem e Fotografia: Igor Correa
- Figurinista: Wanderley Gomes
- Iluminação: Paulo Ornellas
- Coordenação de Cenografia: Coletivo Trouxinhas
- Pintura de arte: artistas do Museu do Graffiti
- Regência: Jésus Figueiredo
- Supervisão Artística Hélio Bejani e Jorge Texeira
- Com Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal e Ballet do Theatro Municipal
- Direção Artística TMRJ: Eric Herrero
Solistas:
MACUNAÍMAS – Glayson Mendes (Alyson Trindade)
– Rodolfo Saraiva (Rodrigo Hemersmeyer)
– Edifranc Alves (Raffa Lima)
MÃE – Claudia Mota (Fernanda Martiny)
JIGUÊ – José Ailton (Alyson Trindade)
MAANAPE – Rodrigo Negri (Moisés Pepe)
SOFARÁ – Juliana Valadão (Marcella Borges)
IRIQUI – Marcella Borges (Liana Vasconcelos)
CI – Márcia Jaqueline (Liana Vasconcelos)
COBRA – Priscila Albuquerque (Jessica Lessa)
MÃE DE SANTO – Priscilla Mota (Gabriela Cidade)
GIGANTE – Saulo Finelon
CEUCI – Gabriela Cidade (Manuela Roçado)
PRINCESA – Fernanda Martiny (Carol Fernandes)
Arte de Toda Gente, os projetos da parceria Funarte-UFRJ
O programa Arte de Toda Gente compreende três diferentes iniciativas, desenvolvidas em parceria pela Fundação Nacional de Artes – Funarte com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com curadoria da Escola de Música da universidade e lançadas a partir de 2020. São elas os projetos Bossa Criativa – Arte de Toda Gente (www.bossacriativa.art.br), Sistema Nacional de Orquestras Sociais – Sinos (www.sinos.art.br) e Um Novo Olhar (https://umnovolhar.art.br).
Serviço:
Balé Macunaíma
Datas e horários:
14/6 (quarta) – estreia – 19h
15/6 (quinta) – 19h
16/6 (sexta) – 19h
17/6 (sábado) – 19h
18/6 (domingo) – 17h
Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Endereço: Praça Floriano, s/nº – Centro
Classificação: 14 anos
Haverá uma palestra gratuita antes de cada espetáculo, sempre no Salão Assyrio do Theatro.
14/6, quarta – 18h – Do clássico ao contemporâneo: um passeio pela História da Dança
Palestrantes: Márcia Feijó e Paulo Melgaço
15/6, quinta – 18h – Corpo poético: movimento e narrativa na dança contemporânea
Palestrantes: Fabiana Nunes e Maria Alice Poppe, Mediador: Paulo Melgaço
16/6, sexta – 18h – Artes múltiplas: construindo a estética de um espetáculo
Palestrantes: Angélica de Carvalho e Paulo Cesar Medeiros, Mediador: Jayme Chaves
17/6, sábado – 18h – Para além do ballet clássico: explorando novas fronteiras
Palestrantes: Mônica Barbosa e Renata Versiani, Mediador: Sofia Ceccato
18/6, domingo – 16h – Dança Contemporânea: estilos, tendências e desafios.
Palestrantes: Carlos Laerte e Márcia Milhazes, Mediador: Hélio Bejani
Preços dos ingressos:
Frisas e Camarotes – R$80,00 (ingresso individual)
Plateia e Balcão Nobre – R$60,00
Balcão Superior – R$40,00
Galeria – R$20,00
Ingressos à venda através do site theatromunicipal.rj.gov.br https://theatromunicipalrj.eleventickets.com/#!/evento/425b777d1fc9fe47c28a8795c6a2255f7ee615f2 ou na Bilheteria do Theatro
Lei de incentivo à cultura
Patrocínio Ouro Petrobras
Apoio: Livraria da Travessa, Rádio MEC, Rádio SulAmérica Paradiso, Rádio Roquette Pinto – 94.1 FM, Hotel Selina
Realização Institucional: Fundação Teatro Municipal, Associação dos Amigos do Teatro Municipal
Realização: Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Petrobras, por meio do programa Petrobras Cultural, Governo Federal.